Shivani tem tudo nas mãos.
Sempre com tudo sobre controle, desde de sua grande popularidade, aos seus sentimentos confusos.
Porém, tudo vai por água abaixo quando uma noite turbulenta, a leva de encontro á Bailey May, com quem vive em conflito na m...
A peça estava chegando, em alguns dias seria a estreia, e o dia em que os olheiros da Universidade estariam aqui.
Todos colocavam mesas de um lado para o outro, e pôsteres, as coisas sobre minha decisão sobre o time estavam complicadas.
Mas essa semana resolvi esquecer qualquer decisão, e focar no momento.
Enquanto eu tentava focar no texto, eu podia perceber a movimentação de pessoas, ergui a cabeça para observar todos.
Josh e Noah conversavam, haviam algumas pessoas aleatórias, notei as madeixas loiras de Joalin.
Desci do Palco.
Caminhei até a mesma que movia algumas coisas de lugar.
- Oi.- Ela me olhou de canto de olho e respirou fundo.
- Oi.
- Eu queria me desculpar por ontem.
- Não é a mim que você deve desculpas.- Entregou de forma rude, algo raro de acontecer.
- Joalin...
- Você não gosta da minha mãe.- Ela se virou pra ficar frente a frente comigo.- Eu nem sei porque, mas você nem se esforça! Não dá pra defender a maneira em que você age.
- Eu não deveria ter falado daquela maneira, mas...
- Acho melhor cancelar o fim de semana, estou muito chateada com você.- Ela juntou suas coisas.
Engoli a seco.
- Mas é importante! Eu pre...
- Shivani, para! Precisa parar de ser assim, não dá pra segurar a onda o tempo inteiro, já pensou em ter empatia pelas pessoas uma vez na vida?
Ela passou por mim.
- Droga!- Passei as mãos no rosto.
- Ela parece brava.- Escutei a voz de Brandon.
- Ela está decepcionada.- Me virei para o mesmo.- Quer me ajudar a repassar as falas?
- Claro.
(×)
O clima em casa estava realmente estranho, estávamos todos na mesa, calados, não que falassemos muito normalmente.
- Então...- Joahanna começou.- Como vai os ensaios?
- Bem.- Falei curta.
- E o Jornal da escola, Joalin?
- Bem.- Falou no mesmo tom.
Senti o olhar do meu pai pesar sobre nós duas.
- E como vai ficar o futebol?- Questionou meu pai, dei de ombros.
- Claire quer que eu seja a capitã.
- Isso é bom.- Joahanna tomou a frente.
Foquei em seu rosto, busquei paciência com todas as forças.
- Estou pensando em largar o futebol.- falei simples.
- Você o que?- Ouvi meu pai.
- Isso que ouviu.- Percebi que ele iria falar algo mas Johanna impediu.
Tentei me concentrar na comida.
Sobre a mesa, meu celular vibrou, peguei o mesmo encarando a mensagem.
"Eu escutei os áudios com as falas que me enviou, está muito bom."
Sorri ao receber a mensagem de Bailey.
" Eu também escutei seus áudios, e posso dizer que está melhor a cada dia."
Ergui meu rosto para todos na mesa, que me encaravam.
- O que foi?
- Quem é no celular?- Meu pai questionou.
- Ninguém.- Levantei.- Vou subir.
Subi as escadas rapidamente, ouvindo os cochichos na mesa.
Fechei a porta do quarto, ligando para Bailey.
- Hey, como está indo?
- Muito bem e você?
- Ansiosa pro teste. E com um pouco de medo.
- Vai dar certo. - Assenti mesmo sabendo que ele não veria.- Estou arrumando algumas notas, parece estar indo bem.
- Quero muito que se saía bem, aliás, só falta algun testes de figurino.- Ele murmurrou algo.- Você vai realmente fazer aquela coisa esquisita de música que estava planejando?
- Temos um trato certo? Você disse que não me impediria mais.
- E não vou.
Retirei meu tênis.
- Achei que fosse sair com a Joalin esse fim de semana.
- Não deu certo, vou tentar de novo.
- Tudo bem.
Três batidas na porta foram o suficiente para que eu encerrace a ligação.
- Pode entrar.- falei- Nós nos falamos depois.
- Oi.- Johanna sorriu.- Quem é ele?
- Não sei do que está falando.
- É claro que sabe.- Ela sorriu, e suspirou sentando na ponta da cama.- Conheço?
Neguei.
- A Joalin parece bem chateada, tem haver com o que aconteceu?
- Não me importo.- Tentei demonstrar confiança.
- Você sabe que se importa.- Ela me olhou por alguns segundos.- O que acha de uma trégua? Sem insultos ou coisas do tipo? Hum?
- Não é assim que funciona.
- Talvez, mas não quero que continue me odiando.- Encarei o chão.
Ela suspirou esgotada.
- Tudo bem, acho que isso é um não.
Ela se dirigiu a porta, porém eu a impedi de sair.
- Você ao menos sente culpa? Por se envolver com meu pai e trair a pessoa que esteve com você me todos os momentos?
- Todo dia, eu traí sua mãe, eu nunca deveria ter feito.
Ela sorriu, saindo pela porta.
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Pra quem quer saber a melodia que o Bailey citou no último capítulo, é essa: