Capítulo 30-

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As minhas amigas diziam que eu não sabia me vestir bem. Nunca liguei muito para isso, mesmo porque condições para comprar roupas bonitas ou de marca eu não tinha. Sempre gostei de me vestir basicamente.
O segui pela loja, porém estranhei...passamos pela seção masculina, e eu achando que ele não tivesse visto, o puxei pela camisa. Ele me olha e eu tento por meios de sinais, mostrar a ele que tínhamos passado pela seção das roupas masculinas.
Ele digita:

“As roupas não são para mim.”

“Entendi. Você vai comprar algo para sua mãe ou para sua irmã?”

“Como sabia que tenho uma irmã?”

“Não sabia, eu deduzi.”

Ele me olha desconfiado e digita:

“Não são para elas e eu moro sozinho desde os dezesseis anos.”

Pensei em perguntar sobre sua família, mas percebi que não deveria fazê-lo...
Por outro lado: se não é para ele, não é para sua mãe, nem para irmã, então para quem é?🤔
Vejo ele falando com a atendente, me sento num banquinho que havia no corredor e fiquei observando ele... Quanto mais o vejo, mais o admiro. Até hoje, não tinha conhecido ninguém que conseguisse prender minha atenção como ele.
-Aline!- é um pouco estranho ouvir ele chamando meu nome, faz cócegas em meu coração.
-Hay!- ( é “sim” em japonês )

“Por favor, acompanhe a atendente e prove as roupas que ela lhe mostrar.”

“Eu não estou precisando de roupas, e...também não posso gastar.”

“Não se preocupe, é um presente.”

“Presente? Meu aniversário é só no ano que vem.”

“Você só recebe presentes no seu aniversário? E se eu te dissesse que recebo todos os dias?” Acabei falando demais...

“Você está brincando comigo não é mesmo? Para isso você teria quer ser um artista e bem conhecido.”

“Foi uma brincadeira, acho que nem mesmo um artista recebe presentes todos os dias.
Entretanto, quero te presentear, vamos dizer que é um gesto de carinho, pois gostei de te conhecer. Te achei legal desde a primeira vez que a vi no aeroporto de Frankfurt.

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