Sim gente, quem estava em minha frente era aquela mulher da boate. Aquele rosto era impossível de esquecer. Fiquei até sem jeito, sem ideias para responder, então em um movimento involuntário, estendi minha mão para ela e dei boa tarde olhando no olho, porém eu desviava às vezes. Estava me sentindo como se fosse um adolescente.
****
Pedi para ela se sentar no divã macio e marrom, e ela colocou sua bolsa rosa do lado e arrumou um pouco seus cabelos cacheados. Estava usando uma calça jeans apertada e assim que se sentou, fez o favor de cruzar suas pernas na maior classe. Sim, fiquei analisando cada expressão dela e também notei o que não queria, ela não estava ligando para mim de uma forma sexual, na verdade ela esperava eu dizer alguma coisa pois o profissional sou eu. Isso acabou sendo vergonhoso quando ela tomou a iniciativa parecendo que ela era a conselheira.
— É... moço, podemos iniciar? Estou pronta para as perguntas e tudo mais que preciso. - Ela gira a mão, dando a entender que eu estava voando.
— Perdão senhorita, como se chama?
— Meu nome é Keyla Anderson, nasci no estado da Califórnia, porém não na capital. Passei a morar aqui após fazer quinze anos, mas acho que para esse tipo de consulta não preciso dizer essas coisas, não é mesmo?
— Certamente, você tem razão.
— Bom, que falta de educação a minha, qual seu nome doutor?
Dei risada da pergunta dela e ela com um semblante de desentendida me perguntou: —Qual a graça na minha pergunta?— A senhorita parece que nem precisa de conselhos ou alguma consulta, pois está tomando à frente de tudo, é a primeira que faz isso.
Ela ri para não soar de forma rude e responde: — Desdo momento que entrei aqui, o senhor não tomou à frente da situação. Não me fez perguntas e nem nada, aconteceu alguma coisa? Talvez o próprio psicólogo precise de ajuda.
"Que atrevida, affs, adoro isso."
— Eu não estou com problemas, porém obrigado pela preocupação.
" Na verdade eu tinha um problema, e estava em minha frente."
— Mas o senhor ainda não disse seu nome - arquea sua sobrancelha.
— Me chamo Renzo Marcellus, ao seu dispor a partir de agora.
— Já deveria ter estado a minha disposição desde o início, mas não tem problema.
— Você não tem medo de falar o que pensa, não é mesmo senhorita Anderson?
— É realmente muito bom senhor Marcellus, até que fim decidiu fazer seu trabalho.
— Mas se a senhorita está nessa sala, é porque não deve ser por conselhos psicológicos, e sim porque está com problemas em conquistar, reconciliar, ou porque você mesma deve ser o problema da relação.
Ela ri com sarcasmo e se levanta.
— Não vim aqui para bater boca, então até mais. - Quando ela pôs a mão na manivela....
— Pode sair, mas não vai resolver seus problemas.
— Como tem tanta certeza? - Ela se vira.
— Porque já vi esses casos várias vezes. Senão conversar comigo, não vai conseguir resolver seus problemas.
— Você é muito convencido e isso está me irritando!
— Muito bem, faça o teste, saia dessa sala, garanto que vai se arrepender, porém, não irei te segurar pois este não é meu trabalho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Querida Maldição (EM REVISÃO)
RomanceRenzo Marcellus é um famoso homem formado na área da psicologia, contudo, não é apenas nessa área que o mesmo atua. Quando não está em seu escritório atendendo os pacientes, o doutor atua em outro lugar dando outro tipo de conselho, podendo esbanjar...