Capítulo 22-

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Ele escolhe um lugar bem pacato. Deve ser por causa do medo de ser reconhecido.
O restaurante não era tão grande, contudo o ambiente era agradável e não tinha quase ninguém, mesmo assim ele dava um jeito de disfarçar seu rosto. Escolheu uma mesa bem no fundo, que ficava escondidinho.
Ele me pergunta o tipo de carne que prefiro, disse a ele para escolher, que confiaria no seu gosto.
Como para mim tudo era novidade, eu registrava tudo e é claro, vez ou outra tirava fotos dele também.
Sabia que nunca mais o veria, não era impossível...entretanto, sei que não terei uma outra oportunidade como esta de poder viajar para fora do Brasil e muito menos para o Japão.
Então, registrar esses momentos que estou passando com ele, será, serão minhas lembranças. Gravarei alguns vídeo também.
O atendente trás a carne, logo que ele coloca na grelha, o cheiro, me deu água na boca. Estava com tanta fome!
O legal é que a carne assa rapidinho, por causa das fatias finas.
Takeru é tão fofo, cortou a carne e me serviu. Surpresa fiquei quando ele pegou um pedaço e ofereceu para que eu experimentasse.
Confesso que fiquei sem jeito, com vergonha.
“Não sei qual é o seu gosto, se é bem passado, normal, mal passado.”
“Está bom assim! Também gostei do ambiente, calmo e tranquilo.”
“Gosto de lugares assim. Fico mais a vontade.
Posso te perguntar uma coisa? Você gosta da minha companhia? Ou sou chato e estranho?”
“Claro que gosto da sua companhia! Se não fosse por você, eu não sei se estaria aproveitando essa viagem. Talvez, estaria mais perdida do que aproveitando. Muito obrigada por estar sendo meu guia e tendo essa paciência para se comunicar comigo.”
“Eu que agradeço por poder ajudar você de alguma forma e confesso que estou adorando ser seu guia. Você me desperta curiosidade, me deixa alerta... É que apesar de não falarmos a mesma língua, nós nos entendemos muito bem.
Fico pensando: e se déssemos um passo a mais...será que nos daríamos bem?"

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