(三十) Aventura Fantastica

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Termos usados:

 Yōkai: são transformações ou criaturas que retornam à vida de maneiras perturbadoras. Eles podem tomar formas físicas, e alguns são descritos como espíritos reanimados ou formas monstruosas que lembram criaturas semelhantes a zumbis.

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Nós descemos por uma ladeira curva que ficava ao lado direito da escadaria, próximo à entrada da floresta por onde saímos naquele dia. Ali encontramos uma nova escada que nos deixa mais abaixo, em uma encosta. Lá em baixo há um grande e movimentado centro e algo como uma forma circular de pedra com kanjis talhados que brilhavam numa cor vermelha.

— O que é aquele círculo gigante lá embaixo?

— É uma das entradas seladas do Yomi — respondeu Akemi, apoiando-se sobre meu ombro amistosamente.

Nós levamos vários minutos para descer a encosta por uma escada estreita de madeira apodrecida pelas chuvas, olhamos pelo clima, olhamos pelas nuvens estáticas enquanto descíamos e pela praia onde havia alguns barcos atracados.

Quando chegamos aos pés da encosta, nos deparamos com três soldados de Tesauro, mas bastou que eles acenassem, pressionando duas vezes os dedos indicador e do meio contra o peito, para que ficássemos confusos. Hisashi acenou de volta e nós fizemos igual, isso nos permitiu prosseguir até uma casa incrustada na rocha. Na parte de trás dessa casa havia um quintal e o que procurávamos; uma forja. Dois cavalos negros comiam feno, um som característico de marteladas no metal tomou nossos ouvidos, além de faíscas brilhantes lá dentro.

— O que nós fizemos lá atrás?

— É uma saudação Akhan. Uma indagação do meu estado de humor. Corresponder da mesma forma significa que estamos bem.

— Bem... meu humor diz que quero bater neles até meus dedos sangrarem.

— Certamente me equivoquei ao pensar que fosse tão pacífica quanto uma cascata.

Dei de ombros para Akemi. Hisashi caminhou à nossa frente.

— Conviver com Zu'rien vertendo ódio me afetou um pouco.

— Velho Baki! — se aproximou Hisashi da porta retangular, olhando no interior de uma casa redonda, o formato da rocha esculpida.

De lá, uma pessoa enfim surgiu.

Um velho magricela e alto, com cabelos brancos que arrastavam no chão e uma barba tão igualmente longa que ele precisava enrolar duas vezes ao redor do pescoço. Seus olhos eram diminutos, escuros, pouco conseguíamos vê-los.

— Em que posso servir, jovens?

— Velho Baki — Hisashi presta uma respeitosa reverência. — Sou Hisashi, filho de Yen e Hiita, nativo da Casa das Vinhas, do clã dos Akhans. Essas são Akemi e Izanami, Hime da Casa de Makal e Herdeira da Marca.

— Aquela que derrotou um Shaofeng com uma flecha — o velho pontua, reverenciando mais do que creio ser merecedora. Mas eu sorrio, contente pelo reconhecimento. — Achei que o fim de minha casa chegaria antes que eu visse esses cabelos prateados novamente. O que vocês precisam? Será uma honra sem igual poder ajudar um Eremita do Trovão.

— Não sei se já está a par da situação...

— Estou... os pássaros me contaram. Adiante.

— Er... — Hisashi gaguejou. Se antes pensava que Akemi era boa em "ouvir os pássaros falarem", fiquei impressionada com o velho que parecia realmente ter anos de conhecimentos e informações guardadas naqueles cabelos brancos. — Vou ser direto então. O que o senhor sabe sobre as quatro relíquias sagradas?

O Ultimo Eremita do Trovão (Vencedor #TheWattys2021)Onde histórias criam vida. Descubra agora