Bailey parecia estático em me ver de certa forma. No momento em que entrei no karaokê, eu não soube dizer exatamente como me senti.
Lhe abraçar me fez ter noção de que eu estava mesmo ali e não em sonho.
Vi seu sorriso para a garotinha, meu coração parecia querer sair do peito.
Quem diria que algum dia Bailey iria mexer comigo dessa forma.
- Você está aqui...é...você...- Revirei os olhos, unindo seus lábios, e caramba! como seu sentia falta disso.
Me afastei observando ele piscar algumas.
- Você é real.
- Tenho noventa e oito por cento de certeza disso, e...- Ele juntou nossos lábios, em beijo lento repleto de saudade.
Ele segurou meu rosto, não contive um sorriso.
Se afastou novamente, nossos beijos precisavam ser um pouco mais curtos, Bailey respirou fundo.
- Eu senti tanto sua falta.
- Eu também senti a sua.- Falei baixo.
Segurei sua mão, saindo do karaokê, Bailey me seguiu sem perguntar absolutamente nada, entramos no carro do meu pai, e apenas dirigi.
(x)
Bailey brincava com a minha mão, estávamos sentados na grama do parque em que costumávamos vir quando não queríamos ser vistos.
Não falamos nada, mas não era um silencio ruim, era uma paz inexplicável, estávamos juntos novamente, por minutos, talvez horas e dias, era difícil prever.
No fim talvez só quiséssemos evitar assuntos complicados, e parecia tudo bem assim.
Pendi minha cabeça para trás, encostando em seu ombro.
Ele me abraçou por trás.
- Quando chegou?
- Umas duas horas atrás, meu pai acha que fui ver a Hina.
Era engraçado como mesmo após anos ele ainda caia nessa.
- Seu aniversário está chegando não é?
- Lembra do meu aniversário?
- Eu lembro de ter ido a uma festa, de uma garotinha que chorou a festa inteira por conta da "princesa" que o pai tinha contratado para animar a festa.- Uma risada um pouco escandalosa escapou, aquela cena era icônica de ser lembrada. - É difícil esquecer.
- Ela tinha usado drogas, isso era claro, acabou me assustando muito.
- Foi um pouco antes da briga entre as famílias.
- Foi.- Encarei o nada, sentindo o vento tocar meu rosto, suspirei.
- Eu fiquei preocupado.
- Fiquei da mesma maneira quando esbarrei com o Noah e ele disse que tinha saído sozinho.
Ele respirou fundo, me soltei de seu abraço e lhe encarei.
- Eu estou bem.-Suspirou. Encarei a cânula no mesmo.
- Ainda está usando isso, não sei se dá muito pra acreditar.
Cruzei meus braços.
- Eu juro, com certeza estou melhor que na semana passada, e pior que amanhã, vai ficar tudo bem.
Ele me beijou lentamente, me fazendo sentir segura, e até mesmo nas nuvens.
Me separei, ele me olhou confuso.
- Meu pai vai fazer um jantar com os meus amigos, quero que vá.
- Pro seu jantar de aniversário?
- Por favor.- Insisti.
- Esqueceu que seu pai me odeia?
- Eu também odiava você, e cá estou eu não é mesmo?
- Não sei se é uma boa ideia.
- Por favor, eu vou dar um jeito, mas você vai ter que aparecer, eu voltei pra ver você, se não aparecer vai ter valido a pena?
Bailey me olhava realmente sem saber o que dizer.
- Eu vou convence-lo, ela já tirou tudo de mim, não tem o que me impeça;
- Tudo bem.
- Jura?
- Juro. Por tanto que eu não seja recebido com uma granada.
- Granada?- tentei entender.- Oh! porque ele foi do exercito, entendi.- Meu raciocínio era realmente lento.
Ele riu.
- Então... Como foram os exames?
- Bem eu acho. Só quero me livrar logo dessa coisa.- Apontou para o tubinho.
- Você fica até fofinho assim, sabia que eu tinha um crush no Will Newman?- Ele riu.
- Engraçadinha.- Ele juntou nossos lábios novamente.
E foi como se eu pudesse pudesse tudo.
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24/7 -Shivley Maliwal
FanfictionShivani tem tudo nas mãos. Sempre com tudo sobre controle, desde de sua grande popularidade, aos seus sentimentos confusos. Porém, tudo vai por água abaixo quando uma noite turbulenta, a leva de encontro á Bailey May, com quem vive em conflito na m...