RECOMEÇO

cinco de março

Antes de começar, para o meu desespero, muita gente me mandou mensagem pois não conseguiu ler o capítulo XXXVIII. Peço que tentem ler pela versão web. Tentem clicar no meu perfil e achar o capítulo pela listagem. Se não conseguirem, me avisem, por favor.

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Sexta-feira, 05 de março de 2021.

Todos os dias quando acordam pela manhã, os seres humanos esperam ter um bom dia repleto de boas coisas. Muitas vezes esse desejo é alcançado, outras vezes não.

As atitudes que tomam ao longo do tempo geram consequências. Boas ou ruins. Em outras palavras, para cada atitude, há uma consequência e, muitas vezes, as coisas não acontecem da maneira que imaginam ou que esperam.

Certas atitudes servem como um ponto final, até porque, assim como a vida, tudo tem começo, meio e fim. Infelizmente, muitas vezes, o fim é inesperado.

E é o mesmo inesperado que pode mudar o rumo de uma vida. Nesse caso, de duas vidas.

Não tem como fugir, é o ciclo da vida.

- Felipe, cadê você?

Gizelly ligava desesperadamente para ele já que Prior havia marcado de passar em sua casa às 15h.

Cheio de segredos, pediu para que Gizelly organizasse uma pequena mala com roupas e acessórios, pois passariam o fim de semana juntos, mas ela não sabia o local, o que fariam e muito menos o porquê daquele pedido.

Precisou cancelar todos os seus compromissos, enviar Jack Bacon para um hotel e organizar tudo para o tal fim de semana misterioso.

E agora Gizelly esperava na porta de seu prédio, roendo suas unhas de desespero, ansiosa por um dia que ela não fazia ideia do que aconteceria.

Felizmente, ele havia chegado, não em seu carro, mas num uber, o que deixou a moça ainda mais apreensiva.

- Tá nervosa, bebê?

- Você é um idiota - sentou-se no banco de trás do carro - Oi moço, boa tarde! - apesar de querer bater em Felipe, não poderia ser mal educada com o motorista - Pra onde estamos indo, Felipe?

- Já já você vai saber, Gizelly.

- Então eu vou perguntar ao moço e ele vai me contar.

- Amigão, ela é braba assim, mas não conta nada pra ela, viu?

- Patético, Felipe Prior.

Gizelly continuava insistindo por todo o caminho até que, finalmente, eles chegaram e ela parecia ainda mais confusa do que antes.

- O que a gente tá fazendo no aeroporto?

- A gente vai passar o fim de semana juntos, ué, achei que tivesse sido claro.

- Mas você não me disse que seria fora do Rio...

- Gizelly - ele entrou na frente dela para encara-la, segurando seus braços - Você pode confiar em mim, por favor? Eu sei que você é ansiosa, mas confia no pai.

Gizelly respirou fundo, sabendo que não tinha muito o que fazer e apenas confirmou com a cabeça que sim.

Quando fizeram o check-in, Gizelly viu que estava indo pra São Paulo. O plano dele foi tão secreto que ela não sabia nem como ele conseguiu seus documentos para comprar sua passagem.

- Eu aproveitei enquanto você dormia para comprar sua passagem. Precisei mexer nas suas coisas pra achar sua identidade. Não precisa se preocupar que você não vai pagar nada!

- Gosto assim, sem pão duragem, Felipe.

Fizeram um voo tranquilo e chegaram rapidamente em São Paulo.