Recomendo muuuuito que escutem a música e leiam a letra👆
Corri no meio das diversas pessoas, eu já estava ofegante.Empurrei a porta entrando em casa.
- Não corra assim menina.- Meu avô indagou da cozinha.
- Foi mal vovô.- Falei entrando no quarto e me jogando na cadeira em frente ao computador.
Pude ouvir as reclamações do meu avô.
"Essas crianças americanizadas, se fosse na minha época..."
Revirei os olhos.
Mordi os lábios esperando a primeira chamada.
Assim que Joalin ligou, atendi.
- Olá!- Ela acenou, me olhando confusa.- O que aconteceu com você?
- Festival.- Expliquei.- Como você está?- Notei alguém no quarto.
- Estou ótima.
- Quem está com você?- O garoto acenou.- Hey, Brandon.
- E aí garotinha, como você está?
- Sobrevivendo.- Falei.
- Espera, preciso te mostrar uma coisa.- Ela saiu da câmera, aparentemente descendo as escadas.
- Okay.- Sorri.- Então... Você e a Joalin?
- Ela me mandou pra friendzone também.- Ele riu.- Já desisti das garotas da família Paliwal.
- Não desista tão fácil.
As coisas haviam mudado muito, e ao mesmo tempo estava como sempre.
Eu sempre fazia essas ligações, era uma forma de me sentir inteira, completa.
A três meses atrás eu pousava em uma cidadezinha da Índia.
Meus avós eram pessoas incríveis, e eu os amava, mas sem meus amigos, sem Joalin, sem Bailey, era um grande vazio em meu coração.
Joalin retornou, mostrando um pôster na tela.
- Uma peça nova, que fantástico.
- Eu estou ajudando dessa vez.- Sorri para a mesma.
- Isso é muito bom, sei que será um sucesso.- Ela me olhou orgulhosa.- Aliás, como estão as coisas por aí?
- Tudo bem, seu pai começou a nova campanha.- Revirou os olhos.- E a minha mãe está bem, controlando ele do jeito que consegue.
- Tão previsível.
- Não me diga...
Mordi os lábios, observando uma segunda chamada.
- Preciso desligar. Até logo.- Olhei Brandon distraído, olhando para a loira.- Tchau Brandon.
Ele piscou algumas vezes, voltando a vida real.
Acenei para os mesmos, desligando.
Aceitei a segunda chamada.
Me senti inteira ao vê-lo.
- Oi.
- Oi.- Respondi.- Como vai, lindinho?- Brinquei.
- Ainda estou vivo, e o que aconteceu com você?
Olhei para as minhas roupas, completamente coloridas.
- Eu estava em um festival, corri pra chegar logo.- Esse era um dos únicos horários que conseguíamos nos falar.
- Uau.- Ele calou por alguns segundos.- Então... com quem você foi?
- Por que quer saber?- Ele deu de ombros.
Segurei a risada.
- Eu fui com uma amiga.- Ele coçou a nuca, sem graça.
Notei algo em cima da sua cama.
- Aquilo é um... cilindro?
Bailey pigarreou, se encostando na cadeira.
- Está usando uma cânula?- Ele provavelmente havia tirado para falar comigo.
- Não era para ficar sabendo.
- Você está bem?
- É irônico, posso até correr agora, mas não estou conseguindo respirar tão bem. Mas eu estou bem melhor.
- Eu sinto a sua falta, queria estar aí pra cuidar de você.
- Tudo bem, só tenho que escutar as conversas estranhas do Noah e do Josh, e minha mãe que voltou para a cidade. - Ele sorriu.- Também sinto sua falta.
- Pode colocar a cânula de volta.- Ele me olhou por pequenos segundos.
Se esticou, pegando o tubo fino, e arrumando em seu rosto.
Era difícil lhe encarar assim, mas ele precisava saber que não precisava esconder nada de mim.
- Aliás, fiquei sabendo que enviaram as cartas, chegou a sua?
- Não sei se vai adiantar passar.
- Você vai, e vamos juntos pra Nova York.
- Quando surgiu essa Shivani esperançosa?
- Não sei.- Dei de ombros.
Vi a porta do quarto.
- Oi querida, como está?
- Muito bem Vanessa. É bom ver você.
- Digo o mesmo, mas agora preciso roubá-lo por alguns minutos.- Assenti.- Ele precisa tomar alguns medicamentos.
- Certo.- Ela sorriu saindo do quarto.
- Isso é um pesadelo.- deixei uma risadinha escapar.- Você não pode rir de mim!
- Já estou fazendo isso.- Gargalhei.- Precisa ir.- Falei em meio a risada.
- Nos falamos depois.
- Eu te amo.
- Amo você também.- A voz de Vanessa ecoou longe "Bailey", ri.
Ele levantou acenando.
Fiz o mesmo, desligando a câmera.
Me joguei na cama, minha vó me mataria ao me ver suja de tinta, mas não era importante.
Bailey estava usando uma cânula, isso não era um bom sinal.
Abri a gaveta ao lado da minha cama, encarando o papel que esperei por dias, Universidade de Nova York.
Eu havia sido aprovada, mas não contaria para Bailey agora, não era um bom momento. Ainda teria outro teste, o que definiria tudo.
Saí do quarto em direção a sala, observando as imagens.
O de Ganesha e Shiva em especial, fechei os olhos, mentalizando estar ao lado de Bailey ao menos uma última vez.
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24/7 -Shivley Maliwal
FanfictionShivani tem tudo nas mãos. Sempre com tudo sobre controle, desde de sua grande popularidade, aos seus sentimentos confusos. Porém, tudo vai por água abaixo quando uma noite turbulenta, a leva de encontro á Bailey May, com quem vive em conflito na m...