• 35 •

3.8K 667 353
                                    

Unsel ☠️

Parece que depois da gente ter confessado nossos sentimentos, saiu um peso dos meus ombros. Fiquei aliviado sabendo o que a Lua sente por mim.

Eu estava pensando em começar a liberar a Lua para fazer as coisas que ela gosta, agora não fazia sentido mais manter ela presa, ela não é e nunca fui minha prisioneira. Eu iria conversar com ela sobre isso amanhã com calma.

— Eu não sei quase nada da sua vida — Lua começou falando, deitando de lado e olhando pra mim — Vamos fazer assim — Pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos e eu sorri — Você fala um pouco de você, e eu falo um pouco de mim, ok?

Concordei com a cabeça e começamos a contar tudo da vida um do outro. Isso era até bom, eu realmente não sabia quase nada da vida dela, sabia o mínimo do mínimo.

— Eu pensei que você estivesse nessa vida porque você queria — Ela falou de olhos arregalados, depois de eu ter contado que era tradição. Isso era como uma máfia que ia de pai pra filho — Você leva tudo tão a sério.

Neguei com a cabeça — Nunca quis estar nessa vida, mas nossos costumes são outros, tradições também são outras. Agora que eu estou aqui, não consigo sair mais.

— Mas traficar mulheres, amor? — Ela se ajeitou na cama e olhou nos meus olhos — Você não é assim, eu sei que não é! — Me deu um beijo rápido e deitou no meu peito. As minhas mãos automaticamente foram para o seu cabelo.— Vou te dar duas opções. — Ela levantou a cabeça para me olhar e eu ri. Ela sempre tinha solução para tudo, mas a vida não era um dos livros que ela escrevia.

— Me fala então como eu posso sair disso tudo, espertinha? — Ela se levantou de novo e sentou ao meu lado.

— Parar de traficar mulheres ou fugir comigo! — Levantou os dois dedos e me beijou — Fácil.

— Não é tão fácil assim — Ri — Vamos falar sobre isso depois, agora eu quero mais um pouco de você. — Segurei seu rosto e a beijei.— Queria passar o dia na cama com você, mas tenho que trabalhar. Falando em trabalho, talvez eu tenha que fazer uma viagem a trabalho.

— Vai me deixar sozinho aqui? — Fez um biquinho e subiu em cima de mim colocando uma perna de cada lado e quando eu achei que ela ia me beijar, a filha da puta abre a boca e solta — Deixa o cartão de crédito e a chave daquele seu carro vermelho.

— Achei que você fosse sentir saudades. — Falei enquanto tirava ela de cima de mim e a imunda caía na gargalhada até que ela parou e sentou na cama e vi os olhos dela se fechando. — Amor, você tá bem ? — Me ajoelhei na frente dela que assentiu com a cabeça — Você tá pálida, Lua.

— Acho que levantei rápido demais e fiquei tonta — Colocou a mão no meu rosto — Tô bem sim, já me sinto melhor. — Me deu um selinho e senti o quanto ela estava gelada — Vou ficar ainda melhor se você me prometer despachar a Aisha da nossa vida para sempre.

— Prometo que assim que eu voltar, vamos resolver tudo. Agora volta para cama e dorme um pouco, tô começando a ficar preocupado com você. — Ela assentiu e eu fui em direção ao banheiro tomar um banho, porque ainda tinha uma reunião com o William para acertar o que ele faria na minha ausência aqui.

William 💥

Estava entrando na garagem do Unsel para preparar o carro que ele havia escolhido para dar de presente para a Lua, quando eu vi o Jimmy entrar falando ao celular. Eu estava abaixado no banco do motorista, porque estava instalando o sistema de rastreamento na parte de baixo do volante e por isso ele não tinha me visto. Quando eu ia me levantar para cumprimentá-lo escutei algo que me fez abaixar ainda mais no carro.

— Vamos resolver tudo de uma vez só, já te falei Aisha. — Eu sabia que eles tinham um caso, e como nunca confiei nesse árabe abusador, fiquei em alerta — Querida, essa viagem vai resolver essa sua gravidez e o problema dessa brasileira abusada nessa casa. Nunca vi o corno tão envolvido com alguém. —Aisha falou algo do outro lado, será que ela estava grávida do Unsel? — Ninguém vai descobrir que esse filho é meu. Morto não fala, querida.— Ele gargalhou e além de parecer um anão de jardim ridículo, esse boneco de neve árabe tinha uma risada ridícula também. A Samira não merecia o que ela estava vivendo para manter o casamento dela.— Vou desligar porque estou na garagem do corno olhando para os carros que serão meus, mais tarde nos falamos e te conto com detalhes como vou me livrar do seu chifrudo nessa viagem. — Ele riu de algo que ela falou e o que ele disse depois me assustou mais do que tudo — Elas vão valer a pena para os nosso negócios, crianças são mais fáceis de passar adiante.

Quando eu vi que o rato do Jimmy tinha entrado e possivelmente ido para o escritório bancar de amigo preocupado e advogado dedicado do Unsel, fui terminar de fazer a lista dos meus afazeres diários antes de me apresentar ao meu chefe. Estava na cozinha tomando café e fazendo a tradução simultânea para a Lua da tia 1 e da tia 2, a Lua todas as manhãs estava vindo para a cozinha escutar as tias conversando e pior eu agora estava chamando elas de "tia 1" e "tia 2".

— O que houve brutamontes? Tá distraído e perdeu a confusão ali sobre alguma coisa porque elas estavam se batendo com um pé de alface. — Ela me olhou e bebeu um pouco do seu café. — Tem algo te incomodando, é a Gabryella? — Ela me olhou séria e eu ri — Olha , ele tem dentes e até sabe rir. Sério agora brutamontezinho, se for a Gabs eu peço para ela parar de te incomodar. — Ela largou a caneca de café e falou mais baixo — Não conheço o seu passado, mas sei que você tem tristeza em seus olhos e a Gabs é intensa demais, a verdade é que... — Ela levantou da banqueta e bateu palmas e eu levei um susto — EU SHIPPO! — Gritou e eu fiquei olhando para a doida senhora que o meu chefe estava visivelmente apaixonado.

Doidinha!

— Não é a Gabryella, senhora. — Aquela filha do capeta me perturbou em sonhos e me fez ficar quase toda a noite em claro, mas não era ela e não ia contar para a Lua o que era. —Apenas um pouco cansado. Agora vou ver se o Unsel precisa de algo.— Me levantei e decidi que falaria logo para o Unsel, só esperava que aquele boneco de neve, já tivesse ido embora.

O Unsel estava sozinho no escritório dele e já entrei avisando que precisávamos conversar. Contei tudo o que eu havia escutado na garagem e concordei com ele quando disse que não iria nessa viagem, mas que eu deveria ir ao Brasil no lugar dele e ser seus olhos e ouvidos lá. Ele nem precisava pedir para eu não comentar com ninguém o que eu havia escutado, pois conhecia bem as atribuições do meu trabalho e eu era leal a quem era leal comigo.

— Vamos estragar os planos desses filhos da puta! — Falou rindo e eu comecei a me levantar para sair da sala, mas ele fez um sinal com a mão para eu continuar sentado. — Me conta o que aconteceu com você e com a Gabryella, porque a Lua disse que vocês voltaram do banheiro todos tortos e descabelados e ela não quis falar para a amiga e como você é meu funcionário, ou conta ou te demito. — Eu tentei segurar a risada, mas a versão velha fofoqueira do Unsel era muito engraçada.

— Me demito então. — Me levantei e saí da sala escutando o Unsel xingando vários palavrões cabeludos e que eu estava proibido de me demitir.

   ———

Estávamos vendo a quantidade de visualizações nos capítulos, e tomamos uma decisão. Vários capítulos bate 1K de visualizações, e quase ninguém vota. A partir de agora vamos colocar metas e só vamos atualizar quando bater essa meta dada.

300 votos e 200 comentários.

Sei que é chato ficar colocando meta, mas é mais chato ainda pra nós autoras ver que muita gente não vota e comenta, isso desanima muito. Então por favor, o dedo de vocês não vão cair, votem e comentem!

Amamos vocês. 💖

Emirados Árabe - Dubai Onde histórias criam vida. Descubra agora