Stefan

3 1 0
                                    


Stefan

Era um cair de noite. Cheguei em casa depois do trabalho. Eu vi Reginaldo na sala. Ele estava sentado no sofá, enviando mensagens no celular. Meu irmão levantou a cabeça para mim quando entrei na sala. Eu disse:

— Olá, Reginaldo.

— Oi — falou meu irmão. Reginaldo tornou a se concentrar no jogo. Ele parecia tenso.

Eu entrei no quarto e troquei de roupa. Fui para a cozinha. Eu liguei a TV e comecei a fazer o jantar.

— Stefan, eu preciso lhe contar uma coisa — disse Reginaldo. Eu o encarei. — Lazaro se envolveu em uma briga hoje — continuou ele. — O cara fez algo tão chocante cara com um garoto que deixou todo mundo assustado lá. Até os valentões estão com medo dele agora. Chamaram a dona Liz para ir a uma reunião. Quando eu vi Lázaro fazer aquilo...

— O que ele fez? — eu perguntei curioso.

— Lázaro partiu o braço de um garoto hoje de manhã como se quebra um palito de fósforo. Lázaro quase amputou o membro dele. Foi horrível, Stefan. As garotas começaram a ficar histéricas. Chamaram a diretora da escola. Houve muita confusão. Até os alunos de outras turmas foram até lá para ver o que estava acontecendo na sala. Lazaro teve que fugir.

— Um ser humano no seu estado normal não faria uma coisa dessas — eu disse surpreso.

— Eu não sei como ele fez isso, mas tenho certeza que Lázaro não está bem. Há alguma coisa estranha nele — disse Reginaldo. Agora a mandíbula dele estava trincada.

— Você o procurou depois do incidente? — eu perguntei.

— Eu bati na porta do apartamento dele assim que cheguei da escola, mas ele não me atendeu. Eu mandei mensagens para o cara, mas ele nem deu sinal de vida. Não sei se ele está em casa — Reginaldo respondeu.

De repente, alguém bateu na porta várias vezes. Depois que acho que é a 10º batida, Reginaldo abriu a porta. Nós vimos a dona Liz, mãe de Lázaro.

— Stefan, você tem que me ajudar! Venha comigo! — disse ela, nervosa e tremendo.

— O que aconteceu, dona Liz? — eu perguntei.

— Meu filho não está bem! Me ajude a levá-lo para o hospital! Depressa! — ela exclamou.

Eu larguei tudo e segui dona Liz até o seu apartamento. Reginaldo nos acompanhou.

Chegando lá, encontrei Lázaro. Ele estava inconsciente e deitado na cama. Toquei na testa dele. Sua pele estava quente como ferro em brasa.

— Minha nossa. Ele está ardendo em febre — eu disse, aturdido.

Eu o levantei e o carreguei. Saímos do apartamento. Liz fechou a porta atrás de nós. Eu disse a Reginaldo quando chegamos no corredor:

SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora