— É, me parece um boas vindas. — Hyungwon ironizou ao pararmos diante da placa verde na entrada da pequena cidade. Eu engoli em seco e desviei o olhar para não vomitar.
Haviam dois mortos empalados em longas barras de ferro fincadas no chão de ambos as lados dela, ainda grunhindo como animais famintos, e outro abatido no chão com a barriga aberta, enquanto, bem no meio da placa, se encontrava um "X" desenhado com o que deveria ser o seu sangue.
Quem faria algo assim?
— Eu não gostei, voto em voltarmos pra a floresta. — Jooheon se manifestou erguendo a mão.
Após a noite na floresta, nós voltamos a caminhar assim que amanheceu e levamos mais quatro horas até finalmente chegarmos ali. A recepção, no entanto, não fora das melhores.
— Não seja tão medroso, quem fez isso provavelmente nem está mais vivo. — Hoseok comentou, dando dois tapinhas no ombro dele.
— Não conte com isso — Changkyun ergueu a besta e atirou uma flecha na cabeça de cada um, os grunhidos sendo finalmente silenciados —, esse tipo de pessoa não morre tão facil, são como malditas baratas.
— Nós só precisamos encontrar um carro que funcione e dar o fora daqui. — Hyunwoo decidiu por fim, ajeitando a alça da mochila em seu ombro e indicando com a cabeça para que nós prosseguissemos.
Jooheon lançou uma cara feia para a placa antes de segui-lo e eu fui logo atrás dos outros, evitando vislumbrar aquela cena novamente.
— Kyun? — Minhyuk chamou e eu olhei para trás, notando que Changkyun não saira do lugar e buscava algo por entre os arbustos. Não era possível que ele estivesse pensando em caçar agora.
— 'Tô indo. — ele respondeu, demorando desviar o olhar da floresta para então caminhar sem pressa até nos alcançar.
A cidade parecia completamente deserta, fora um ou outro morto vagando solitário pelas ruas. A maioria dos estabelecimentos estavam com os vidros quebrados e portas arrombadas, os poucos carros largados na rua claramente sem qualquer condição de uso, prédios e mais prédios abandonados... Haviam mensagens deixadas em carvão nos muros, pedindo paz para as almas que se foram e, principalmente, para as que ficaram.
Eu limpei o suor da testa com as costas da mão antes de finalmente decidir tirar o moletom e o amarrar na cintura, ficando com a camisa branca que usava por baixo. O clima se mostrava mais quente ali, tanto que eu podia jurar sentir o calor do asfalto sob a sola do meu sapato. Sentei no meio-fio sob a sombra de um prédio e abri uma garrafinha dágua, solvendo um longo gole. Changkyun, Hyungwon e Jooheon testavam um carro do outro lado da rua e Hyunwoo, Hoseok e Minhyuk vasculhavam uma lojinha logo atrás de mim.
— Tente ligar agora. — Changkyun pediu a Jooheon, que prontamente ocupou o banco do motorista e começou e mexer em algo lá dentro. O carro deu sinal de vida, as rodas o moveram um pouquinho para a frente e ele empacou um segundo depois.
— Eu disse que eu não estava com um bom pressentimento sobre ele — Hyungwon falou, obsevando a cena de braços cruzados —, nós estamos perdendo tempo aqui.
— Você já pensou em ajudar mais e reclamar menos? — Jooheon o provocou ao sair de dentro do carro.
Assumindo que eles começariam uma discussão, eu me levantei para voltar a ajudar na busca pelos estabelecimentos ali perto. No entanto, o pneu solto de um carro rolando para fora pela porta do prédio do outro lado da rua, que antes era bloqueada pela traseira do carro, chamou minha atenção.
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Thriller | Changki Apocalypse!fic
Fiksi PenggemarKihyun acorda num mundo pós-apocalíptico sem qualquer memória do seu passado. Sem conhecimento de nada sobre si além de um nome e um número gravado em sua pele, ele vai buscar preencher as lacunas em branco da sua mente, enquanto tenta sobreviver ao...