Liz
Lázaro estava sofrendo com alguma forma de dor corporal estranha. Ele uma vez me disse que seu corpo todo estava doendo como se alguém estivesse se alimentando dele por dentro. Depois que Lázaro ficou muito doente, eu pedi uma pausa do meu emprego, a fim de cuidar de Lázaro. Quando expliquei tudo ao meu chefe, ele disse: "Tudo bem. Se você conseguir voltar aqui em um ano, poderá retomar seu emprego". Eu agradeci e saí do escritório dele.
Consultamos todo e qualquer médico na cidade de Olímpia, mas ainda assim, a dor permanecia lá! A maioria dos médicos disse que ele estava sofrendo com algum tipo de doença que consumia seu sangue e causava transtorno mental. Eu acreditava que isso poderia ser a verdade. Eu o levei a um psiquiatra. Mas, mesmo assim, depois de desperdiçar muito dinheiro e tempo, nada mudou. Sua condição estava piorando a cada dia.
Ele costumava chorar muito, amaldiçoando a Deus por que fez isso com ele, sempre falando sobre suicídio e a maior parte do tempo passando dias na cama suportando a dor. Depois de ver tudo isso, eu fiquei tão arrasada diante daquela situação deprimente. Lázaro era tudo que me restava neste mundo miserável.
Certa noite, Reginaldo, o melhor amigo de Lázaro, foi ao meu apartamento para saber como meu filho estava. Eu o levei ao quarto. Reginaldo me fez perguntas sobre o estado de saúde de Lázaro. Quando eu comecei a responder as indagações, Lázaro murmurou:
— Eu vou morrer. A morte me ronda.
Eu disse tentando tranquilizar mais a mim do que a eles:
— Tudo ficará bem.
Minha irmã mais velha, Serena, telefonou para mim certa manhã. Eu tentei disfarçar meu nervosismo, mas ela notou que minha voz não estava normal. Ela perguntou se havia algum problema. Eu relutei em dizer a verdade. Eu não queria preocupá-la com meus problemas. Ela disse: — Tudo bem, você pode me dizer.
Então, eu cedi e contei tudo a ela. Depois, ela falou: — Eu vou fazer uma visita nessa semana.
Eu agradeci e desliguei o telefone.
Depois de alguns dias, Serena chegou ao meu apartamento à tarde. Quando ela viu a condição do meu filho, Serena pareceu triste. Lázaro estava sob o efeito de sedativos. Eu desabotoei a camisa dele e mostrei uma nódoa roxa no pescoço dele além de hematomas nos braços de Lázaro. Serena ficou impressionada com aquilo. Eu me perguntei quem poderia ter feito aqueles hematomas.
Serena e eu conversamos na cozinha depois que saímos do quarto. Conversamos enquanto bebíamos chá de camomila.
— Não sei o que o meu filho tem. Os médicos fizeram muitos exames e não descobriam a causa. Eles chamam a doença de anemia misteriosa. Lázaro tem que tomar bolsas de sangue a cada quatro dias. Aparentemente, ele tem tido uma perda de sangue considerável, mas o que é mais estranho nisso é que ele não tem hemorragia — eu disse. — Como ele pode ter perdido tanto sangue em tão pouco tempo? — eu perguntei pensativa.
— Isso pode ser causado por causa de energias não naturais ou magia negra — disse Serena.
— Isso é bobagem. Não seja supersticiosa, Serena — eu disse.
— Não há outra explicação para o que tem acontecido com ele. Essa anemia misteriosa é causada por alguma entidade maligna — disse Serena. — Liz, vocês não podem mais ficar aqui. Você e Lázaro vem comigo. Devem passar um tempo em minha casa até que ele melhore — disse ela. Eu rapidamente concordei.
Na manhã seguinte, Stefan, o meu vizinho, ajudou-me a carregar o meu filho até um taxi que estava lá fora do prédio residencial onde morávamos. Lázaro não tinha mais forças para se locomover. Eu agradeci ao vizinho antes de entrar no carro.
Lázaro e eu partimos do local e fomos para a casa de minha irmã que ficava do outro lado da cidade. Depois que chegamos a sua residência, eu me senti meio feliz porque eu não estava mais sozinha. Havia mais uma pessoa para cuidar dele: Serena.
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Sombra
FanfictionSinopse: Stefan e Damon. Totalmente opostos. Stefan Salvatore, 20 anos, é um daqueles raros caras bonzinhos. Ele é carente, fraco, previsível, chato, inexperiente e pouco atraente. Ele não gosta de brigar, discutir ou qualquer coisa violenta. Ele...