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Lua 🌙

Aquele homem estava atentando o meu juízo e mesmo depois de eu ter passado o dia experimentando todos os vestidos possíveis que havia naquele guarda-roupas de Nárnia que tinha no meu quarto, com a ajuda da Samira eu ainda não estava muito segura com o resultado. O vestido escolhido era lindo, mas tão simples e eu não sabia se era apropriado para a ocasião.

— Tem certeza que ele não contou ao Jimmy onde ia me levar? — Perguntei pela septuagésima nona vez só naquela tarde —Fica difícil eu me arrumar sem saber para onde vou.

— Deixa de ser chata que preto dá certo com tudo, só foca na maquiagem que tudo vai dar certo. — Ela abriu a bolsa e tirou um batom vermelho de lá de dentro e me entregou — Toma, usa esse batom do poder que vou conversar com o Unsel depois e falar que precisamos fazer umas comprinhas.

— A de adoro! — Fiz a carinha da Gretchen na figurinha e a Sami riu — Se eu tenho que viver aqui, que eu seja mimada com roupas novas e maquiagens caras. Amém!

Quando a Samira foi embora, eu comecei o ritual que eu fazia sempre que ia sair de casa e depois de banho, hidratação , escova, chapinha, maquiagem, lingerie do poder e perfume da sedução estava embalada em um vestido preto em cima de um salto quinze e esperando aquele macho aparecer.

No horário marcado ele bateu na porta do meu quarto e como ele estava na versão fofinho, quase me convenceu que não era um bandidão pai de tigre branco, quando me chamou de linda. O árabe gostosão parecia que tinha comprado todos os carros que foram usados nos últimos filmes da franquia de Velozes e Furiosos e como o bom macho que se acha alfa, decidiu escolher naquele mundo de carros caríssimos a Ferrari.

Como boa moça que sou, linda , recatada e do lar, fingi total deslumbre e me sentei toda charmosa e sensual no banco do carona, mas quando olhei aquele painel a pilota de corrida e infratora do trânsito falou mais alto.

Daria até o cu para dirigir uma máquina dessas! Tá aí, boa troca!

Até tentei oferecer o butico, mas quando eu vi o árabe ficou sem palavras disse que era brincadeira, na verdade a frase era real mas dirigir uma Ferrari também era uma conquista, então a troca seria justa.

O caminha até o restaurante naquele carro, foi um passeio a parte e feito em silêncio . A noite em Dubai era iluminada e eu estava encantada pelas luzes da cidade e nem percebi quando o Unsel parou em um estacionamento .

— Chegamos. — Falou tirando o cinto, pegou a minha mão e beijou. — Espera um minuto. — Estava tentando entender o beijo na mão quando ele saiu do carro, deu a volta e abriu a porta para mim.— Vamos.

Sem tirar as mãos das minhas costas, ele me conduziu até o elevador e quando eu olhei ele apertando do centésimo vigésimo segundo andar, só pensei que aquele homem ia me matar. Ele ia me levar até o topo desse prédio e simular um acidente. Eu já estava lendo as matérias nos jornais.

" Brasileira esquece que galinha não voa e se joga do centésimo vigésimo segundo andar. Depressão? Saudades de casa? Leiam sobre a breve vida de Lua Montanari na página 8 ."

Eles me dariam uma página qualquer no meio do jornal e fariam um breve relato sobre a minha vida, talvez com um ou dois relatos dos meus país e da Gabs e da Rai.

— Você tá bem Lua ? — Falou colocando a mão da minha testa. — Tá pálida! — E me deixando sem ação ele me abraçou.

— Tô bem sim, só não me mata. — Falei ainda no abraço dele e ele se afastou.

— Você acha que eu sou o que? — Sério amado, que você perguntou isso? — Eu nunca te machucaria.

— Tá bom! — Não ia prolongar o assunto, afinal era trégua. — Olha, chegamos! — Falei assim que as portas dos elevadores se abriram.

Eu estava vivendo em um mundo paralelo, porque aquele era o restaurante mais elegante que eu já tinha posto os meus lindos e deliciosos pezinhos. Aquele homem cagava bolos de notas de cem dólares, euros sei lá, porque só de olhar o cardápio eu tinha empobrecido por três anos.

— Você que vai pagar mesmo, né arabão? — Precisava ter certeza e ele assentiu. Fechei o cardápio e me virei para o garçom gastando meu mais perfeito inglês. — Quero a comida mais cara e a bebida mais cara. Obrigada.

Não faço ideia do que eu comi, mas tinha gosto de frango e estava cozido então não podia reclamar. E quem reclama depois de beber champanhe de verdade e um vinho caríssimo?

O jantar estava agradável e eu aproveitei ele ali na minha frente, para fazer ele sofrer um pouquinho. Tirei meus lindos e caros Louboutins, e me estiquei levemente na cadeira para que os meus pés tocassem o seu pau, e ele estava com uma ereção gigantesca.

— Tá animadinho, é? — Falei já aumentando ritmos da massagem que o meus pés estavam fazendo no pau dele e ele segurou a mesa com força sem tirar os olhos dos meus.

Para a minha surpresa, quando eu tentei puxar os meus pés ele tirou a mão da mesa e os segurou firmes ali em cima de sua ereção.

—  Hum,  continua só mais um pouco —  Falou com a voz rouca e tomou um pouco do vinho de sua taça —  Você deve sair sempre com esses sapatos, vou comprar mais alguns.

Depois de mais alguns minutos eu parei, e ele abriu um sorriso e balbuciou alguma coisa em árabe. Resgatei os meus sapatos do poder, esquecidos debaixo da mesa e para realmente aproveitar da companhia e do lugar, comecei a perguntar para ele sobre como era viver em Dubai e acabamos conversamos um pouco sobre a vida e entrando no assunto amizade. O Unsel falou que o Jimmy era seu único amigo e que tinha um carinho muito grande pela Samira e eu contei da minha amizade com a meninas e no quanto eu estava sentindo falta delas.

Assim que saímos do restaurante e estávamos esperando o elevador, eu só queria que baixasse o Christian Grey nele e que ele me beijasse dentro daquela caixa de metal. Só que alegria de pobre dura pouco, ou quase nada e assim que as portas do elevador se abriram eu vi que ele já estava bem cheio.

Esse caralho de prédio, tem quantos andares?

Entramos no elevador, que já estava descendo cheio, ele segurou a minha cintura e me posicionou na frente dele , afastou o meu cabelo e deu um beijo no meu ombro e eu me arrepiei inteira e ainda olhando para frente vendo os andares pelo painel, levei a minha mão para trás e apertei aquele pau que estava roçando na minha bunda. Eu tossi na hora que apertei para disfarçar o gemido que eu sabia que ele daria.

— Você me paga, Lua — Falou no meu ouvido e me puxou ainda mais para ele e dei uma reboladinha de leve naquela tora que ele chamava de pau, me aproveitando um pouquinho — Você vai ver só, quando chegarmos em casa.

— Não vejo a hora! — Inclinei a cabeça para olhar para ele e mexi os lábios sem emitir som, olhando nos olhos dele. — Me coge de ladinho? — Virei para frente e abri um sorriso para a criancinha que estava no colo da mão me olhando.

Não vejo a hora, arabão...

Emirados Árabe - Dubai Onde histórias criam vida. Descubra agora