Se eu não posso enganar meu coração

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Harry Pov

Eu me sentia muito zonzo.

Entrar naquele labirinto havia sido relativamente fácil.

Conforme caminhava ali, só me sentia cada vez mais perdido e confuso, e foi um terror me perder e arranhar nas plantas idiotas que atacavam.

Haviam animais estranhos pulando sobre você, um bicho papão bizarro em algum momento, e os malditos corredores mudavam de lugar.

Era uma verdadeira tortura!

Eu precisei parar, em determinado ponto, e lançar faíscas vermelhas com a varinha, pois encontrei Fleur desmaiada pelo caminho.

Eu já não sabia como me sentir, porque havia machucado o braço tentando escapar de uma fada mordente, e agora estava doendo um pouco.

Mas então, quando vi aquela porcaria reluzindo no meio daquela merda toda, eu realmente me senti muito feliz.

Porque agora tudo iria acabar.

Finalmente aquilo chegaria ao fim, e eu teria paz.

Então quando, do corredor á minha direita, vi Digorry aparecer, é claro que comecei a correr.

Eu não ia, de jeito nenhum, deixar aquele lufano tirar minha glória.

Na minha mente, conseguia ouvir a voz de Draco dizendo que eu iria vencer, Lucius Malfoy dizendo que eu tinha que ganhar, e mais uma porção de pessoas falando coisas sem sentido.

Nos esbarramos com força, e continuamos correndo aos tropeços.

Estávamos quase chegando, lado a lado, quando Cedrico tropeçou e bateu contra o chão com certa força, gemendo de dor imediatamente.

Eu sempre me orgulhei de ser bondoso, justo e sincero.

O Harry grifinório dentro de mim realmente teria ido ajudar ele a se levantar, para checar se ele estava bem.

Mas o Harry... Esse Harry, de hoje, de agora...

Simplesmente continuou correndo com todo o fôlego que tinha.

Cedrico ficaria bem.

Mas eu não ia perder aquele torneio, não depois de tudo o que tinha passado naquele maldito torneio.

A minha vitória era quase uma reparação história para o inferno que aquele ano havia sido, então quando agarrei aquela porcaria, eu senti uma euforia enorme me enchendo, vibrando por todo o meu corpo.

Percebi se tratar de uma chave de portal, porque assim que a toquei, eu já não estava mais ali.

E sim do lado de fora do labirinto, parado na entrada do mesmo.

A primeira coisa que pude ver foi Draco.

Diferente de todas as pessoas na arquibancada, ele estava sentado nas escadas, perto da grade de proteção, e eu ri ao entender a razão.

Ele sabia que eu seria o vencedor, e estava ali para me alcançar mais rápido quando eu saísse do labirinto.

Naquele minuto, segurando aquela coisa meio pesada, de alguma forma não existia mais ninguém naquele lugar.

Apenas os olhos azuis se arregalando em deleite, e o sorriso enorme que ele abriu, se erguendo em grande velocidade.

Gargalhei quando ele pulou a grade, ignorando a bronca de McGonagal e saiu correndo na minha direção, assim como eu segui até ele.

De fundo, sabia que várias pessoas gritavam, tinha uma torcida energética por toda parte, o som de um berrante ensurdecedor tocou, e Hogwarts parecia uma verdadeira baderna.

Black Water || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora