Capítulo 17

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◆ Cores e o que elas representam ◆

Vermelho - Amor/Paixão/Admiração
Laranja - Cansaço/Desconforto
Amarelo - Alegria/Felicidade
Verde - Conforto/Satisfação
Verde Escuro - Nojo/Desgosto/Inveja
Azul - Tristeza/Insegurança/Desconfiança
Azul Escuro - Medo/Pavor/Preocupação
Rosa - Ansiedade/Nervosismo/Vergonha
Roxo - Prazer/Desejo
Preto - Raiva/Ódio/Tensão
Cinza - Neutro/Tédio

Gente vocês tão gostando da história? Do jeito que eu faço os personagens?

Tem algo que vocês queiram ver?

﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏

Ambos estavam em completo silêncio, existem muitos tipos de silêncio, mas dessa vez era um confortável, eles estavam apenas apreciando a companhia um do outro. Bakugou continuava a tentar escrever a letra para sua composição e Naomi permanecia ao seu lado observando o céu, talvez sua aula livre estivesse quase acabando, mas não faria mal matar a próxima aula apenas dessa vez.

É não faria mal.

Naquele silêncio a mente de Naomi funcionava a mil, como uma máquina, pensamentos dos mais variados assuntos surgiam, foi nesse processo acelerado que ela se lembrou de algo que ouviu seus colegas de classe comentarem.

Era uma boa oportunidade de conhece-lo melhor.

Naomi respirou fundo antes de se pronunciar.

— Eu estava pensando...

Disse quebrando o silêncio e aliviada por não ter gaguejado, Bakugou parou o que estava escrevendo e a olhou prestando atenção no que iria dizer.

— Ouvi que vai abrir uma nova atração no parque....

Começou sentindo-se corar, por mais que tentasse ela não conseguia deixar de se sentir envergonhada ainda mais tendo aqueles olhos fixados em si.

— Está me convidando pra sair Yasahiro-san?

Perguntou com um sorriso ladino e convencido no rosto, nesse momento Naomi já estava abraçando as próprias pernas.

— Talvez....

Murmurou corando ainda mais coisa que Bakugou achou graça. Com a risada de Bakugou invadindo seus ouvidos, uma risada gostosa, por assim dizer, Naomi afundou seu rosto envergonhado entre seus joelhos desejando se enfiar em um buraco ou então ser levada embora pelo vento, mas principalmente se arrependendo completamente do que havia dito.

— Que dia quer ir?

Perguntou cessando suas risadas.

— Como?

Disse virando um pouco o rosto para Bakugou, ela tinha os olhos arregalados expressando sua confusão.

— Por que a surpresa? Não foi você que me convidou?

— Ah sim...mas....ah esquece...

Disse suspirando e sorrindo minimamente.

— Podemos ir na sexta?

Bakugou mordeu o lábio.

— Não vai dar, tenho ensaio da banda

— Ah...

Naomi coçou a nuca pensativa.

— Sábado?

Propôs Bakugou.

— Sábado acho que não vou poder...mas não tenho certeza

— Depois vemos isso então

Disse Bakugou e Naomi assentiu. Eles voltaram ao que faziam antes da conversa, Bakugou não teve um avanço muito significativo na letra e Naomi acabou por adormecer enquanto observava o céu azul com o sol ficando cada vez mais brilhante conforme o meio dia chegava, ao sentir a cabeça de Naomi tocar o seu ombro Bakugou parou novamente de escrever e a olhou, ela dormia tranquilamente, um sorriso encantado surgiu nos lábios de Bakugou involuntariamente.

Foi naquele momento que ele percebeu.

......

Depois daquele momento no telhado Bakugou e Naomi não tiveram tempo de conversar, pelo menos não pessoalmente.

— Naomi

Disse a voz aveludada que Naomi conhecia tão bem, abrindo a porta de seu quarto.

— O que quer?

Perguntou suavemente e hesitante tirando sua atenção do celular.

— Eu e seu pai, teremos um jantar importantíssimo amanhã e queremos que nos acompanhe

Disse sorrindo gentilmente.

— Sobre negócios?

— Também

— Acho melhor eu não ir, eu só iria at-

Naomi parou o que dizer ao ver a expressão amarga que havia se formado no rosto de sua mãe.

— Não é um convite Naomi, é uma ordem

Disse Sayumi em tom severo, mas logo um sorriso se formou em seu rosto. A mulher de cabelos castanhos claros andou até a cama onde Naomi estava sentada a observando e ficou de frente com a mais nova, Sayumi levou sua mão esquerda até o queixo da mais nova erguendo seu rosto.

— Tão linda, tão jovem e tão tola

Disse a última parte com nojo enquanto admirava a beleza da filha. Com a mão direita Sayumi começou a acariciar gentilmente a bochecha da filha, seu olhar admirado de certa forma era doentio. Naomi tinha seu olhar preso aos olhos da mãe contra sua vontade, Naomi engoliu em seco sentindo um frio percorrer sua espinha e cada pelo do seu corpo se arrepiar, ela sentia que se essa troca de olhares durasse mais tempo ela se queimaria por completo, a cada contado da mão de Sayumi a sua bochecha, ela sentia sua bochecha queimar e seu corpo estremecer.

Medo e angústia.

— Arrumarei suas vestimentas amanhã, meu amor

Disse beijando delicadamente à testa de Naomi.

Ela sentiu como se uma faca a perfurasse.

Sayumi se afastou da filha e andou em direção à porta do quarto, mas antes de sair ela se virou para a ruiva uma última vez e disse:

— Não se esqueça seus pais só querem o melhor pra você, por isso você deve obedecê-los sempre, pois nós sempre temos razão

O tom doce que ela suave conseguia ser mais assustado do que seu tom severo.

Assim que a porta do quarto se fechou novamente Naomi levou a mão ao seu peito agarrando fortemente a blusa, ao se inclinar para frente, todo ar que ela prendia em seus pulmões se soltou, ela nem havia percebido que segurava a respiração, mesmo assim Naomi se sentia sufocada, apertando mais a blusa ela sentiu seus olhos umedecerem.

E novamente seus olhos se encontravam no mais escuro azul.

O medo, o pavor, a angústia, a dor que ela sentia naquele momento não podia ser posto em palavras.

Your Colors - Bakugou Katsuki Onde histórias criam vida. Descubra agora