Capítulo 8-

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Tentei puxar, mas o homem não queria soltar a minha mão e eu não estava entendendo o que ele dizia. Até que o homem que estava sentando do outro lado corredor, diz para mim que seu amigo tem medo de turbulência. Me explicou que por essa razão, ele não pensou duas vezes e segurou minha mão.
O homem que falava em espanhol, pediu desculpas em nome dele. Veio até ele dizendo alguma coisa em sua língua, eu é claro fiquei “boiando.”
Pelo menos, o homem soltou minha mão.
Por causa desse incidente, pude ver o seu rosto. Pode parecer estranho, mas acho que era o cara que aparece numa das fotos que tirei no aeroporto.
Imagino que a vergonha era tanta, que ele fêz o mesmo que fiz anteriormente. Pegou o cobertor e cobriu a cabeça.
Eu me mantinha séria, pois seu amigo estava observando, mas por dentro ria.
Situações embaraçosas dos dois lados. Cubro a cabeça para voltar a dormir também, porém antes, peguei o celular para conferir a foto. Apesar de não estar tão nítida, acho que é ele.
Mas tarde, farei uma prova: vou ver se as roupas são as mesmas.

Que vergonha! Como pude pegar na mão de uma desconhecida? Não bastasse isso, acordei com a cabeça em seu ombro😣.
Já pensou se ela grita ou faz um escândalo, achando que sou um desses pervertidos?
Preciso tomar cuidado com as minhas ações impensadas...

Com a cabeça coberta, espreguicei, abri os braços bem tranquila, parecia que tinha dormido uma eternidade! Foi quando me lembrei onde estava... Recolhi os braços e abaixei o cobertor devagarinho, na esperança que os dois passageiros não estivessem acordados.
Do meu lado direito a pessoa não estava no assento. Já do meu lado esquerdo... ele estava olhando para mim. Parecia que tinha acordado naquele instante. Logo ocorreu um pensamento: será que toquei nele com o braço enquanto me espreguiçava?

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