Capítulo 41-

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Se não fosse o problema dele de não querer ser reconhecido, eu poderia mostrá-lo, dizer que é meu guia. Pensando bem, não daria muito certo, ela perguntaria como iria pagá-lo.
Trocamos mensagens por quase quarenta minutos, me despedi dela e quando desliguei o celular, vi que havíamos chegado no chalé.
Quis pegar minha mala, mas ele não deixou e olha que nem estava pesada. Apenas fêz sinal, para que eu pegasse as chaves no bolso da calça. Ai e agora? Isso me parece meio íntimo demais e além de tudo, ele me deixa 100% sem jeito.
Disse sorry, e peguei as chaves rapidinho...
O chalé era num estilo rústico. Achei que nem tivesse esse tipo de estilo por aqui.
Ele mostra os cômodos, aponta o quarto do lado esquerdo para ele e é claro, o da direita para mim. Acomodei minhas coisas, por um instante pensei: o que estou fazendo aqui? Eu poderia estar indo ver outros pontos turísticos pela cidade e no entanto, estou sendo levada por ele, como se uma pequena folha sendo levada pelo vento, que em algum momento cairá no chão.
Sei que também cairei, ao voltar para casa. Mas, porque estou me deixando levar?
-Aline!- ouço ele me chamar e de novo é uma sensação tão legal, ouvir meu nome saindo daqueles lábios.
Ao chegar na cozinha, a mesa do café estava posta.
-Wow!- bati palmas, pois a mesa apesar de simples estava bonitinha. Tinha até um vasinho com flores no centro.

"Não sou bom em cozinhar, só sei fazer algumas coisas. Pelos menos o café e arrumar a mesa, consigo fazer."

"Mas, a mesa está uma gracinha."

"Sente-se, deve estar com fome. Irei te servir." Fiz sinal que não precisava, entretanto ele fêz questão de me servir. A gente parecia um casal de verdade.
Quando é que no Brasil, estaria sozinha com um homem que conheci a apenas quatro dias, ( contando com o encontro no voo ) num lugar um pouco distante da povoação?

Sol NascenteOnde histórias criam vida. Descubra agora