Ao final daquele dia, eu fui capaz de dormir, após 72hrs despertando, alerta, de cochilos com minha mente agitada. Acordei com o toque delicado em meu rosto, traçando cada pedacinho dele com as pontas dos dedos. Sorri, ainda de olhos fechados, eu sentia seu corpo entre os meus braços, deitado de lado de frente para mim, os fios dos cabelos castanhos fazendo cosquinhas em meu braço onde apoiava a sua cabeça.
— Você passou a noite inteira assim? — minha voz saiu rouca e devagar pelo sono.
— Eu apaguei por quase dois dias inteiros, me dê outro motivo para estar nessa cama. — admitiu, descendo o indicador da minha testa até a pontinha do meu nariz. Sorri, abrindo os olhos para encontrar o seu rosto pertinho do meu, os cabelos uma bagunça de fios castanhos. A luz vinda do lado de fora estava fraca, indicando que ou mal passava das cinco da manhã ou o céu ainda estava nublado lá fora, e deixava a sua pele em um tom castanho alaranjado.
Lindo.
— O que você está olhando? Eu sou irresistível até pela manhã? — ele brincou, notando que eu estava o observando em silêncio por tempo de mais.
— Você não deveria saber disso.
— Por que?
— Porque ai não me resta mais nenhuma vantagem, você sabe todos os meus pontos fracos.
Ele abriu aquele sorriso bonito, que deixava os seus olhos pequenininhos e me fazia querer beijar cada pedacinho delicado do seu rosto.
E foi o que eu fiz, porque, porra, eu podia! Ele me queria tanto quanto eu o queria e eu não podia pedir mais do que isso.
Segurei a sua mão que traçava o meu rosto para beijar os nós dos seus dedos, então a levei para a minha nuca, enquanto me inclinava sobre ele para beijar as suas pálpebras, as maçãs do seu rosto e o seu queixo, descendo pela linha do maxilar. Eu voltei para cima, para a sua boca, unindo demoradamente os nossos lábios.Senti seus dedos apertarem os frios próximos a minha nuca e Kihyun aprofundou o beijo. Ele se moveu para cima de mim, passando um joelho para o outro lado do meu corpo, se sentando no meu colo.
Eu o segurei com firmeza pela cintura, em um impulso para evitar que ele fizesse qualquer movimento perigoso ali em cima. Seu beijo era lento, como se tivesse todo o tempo do mundo para sentir o meu gosto, e a forma como seu toque, antes carinhoso, desceu pelo meu abdômen... Senti a corrente de antecipação que subiu pela minha virilha e soube que, um deslize, e eu mandaria meu auto controle pra a puta que pariu.
Devagar, eu segurei um dos seus pulso com uma mão e abracei a sua cintura com o outro braço, girando na cama para deita-lo de costas, meu corpo sobre o seu. Ele manteve sua mão livre em meu rosto e puxou o meu lábio inferior entre os dentes quando tentei me afastar.
Grunhi.
— Não faça isso comigo.
— Por que? Você não consegue gemer baixinho?
Eu gemi internamente, frustrado.
— Eu preciso te contar uma coisa — ele disse, ainda sob mim, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, ignorando solenemente a batalha que eu estava travando comigo mesmo para não me livrar das suas roupas ali mesmo. Tinha gente de mais do lado de fora, nós tínhamos uma missão e eles podiam entrar a qualquer instante — Duas, na verdade.
— O que?
Ele mordeu o lábio inferior, ansioso, e eu me concentrei por tempo de mais naquele gesto, até ouvi-lo dizer:
— Eu te conheci. No passado. — minha atenção saiu da sua boca de volta para os seus olhos, surpreso — Blue Flower, era um pub no litoral de Daegu, eu trabalhava lá e o seu pai costumava ir para fazer apostas e levar quantas mulheres pudesse pagar para um dos quartos. Você aparecia em algumas noites, quando ele apagava no salão, pagava o que ele devia e o levava para casa — ele contava, seus olhos firmes nos meus — Eu te encontrei em uma noite, após uma briga com o seu pai... e te disse para nunca mais voltar. Não me lembro do bastante para saber se você me deu ouvidos.
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Thriller | Changki Apocalypse!fic
Fiksi PenggemarKihyun acorda num mundo pós-apocalíptico sem qualquer memória do seu passado. Sem conhecimento de nada sobre si além de um nome e um número gravado em sua pele, ele vai buscar preencher as lacunas em branco da sua mente, enquanto tenta sobreviver ao...