Shivani tem tudo nas mãos.
Sempre com tudo sobre controle, desde de sua grande popularidade, aos seus sentimentos confusos.
Porém, tudo vai por água abaixo quando uma noite turbulenta, a leva de encontro á Bailey May, com quem vive em conflito na m...
Me encarei no espelho, o último teste de figurino, em algumas horas eu estaria no palco, eu simplesmente parecia surreal, uma emoção inexplicável, e o medo em conjunto.
- Como estão as coisas por aqui?- Brandon entrou na sala.
- Ótimas, eu acho, está tudo certo com o palco e tudo mais?
- Claro, a senhorita não precisa se preocupar.
- Aí!- reclamei com Krys responsável pelos figurinos.- Isso doeu, não precisa costurar a minha pele junto.
- Se ficasse quieta...
Bufei.
- Fiquei sabendo que foi chamada pra ser a nova capitã do time, isso é íncrivel.
- Como soube disso?- Olhei para Brandon completamente confusa, sem interesse algum ele levantou dando de ombros.
- Estão espalhando por aí, inclusive a Sabina não parece nada feliz.
- Não vou me preocupar hoje.- Me convenci.
- Boa sorte em tentar,
- Você é um amigo e tanto.- Ironizei.
- Seria melhor namorado mas você me colocou na friendzone...- Semicerrei os olhos para o mesmo.
Vi quando acenou, saindo do lugar.
- Pronto, agora pode descansar, a próxima vez que for por o figurino será para a peça.
Assenti, finalmente trocando de roupa. Encarei o relógio de parede.
Retirei rapidamente o celular do bolso.
Hoje era o dia do teste de Bailey, aquilo havia me chateado muito, mas mantive a esperança de que ele chegaria a tempo, já que seu teste era mais cedo e a poucos quilometros.
Os olheiros vinham, e se fossemos aprovados, o segundo teste seria em Nova York.
Disquei o número, mas antes que eu apertasse em chamar, uma ligação tomou a tela, sorri ao perceber que Bailey estava me ligando, assim como eu iria fazer.
Se eu queria agir como uma boba o tempo inteiro? Claramente não.
Era quase automática essa reação.
- Eu iria te ligar.
- Preferi fazer isso.- Se adiantou a falar.- Está animada?
- Nervosa.
- Você vai se sair bem.- Ouvi alguém falar algo atrás do mesmo, que suspirou.- Desculpe, mas não sei se vou conseguir chegar a tempo, tem muita gente.- tentei não demonstrar desapontamento em minha voz.
- Quem sabe da próxima.
- Então terá próxima?
- Talvez.- indaguei simplesmente.- Espero que dê tudo certo ou eu vou te bater por me meter nessa.
- Okay senhorita, quebre a perna.
- Isso soa tão ruim vindo de você.- Falei, ouvi o mesmo rir.
- Boa sorte.
- Boa sorte, espero que toque bem, pois sei que consegue.
- Obrigada?- Ele riu.- Tenho que ir.
- Até mais.
(×)
"Últimos ajustes"
"Estão todos chegando"
"Como estão as cortinas?"
Todos já estávamos prontos, eram os últimos ajustes para realmente começarmos.
Eu estava nervosa.
Começou a passar pela minha mente, quem seriam as pessoas que talvez iriam definir meu futuro.
Enquanto eu meditava ao som de Lonely Eyes, eu começava a sentir o medo atacar.
- Conversamos depois.- Coloquei meus fones outra vez, vendo eles serem puxados novamente.
A irritação me subiu a cabeça, e antes que eu falasse algo, Brandon entrou na sala.
- Oi meninas, sei que querem desejar boa sorte para a Shiv, mas precisam mesmo sair.- Ele abriu a porta, Sabina e Any me encararam por poucos segundos, como uma ameaça e simplesmente sairam.
Tentei me acalmar.
- Você está bem? Sei que não estavam desejando boa sorte.- falou descontraído.
- Não vou me preocupar hoje.- Me encostei na parede.
Vi Brandon evitar me olhar.
- O que foi?- Questionei.
- Seu pai está na plateia.
- Oh! Merda!
Engoli a seco.
- Shivani?- Diarra, da produção me chamou.
Mordi os lábios entrando em pânico.
- Hey! Vai dar tudo certo.- Ele falou.
Suspirei, abrindo a porta que dava para as cortinas.
Mentalizei Bailey, Joalin e Minha mãe.
Como eu queria que Bailey estivesse aqui.
Parei bem no meio do palco, pude ouvir a contagem.
E de repente as cortinas foram abertas.
Meus olhos encontraram meu Pai, Joahanna e Simon na primeira fileira.
Foi quando me deu um branco me senti a garota de anos atrás outra vez.
Senti que poderia entrar em pânico.
Ao Longe vi Joalin, e do outro lado Sabina.
Procurei os olheiros, mas haviam diversos desconhecidos, não era possível dizer quem era.
Eu podia sentir meu coração acelerar.
Todos esperavam que eu começasse mais não consegui.
Foi quando a atenção de todos se dirigiu a porta de entrada, ue foi aberta com uma força desesperada fazendo um som alto.
Pela mesma vi o filipino completamente exausto.
Ele havia corrido até aqui.
Contive um sorriso.
Meu pai o viu, e logo se virou para mim, segurei a felicidade em vê-lo.
Bailey me olhou no palco, e assentiu para mim.
Respirei fundo.
E de repente já era mais eu.
Me concentrei nisso, sabendo que por alguns minutos eu poderia ser muito mais do que quem eu sou.
E poderia fugir da realidade.
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