Black Water || DRARRY

E enquanto nos procura, pense bem:

Harry Pov

Eu estava nadando, e sentia a água gelada deslizando por meu corpo.

De alguma forma estranha, aos poucos ela se tornou um pouco mais quente, na medida em que me aproximava da superfície.

Assim que consegui chegar ao topo, puxando o ar, percebi que tinha alguém ao meu lado.

Era ele.

Draco Malfoy.

Passou os dedos pelos cabelos, colocando-os para trás, e se virou para mim.

Era aquele olhar de novo para me atormentar.

O azul daqueles olhos era muito penetrante, e eu me senti estranho ao ver ele sorrir de lado.

Não era como todos seus sorrisos esnobes e estranhos.

Era apenas um sorriso bonito e singelo.

E tudo pareceia cada vez mais bizarro na medida em que ele nadava para perto de mim, se aproximando aos poucos.

Eu ia abrir a boca para perguntar o que ele estava fazendo, quando finalmente dei conta de que Draco estava se aproximando porque eu o estava puxando.

E por mais que quisesse parar de fazer isso, era como se no fundo não quisesse, porque continuava puxando, e puxando...

E quando nossos corpos se colaram, eu senti aquela sensação boa. Aquele fervor nas veias, aquele calor, aquele formigamento.

Eram sensações fantásticas, e por serem tão boas de sentir, eu não quis que ele se afastasse.

Eu jamais havia sentido aquilo tudo, daquela forma, com aquela intensidade.

Era tão... delicioso.

- Harry - Sua voz soou baixinha, quase suspirada, e foi automático fechar os olhos ao sentir que ele se aproximava.

Foi uma sensação completamente diferente sentir seus lábios sobre os meus.

Naquele instante, eu me tornei concisciente das minhas mãos segurando sua cinura de forma possessiva, e isso apenas me fez arrepiar ainda mais, sentindo ele passar os braços ao redor do meu pescoço.

No instante em que senti a língua dele, quente e molhada se pressionar contra meus lábios, foi como se um choque corresse por todo meu corpo, e eu arfei, finalmente abrindo os olhos.

Foi desorientador acordar naquela escuridão do dormitório vazio e silencioso.

Completamente consciente do sonho que havia tido há pouco, eu abri meus olhos.

Meu corpo inteiro parecia ferver, e isso não melhorou quando me sentei, colocando meus óculos.

O sonho havia sido muito vívido, e eu ainda tinha as imagens frescas na cabeça de como havia sido, o que não ajudava, porque a cada vez que me lembrava da sensação do corpo de Draco pressionando o meu, e seus lábios me tocando, eu sentia uma parte muito específica do meu corpo pulsar.

Naquele momento, onde aquele calor parecia inebriar todos os meus sentidos, nada mais parecia ter razão.

Eu se quer queria pensar sobre aquilo, sobre Draco, sobre o lago negro, sobre ser gay ou não.

Aquela sensação quente que estava me fazendo sentir pulsar, toda concentrada ao redor do meu pênis, me deixava desorientado.

Foi quase como um teste que levei a mão para a região, só para confirmar que realmente era real. Eu estava mesmo totalmente ereto por causa de um sonho estranho com Draco Malfoy.