✗Capitulo 33

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— Você sabe que não vai a lugar algum se isso acabar infeccionando, não sabe? — Hoseok falava para Hyungwon, terminando de colocar um curativo no antebraço do de cabelos longos — Quem sofre um corte desse tamanho e não nota?

— Eu já tive piores, não achei que fosse importante. — ele resmungou, pacato, recebendo um olhar feio de Hoseok.

— Você sabe o que pode acontecer se o sangue dos mortos respingar em um corte, não sabe?

Hyungwon suspirou e rolou os olhos.

— Eu sei.

— Então não me apareça com uma ferida descoberta de novo.

— Pode deixar, mamãe. Você vai dar um beijinho agora?

Eu sorri levemente com o puxão de orelha que o mais alto levou. Observava a interação dos dois apoiado no batente da porta da enfermaria, após ser responsável por arrastar o Chae até ali, e era simplesmente satisfatório ver Hyungwon levando bronca.

— Você nem se recuperou completamente ainda, sabe o quanto é estúpido querer fazer parte dessa missão?

— Não exagere, Seokkie, Changkyun e Hyunwoo voltaram quebrados da última busca e ninguém cogita que eles não vão. — o Chae replicou, descendo a manga da sua camisa até o pulso e apanhando o seu casaco na cama. —  Se eu estou bem o bastante para arrastar corpos por aí, posso fazer qualquer coisa. Você devia se preocupar era com o pentelho de um metro e meio que nunca pegou um carro na vida, mas insiste em ir também.

Eu demorei para notar que era a mim que ele se referia, estranhando o par de olhares em minha direção antes de me dar conta.

Pentelho de um metro e meio?

— O que pegar em um carro tem a ver com isso, seu tonto?

— Nós vamos dormir na estrada e revezar a direção, enquanto você vai o tempo todo no banco do passageiro, como uma princesa.

— Tenho certeza de que eu vou ser mais útil do que você quando chegarmos em Daegu. — Rebato, erguendo o queixo em sua direção.

— Não duvido disso. Seus bracinhos de frango até que estão mais grossos mesmo.

— Ah, cala a boca!

Hyungwon gargalhou fino, satisfeito por ter me irritado, antes de saltar para fora da cama.

— Eu tô saindo, preciso colocar o meu nome em um daqueles rifles.

— Hyunwoo disse sem armas para você, Chae Hyungwon. — Hoseok alertou.

— Eu não estou mais ouvindo. — ele passou ao meu lado acenando por cima da cabeça, dexando-me então sozinho com nosso amigo superprotetor antes que eu pudesse prever.

— E você-

— Estou intacto, pode me examinar. — disparei imediatamente, erguendo as mãos em forma de rendição.

Hoseok suspirou pesado e foi até um dos armários no canto do cômodo. Ele estava uma pilha de nervos.

— Precisamos de mais antibióticos, penicilina, azitromicina ou amoxicilinas. Gazes também, soro e material para sutura. — Hoseok falava enquanto revirava os armarios da enfermaria e anotava em uma prancheta — Quando chegarem a Daegu, lembre o Hyunwoo de procurar por uma farmácia, se possível, ele vai saber o que trazer.

— Chaeyoung já incluiu os medicamentos na lista de prioridade, não precisa se preocupar com isso, Hoseok. — eu o respondi, notando o quanto ele estava inquieto com tudo aquilo — Você vai ficar bem aqui?

Thriller | Changki Apocalypse!ficOnde histórias criam vida. Descubra agora