Shivani tem tudo nas mãos.
Sempre com tudo sobre controle, desde de sua grande popularidade, aos seus sentimentos confusos.
Porém, tudo vai por água abaixo quando uma noite turbulenta, a leva de encontro á Bailey May, com quem vive em conflito na m...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu me sentia invisível, a beira de um colapso.
Todos se moviam, falavam, se desesperavam.
Eu estava ali, parada, estática, sem reação.
Como um navio, sem âncora;
Eu estava presa, em uma especie de feitiço do tempo, revivendo cada segundo da mesma noite.
Mais dolorosa, mais pesarosa, mais sufocante, mais incompleta.
Me senti em um breu, menos viva, menos capaz de levantar.
Quebrada.
Noah saiu do meio da confusão de pessoas que falavam com o médico, ele estava com os olhos avermelhados e cabelos bagunçados.
Ele se abaixou em minha frente para me olhar, e suspirou.
- Vai pra casa, Shivani.- Ele falava com a voz arrastada, cansada, mas não o suficiente para me fazer me mover.
Eu não iria.
- Não.- Fui curta e grossa.
- Vai pra casa.- Ele repetiu.
Neguei.
- Ele vai acordar, ele precisa acordar. Ele vai.
Noah encarou o chão, e logo levantou.
- Ele vai acordar.- Falei para Noah que me olhou por alguns segundos, se virou e e chamou Joalin sussurrando algo em seu ouvido.
Ela assentiu, sentando ao meu lado e me abraçando.
Já fazia algum tempo em que estávamos no hospital, a cada segundo parecia que eu via Joalin invadir meu quarto no meio da madrugada.
Estava tudo bem, e em um segundo...
Noah lhe contou o que aconteceu, eles chegaram em casa, o Bailey não parava de falar o quanto estava feliz, que estava surpreso em como meu pai tinha lhe tratado.
Noah contou que ele foi para o quarto, deitou na cama e dormiu, por alguns poucos minutos dormiu.
Até que o ar lhe faltasse.
Eu não conseguia imaginar, o ar lhe faltando.
Puxar o ar, e não conseguir, nem mesmo falar para pedir ajuda.
Eu não consigo deixar de imaginar como ele se sentiu.
- Vamos pra casa? você vai tomar um banho, descansa.
- Eu vou ficar.- Falei simples, em um fio de voz.- Ele vai acordar.
- Não vai mudar nada, estando aqui.
- Eu ouvi o médico.- Ela calou.- Ele precisa reagir aos novos medicamentos, aos novos estímulos, ele precisa respirar sem os aparelhos, ou não...- Me calei.
