Sombra

Stefan

Stefan

Elena e eu estávamos almoçando na cantina perto do local onde trabalhávamos. Ela estava falando de Damon naquele momento. Eu quis contar a ela o quanto eu a amava e precisava dela. Mas não consegui. Quando eu pensava nas retaliações que eu sofreria por parte da minha maldita namorada, eu me reprimia. Eu me apaixonei por Elena desde quando eu soube de sua existência. Eu estava com muito medo de falar com ela, mas não com qualquer outra garota. Lentamente nos tornamos melhores amigos. Eu aproveitei cada momento com ela. Eu gostava de tudo nela. Depois de um mês, eu estava tão apaixonado por ela que não conseguia mais tirá-la da cabeça.

— Alguma coisa errada, Stefan? — perguntou Elena, encarando-me do outro lado da mesa. Eu estava roendo minhas unhas naquele momento.

Eu olhei para ela surpreso. Então, eu respondi:

— Eu só estava pensando em algumas coisas.

— Pensando em quê? — ela insistiu. Elena me olhava com curiosidade.

— Você já teve algum pressentimento ruim sobre alguém? — eu perguntei.

— Isso já aconteceu algumas vezes — respondeu ela.

Caiu um silencio irritante entre nós. Depois de uma pausa, ela começou:

— Hoje, eu vou ao cinema com Damon. Sempre quando eu o vejo, sinto como se o mundo simplesmente desaparecesse. É como se eu tivesse encontrado uma peça que faltava. Eu estou completamente apaixonada por Damon. Não imagino mais minha vida sem ele. Engraçado é que eu nunca pensei que eu poderia me apaixonar um dia antes de Damon entrar na minha vida. Agora, eu estou aqui encantada por ele. Não vejo a hora de encontrá-lo de novo.

— Há quanto tempo vocês estão namorando? — eu perguntei.

— Eu o conheci há algumas semanas. Eu me apaixonei por ele desde o primeiro instante em que eu o vi — ela respondeu.

— Você está feliz? — eu indaguei.

— Eu acho que nunca me senti tão feliz em toda a minha vida! — Elena respondeu, expressando no rosto toda a ternura.

— Elena, você ainda não teve tempo de refletir direito sobre o assunto. Você não acha que está se precipitando? Tomara que não se machuque muito. Só espero que você não se arrependa mais tarde... — eu rebati com um certo ar de preocupação.

— Eu sei o que quero, Stefan. Fique tranquilo — afirmou ela.

— Eu acho que ele não é o melhor para você — eu disse. — Não gostei nenhum pouco daquele cara. Meus instintos dizem que ele não é flor que se cheire. Não confie nele, Elena. Todo instinto que eu já tive, bom ou ruim, acabou sendo correto, mesmo se eu descobrisse sua correção anos depois. É por isso que ouço meus sentimentos. Às vezes, seu intestino me avisa sobre a verdadeira intenção de alguém! Muitas vezes eu não falo nada sobre isso, com medo de parecer rude ou com a sensação de que haja fatos que eu não sei. Não quero ver você sofrer uma decepção.