— Falta muito?
— Estamos quase lá. — Jooheon me respondeu, inclinando levemente a cabeça para me olhar em suas costas — Tá confortável ai em cima?
— Você me aguenta até lá? — eu indaguei, preocupado que ele estivesse apenas se fazendo de forte — Acho que eu posso andar se formos devagar.
— Não me ofenda. Você é todo nanico e magricelo, eu dou conta facinho.
— Você não pode me ofender depois de me pedir para não te ofender.
Ele riu e parou para empurrar com cuidado o meu corpo mais para cima.
Por estar em melhor condição física — apesar de ter irritado o bastante os caras de escola, aponto de ser o primeiro a ser mandado para a morte por Siwon —, Jooheon se ofereceu para me carregar em suas costas até onde os outros membros do grupo se encontravam. Apesar dessa preocupação, ele não estava me tratando com pesar, ao invés disso, tentava tornar o clima leve e me fazer rir e eu era tremendamente grato por isso, embora todo o meu corpo protestasse quando o fazia. O cabelo dele cheirava a terra molhada, era macio e fofinho, e o seu corpo realmente parecia firme o bastante para dar conta do meu peso sem muito esforço.
Changkyun e Minhyuk vinham um de cada lado de nós dois, atentos a qualquer ruído além dos nossos passos. Além dos mortos que ainda vagavam pelas redondezas, me contaram que alguns dos homens do grupo de Siwon realmente conseguiram escapar, então não podiamos abaixar a guarda em momento algum.
Eu não consegui prestar muita atenção no caminho, já que a minha cabeça ainda doia como o inferno e eu precisava apertar as pálpebras e manter os olhos fechados por um tempo ao sentir que ela poderia explodir, mas não me lembrava daquela parte da cidade, então deviamos ter saido bastante do caminho da casa de Gook Hwan. Passamos por uma lojinha de conveniência trancada, com varios mortos presos dentro dela socando a parede de vidro, viramos em uma esquina e eu finalmente vi a van estacionada logo a frente.
Hoseok estava de pé na calçada, abraçando o próprio corpo como quem tenta se proteger do frio. Os olhos pareciam buscar nervosamente algo pela rua, até nos encontrarem. Ele se virou em nossa direção e esperou que o alcançassemos, apertando os lábios um contra o outro.
Jooheon me disse que já tinha contado a eles o que aconteceu comigo e eu pude sentir a preocupação do outro antes mesmo de nos aproximarmos. Sabia o que ele estava pensando; que eu devia de ido de uma vez com eles quando tive a chance. Mas eu não conseguia me arrepender da minha decisão.
— Eu disse que você devia ter levado a van. — Hoseok desceu seu olhar de mim para aquele que me carregava, soando baixinho de mais.
— Chamaria muita atenção. Os bastardos ainda estão por ai, acabariamos os atraindo pra cá. — Jooheon o respondeu — Eu não disse pra a estacionarem em outro lugar?
— Eu já ia fazer isso — ele olhou a chave em sua mão, suspirando frustrado. Parecia completamente aéreo, como se houvessem coisas de mais na sua cabeça para conseguir se concentrar numa só —, mas esqueci.
— Eu faço. — Minhyuk tomou a nossa frente e estendeu a mão, pedindo pela chave, que logo o foi entregue — Levem ele lá pra dentro.
Hoseok foi na frente para abrir a porta para Jooheon entrar comigo, enquanto Changkyun veio logo atrás. Era uma casinha simples de apenas um andar, as janelas estavam todas devidamente cobertas por papelão, cortinas e moveis altos arrastados até elas, num improviso para não deixar as luzes das poucas velas que iluminavam o interior atrairem os mortos do lado de fora.
— Por aqui. — ele nos guiou até um dos quartos e Hyunwoo surgiu de dentro de outro, provavelmente de onde estava cuidando de Hyungwon, nos acompanhando prontamente.
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Thriller | Changki Apocalypse!fic
FanficKihyun acorda num mundo pós-apocalíptico sem qualquer memória do seu passado. Sem conhecimento de nada sobre si além de um nome e um número gravado em sua pele, ele vai buscar preencher as lacunas em branco da sua mente, enquanto tenta sobreviver ao...