25 (Parte 2)

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Minha cabeça pesava, tentei abrir os olhos, mas a claridade também não ajudava

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Minha cabeça pesava, tentei abrir os olhos, mas a claridade também não ajudava. Notei alguém entrar no quarto, aparentemente notando meu incomodo.

Respirei fundo, quando as cortinas foram fechadas, finalmente vendo Noah.

- E aí idiota, como você está?

- Péssimo.

- Não deve estar tão ruim, você está vivo, é um começo.

Encarei o teto branco.

- Quem sabe por quanto tempo.

- Não seja dramático.- Ele pegou o celular de forma desinteressada.- A Sua indiana esteve aqui.

Prestei atenção no mesmo, tentei me mover, mas quase gritei de dor.

- O que disse a ela?

- Que estava com o joelho doendo, mas que estava tudo bem.- Fez aspas.

- Não contou pra ela, né?

- Não.- Me senti aliviado.- Mas acho que deveria.

- Ela quer distância, vou fazer isso, não vou enche-la com meus problemas. 

- Ela gosta muito de você, só está chateada, deveria contar pra ela.

- Vamos esperar para ouvir o que seu pai vai me dizer.

- Ela estava bastante triste, nem conseguia disfarçar. Essa confusão não faz bem pra ela.

- Vai acabar quando ela estiver na Índia.- Não controlei a acidez em minha voz.

Noah me olhou, e suspirou.

- Acho que ela queria te entregar algo, mas desistiu.- continuei encarando o Nada.

- Que se dane.- engoli a seco.

- Bailey?- Encarei a enfermeira na porta.- Vamos começar o procedimento?- Confirmei.

(x)

Puxei levemente os fios do meu cabelo enquanto encarava o chão.

- Bailey! pode prestar atenção?- Ergui minha cabeça lhe encarando.

- Eu tô prestando atenção.

- Consegue ver os níveis altos aqui?-Engoli a seco.- E dessa vez, bem mais baixos?- indicou um outro canto.

Me encontrei parado, sem reação.

Baixei o olhar, desviando do ponto indicado.

- Sinto muito.- Vi seu olhar cheio de pena sobre mim.

- Pode sair?

- Quer que eu chame alguém?- Meus pensamentos correram para Shivani.

- Só preciso ficar sozinho.- O médico hesitou.- Agora!

Ele respirou fundo e como se soubesse que eu precisava de um tempo, saiu.

Eu só queria quebrar alguma coisa no chão.

Aquilo estava acontecendo de novo.

De novo.

E eu não tinha mais ninguém.

Eu sentia minha mente a mil.

Me joguei na cama, pegando meu celular.

Encarei os vários contatos, um em especial.

Encarei o número de Shivani, por minutos.

Como um tortura eterna.

Porém não apertei em chamar.

Duas batidas na porta me despertaram de meus pensamentos bagunçados.

Vi a figura loira de Joalin surgir, ela me olhou com certo receio.

- Posso entrar?

- Claro.- Ela observou cada detalhe do quarto.- O que foi?

- Preciso que me responda uma pergunta.- Fiz sinal para que ela continuasse.- Ela te disse alguma vez que te contaria a verdade?

- Várias, inclusive no dia da briga. Ela prometeu.

Joalin ficou pensativa.

- Você nunca foi a pessoa que eu pensava ao acordar.- Fiquei confuso, ela continuava a indagar seus pensamentos.- Eu achava que eu gostava de você, mas no fim talvez eu só estivesse me enganando.

- Joalin...

- Eu vi vocês naquele dia, a forma como vocês se olharam quando ela estava no palco durante a peça. Ou quando vocês estavam na arquibancada. Não era ciúmes de vocês dois, era inveja da Shivani.- Ela falava como se se desse conta.- Eu tinha uma quedinha por você, mas a Shiv é apaixonada.

Pisquei algumas vezes.

- Precisa falar com ela.- Ela sentou em minha frente falando tudo de uma vez.- Precisam se entender, ela viaja em dois dias, pode falar com ela no aeroporto, pode fazer ela ficar...

- Não dá.- Tentei explicar.

- Por que não, vamos falar com ela e...- A interrompi um pouco irritado.

- Eu não posso.- Seus olhos claros me observaram confusos.- Não é que não quero, eu não posso.











24/7 -Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora