(七) O Forjador de Eremitas

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Termos usados:

Sensei (先生): professor ou mestre.

Sakura: flor de cerejeiras.

Kenja (賢者): significa algo como "grande sábio" ou "ancião muito respeitado".

Shōjo: "garota" em Japonês. Usado para adolescentes de 10-18 anos.

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Depois de alguns minutos andando, Hisashi me pede para adentrar a frente dele naquela mesma sala grande com um sofá, um par de estatuas, móveis escuros e um cheiro de limpeza e de chá característico. Um par de soldados guardava a porta e eles não olharam para mim. Bem, talvez olharam, mas as máscaras vermelhas em suas armaduras não me permitiram que eu os visse.

E foi quando nos aproximamos do sofá que a notamos surgir por detrás de cortinas de pedrarias barulhentas em outra porta. Ela era um retrato da beleza, superioridade e até um pouco de arrogância na forma com que olhava sobre o queixo. Seus longos cabelos estavam soltos, as raízes cinzentas davam a entender que aquela não era a cor real de seus cabelos. Um espalhafatoso vestido branco e azul combinava com a coroa de mesmas cores num formato de arco.

Ambos reverenciamos.

Tia Tsuna. A maior autoridade do Santuário. Ela disse que eu deveria me lembrar dela com gosto, mas só o que lembro eram das suas rápidas passagens a minha casa quando convidada para tomar saquê com a minha mãe e ambas elas conversavam alto sobre assuntos de adultos.

Ela sorri.

— Bons retornos... honorável Izanami-sama — ela reverenciou.

Eu copiei.

— Vou deixá-las a sós — disse Hisashi, respeitoso. — Com licença, Vossa Graça.

Assim que ele saiu, Tsuna me convidou para me assentar próximo a ela numa mesa onde havia uma chaleira e um par de xícaras elegantemente dispostas.

— Bem, vejo que parece completamente apta agora, minha sobrinha. Acredito que não lhe restam mais dúvidas sobre quem é ou o que é. Fico feliz com tal notável evolução.

— Obrigada... Oba-sama. Sinto por ter sido ausente nesses últimos anos. Provavelmente não consigo sentir as marcas do passado na minha pele e no meu coração como vocês, mas estou enfim de volta a minha casa. A senhora queria conversar comigo?

— Certamente — ela serviu as duas xícaras. — É de laranja — disse mais, erguendo-a para mim. — Por favor, querida, conte-me: O que aconteceu naquela noite? Quem te levou para a floresta?

— Ao que me lembro... — engulo em seco, agora parece que as marcas do passado estão voltando para mim, e com força dobrada. — Eu ouvi um barulho que me fez despertar. Quando me acostumei com ele, ouvi gritos e logo depois a minha mãe entrou no quarto meu e do meu irmão. Nos acordou, nos tomou no colo. E eu o vi, ao menos tive um vislumbre do... do Mestre Tesauro em minha casa, pisando no peito do meu pai, lhe jurando vingança terrível. Logo depois... uma explosão jogou me jogou e minha mãe para fora de casa. Eu bati a cabeça, perdi os sentidos, perdi o meu irmão de vista. Apenas lembro que... uma mulher de cabelos claros me tomou pelas mãos e saiu correndo comigo para a floresta. Lá... ela foi atingida nas costas por muitas flechas e eu desmaiei então fui acordada por lobos me cheirando.

— Então ela não vive — concluiu. — Você se lembra do rosto dessa mulher?

— Não... estava muito escuro. Mas sei que ela me salvou porque a minha mãe pediu. Ela estava lá, no lugar certo e na hora certa... quase como se soubesse o que iria acontecer.

O Ultimo Eremita do Trovão (Vencedor #TheWattys2021)Onde histórias criam vida. Descubra agora