Black Water || DRARRY

Mas pra que viver fingindo

Harry Pov

Eu estava com a cabeça muito atordoada, caminhando pelo corredor enquanto pensava em como havia sido a semana, e sobre o estranho sentimento que estava me assolando.

Desde o dia em que eu e Draco quase fomos flagrados em um momento extremamente íntimo, eu simplesmente não conseguia me livrar daquele sentimento horrível de terror.

O grande problema, é que na mesma proporção, que por alguma razão eu havia me aterrorizado ao ver Draco tão excitado por minha causa, eu também havia passado a me sentir cada vez mais fisicamente atraído por aquelas sensações estranhas.

Não havia tido uma maldita noite de paz durante a semana inteira, simplesmente porque Draco excitado e duro não saia da minha mente, e se tornava sonhos extremamente vívidos e bizarros dos quais não conseguia me livrar.

Não havia se quer uma noite em que eu não acordasse duro, assustado com a riqueza de detalhes que a minha mente adormecida poderia colocar em um sonho que me envolvia com ele.

Ás vezes tinha vontade de falar com Hermione sobre o assunto, mas me sentia tão envergonhado e pervertido, que tinha passado a me retrair ainda mais.

Sabia que ela havia percebido, mas ao ver que eu simplesmente não queria falar, não houve insistência de sua parte.

É só que... perceber o pavor me encher naquele dia ao ver ele duro, e ver que nossa relação realmente estava andando naquela direção, me fez perceber que embora estivesse mesmo me deixando levar, parte da minha cabeça sabia onde aquilo iria dar.

Afinal, não é como se ele fizesse questão de esconder o quanto adorava meu traseiro, e a compreensão de que eu tinha ficado assustado simplesmente pelo fato de que parte de mim já considerava o sexo como algo real e próximo me fez ficar abismado.

Ao mesmo tempo em que passava o dia inteiro tendo crises de medo e curiosidade, durante a noite o Harry pervertido que habitava dentro de mim se sentia no direito de me fazer sonhar coisas que eu se quer sabia de onde vinham.

Eu sempre fui um garoto tranquilo.

Então de onde poderiam vir todos aqueles pensamentos pervertidos?!

Eram coisas tão... Sujas, que durante toda a semana, eu me sentia ficar envergonhado ao ver Draco na escola durante o dia, sabendo o tipo de fantasia obscena que ele protagonizava na minha mente.

Deitado na minha cama, no quarto vazio e escuro, eu simplesmente não sabia como havia chego naquele ponto.

Merlin, parecia que poucos dias atrás eu ficava louco de raiva quando ele encostava em mim com segundas intenções, e agora tudo o que eu conseguia pensar era que estava morrendo de medo de fazer sexo com ele, ao mesmo tempo em que os hormônios a solta no meu corpo me faziam perceber o quanto eu queria aquilo.

No primeiro momento, eu havia ficado aterrorizado ao ver o tamanho do que ele tinha no meio das pernas, mas durante a noite, sozinho no quarto, eu não conseguia parar de pensar naquilo por um mísero momento.

Ao mesmo tempo em que toda essa frustração crescia dentro de mim, junto ao medo de que ele tomasse alguma iniciativa estranha, eu também estava irritado porque desde aquele dia nunca mais havíamos tido momentos como aquele.

Realmente havíamos nos encontrado, estudado por algumas horas, e embora tivéssemos passado momentos nos beijando, ele não tinha sido nem um pouco atrevido.

O que era realmente algo suspeito.

Não entendia a razão por trás disso.

Afinal, ele sempre ignorou quando eu o afastava, e agora, simplesmente do nada... Quero dizer, não é como se eu quisesse, mas ficava difícil deixar de perceber que fazia quase uma semana que ele não me jogava contra nenhuma parede!