Capítulo 48-

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Segurei sua cabeça com jeito, ajeitei a almofada. Pronto, agora ele vai poder dormir mais confortavelmente.
Me levantei devagarinho, para não acordá-lo. Entretanto, ele pega no meu braço...tudo foi tão rápido, que quando percebi, estava deitada ao seu lado naquele pequeno sofá.
O coração estava parecendo uma bateria de um concerto de rock! Se fosse para contar os batimentos, eu perderia a conta.
Tentei me comunicar por gestos, tipo a perguntar porque fêz aquilo.
Acho que ele não entendeu, por isso tentei pegar os nossos celulares que estavam em cima da mesinha de centro.
Mas, aí ele disse:
-Aishiteru-
-Hã!?-
Eu só consegui esboçar essa reação, pois em seguida ele se aproxima, me olha com aquele olhar e me beija.
Um turbilhão de coisas se passaram pela minha cabeça, porém naquele instante nada mais importava, deixei as coisas acontecerem... No fundo, no fundo, queria levar uma lembrança concreta dessa viagem. Sabia que estava sentindo algo muito forte por ele. Um sentimento imenso que pela primeira vez se apoderou de mim.
Pode parecer loucura, mas me joguei nesse momento, prometendo a mim mesma, de não ter arrependimentos depois.
Nunca pensei que fosse agir dessa forma, no entanto, quando o coração comanda, a razão não consegue detê-lo. Pelo menos a minha perdeu...
Mesmo não falando a mesma língua, nossos lábios, nossos corpos, sabiam se expressar numa comunicação perfeita.
A neve que começou cair, o frio que pairava lá fora... Todavia aqui, o calor se fazia presente.
Com a cabeça em seu peito, pude ouvir seu coração batendo acelerado, no mesmo ritmo que o meu.
Só nós dois ali, parecia o paraíso... Fechei os olhos, desejei que o tempo parasse, que pudéssemos ficar assim para sempre...
-Takeru...- ele olha para mim.
-Aishiteru...forever- sei que dizer para sempre é tempo demais, entretanto naquele momento, é a palavra que saiu junto com o eu te amo.

Sol NascenteOnde histórias criam vida. Descubra agora