o carro de som

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Quinta-feira, 8 de abril de 2021.

Essa poderia ser uma história de amor fácil, mas não era. Poderia ser um amor tranquilo, mas não era. Poderia ser só um grande mar de felicidade, mas não era. Era uma montanha russa de sentimentos, de desafios, de idas e vindas, amor e ódio, dores e felicidade. Era uma história de amor difícil, conturbada e complicada, mas não deixava de ser amor.

Havia muito amor.

"Gizelly Bicalho marcou você em uma publicação."

Ele não podia acreditar naquela notificação, não depois de tudo o que aconteceu na festa do Pyong. Gizelly nunca marcou Felipe em publicação alguma, nem quando ele participou da Mesa Redonda, então por que diabos ela teve esse ato de coragem logo agora? Logo agora que ele havia desistido dela.

Precisou ler novamente pra ver se não estava sonhando, mas estava ali, era uma foto de #tbt do carnaval, onde eles apareciam juntos com outros ex BBBs. Pode ser pouco para quem olha de fora, mas para Felipe aquilo era intrigante e surpreendente.

- Que cara é essa, filho? - Cris perguntou, notando que Felipe estava em outro universo.

Apesar de se considerar um ex mimado, Felipe não pôde negar a ajuda de sua mãe para rearrumar as coisas de seu apartamento em São Paulo. Com tantos trabalhos, ele mal conseguiu parar pra organizar tudo.

- Nada não, mãe.

- Tem certeza, Felipe? Será que você não está pensando num certo furacão?

- Essa mina é doida, mano. Me marcou numa foto do nada.

- E você está assim porque ela te marcou em uma foto, Felipe?

- Ela nunca quis admitir que a gente tava junto. Saía disfarçado e tudo. Nosso último encontro não terminou da melhor forma, então o que mudou? Por que ela fez isso? Ela disse que me odiava.

- Tenho certeza que ela não te odeia.

- Já eu não tenho certeza de nada, só sei que odeio essa menina. Quero distância.

Cris riu ironicamente.

- Você diz uma coisa, mas seu rosto diz outra, meu filho. Tá na sua cara que você ama essa mulher. Não sei porque vocês estão separados.

- Porque ela é doida. Ela que pediu pra terminar.

- Você também é meio doido, Felipe.

- Sei que eu não quero essa doideira na minha vida não. Tô cansado de não ser suficiente pra ela. Cansado das paranóias dela. Cansado de ter que ficar escondendo tudo. Cansado dessa mulher querer mandar em tudo.

- E ainda assim você ama essa mulher...

Ele encarou Cristina, meio preocupado.

- Mas passa, não passa?

- Você quer que passe?

- Claro.

- Sinto em dizer, nem sempre passa.

- Mas vai, tenho certeza - ele se levantou do sofá e mexeu em qualquer coisa por ali - Vamos ao que interessa que a senhora adora uns papos meio doido.

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