O Anjo do Apocalipse - Daryl Dixon

cap. 24

P.o.v Daryl

Minha vida na maioria das vezes foi movida por decisões que me prejudicaram de algum modo seja ele físico, emocional ou psicológico mais no momento em que eu tirei a vida de uma pessoa que eu considerava como um amigo aquilo de um certo modo me fez perceber que tive mais decisões duvidáveis do que consideradas boas, e sinceramente não sei como me sentir quanto ao fato de tê-lo matado.

Se não fosse pelos meus dois anjos em minha vida nesse momento eu estaria mais isolado do que já estava do grupo, primeiro veio Kyoko me desestabilizando por completo e quebrando algumas das minhas barreiras como a de nunca me apaixonar ou ter algum relacionamento duradouro além de uma única noite rogada de sexo, bebidas e drogas. E depois veio o Sam me mostrando que sim eu posso ser pai mesmo nunca ter cogitado a ideia de ter um filho e tendo uma infância e um pai mais que fudido.

Se meu irmão Merle me visse agora ele me chamaria marica e com toda certeza ele estaria certo porque se ser amado e amar é ser marica eu quero ser pro resto da minha vida, claro que só se tiver Kyoko e Sam no meio. E porra eu virei mesmo um marica de merda.

Minha vida mudou drasticamente depois do fim do mundo não que minha vida fosse maravilhosa longe disso mas de um jeito maluco eu prefiro como está agora por que isso me trouxe amigos como o Rick, James e 10k, Shin e sua esposa Mariko e como também minha pequena família formados por Kyoko, Sam e eu.

Nunca me imaginei tendo isso e sempre me senti sozinho, as pessoas que eu tinha próximos de mim não eram pessoas de confiança.

- Daryl.. - Shin fala me tirando dos devaneios que estava tendo.

Nós dois estávamos sentados em um tronco que estava perto da fogueira do nosso acampamento.

- Sim.

- Sabe nunca conversamos sobre você e Kyoko..

- Vai querer bancar o pai dela agora? - digo rude, admito que fui meio rude com ele mas foi mais forte que eu.

- Bem.., Não é que eu me sinto e sou responsável por ela, praticamente eu a criei junto com a minha família. - diz e fica pensativo. - Ela foi forte não só por ela mais pelo avô também, foi bem difícil para os dois. Quando Kyo chegou até nós ela tinha se fechado em seu próprio mundinho, afinal perder os pais já é difícil por si só e ainda morar com pessoas estranhas que nunca tinha visto pessoalmente que só tinha escutado histórias e visto fotos, foi complicado para ela.

- E você e sua família como estavam levando? Vocês sabiam o que ela era desde o começo?

- Foi estranho no início mais fomos nos habituando a ela e ela a nós e sim sabíamos o que ela era uma Tenshi ou no sentido literal um anjo. - fala e olha para Kyoko que estava mais ao longe com o Sam, tentando descobrir os dons dele e também acabei os olhando e dando um sorriso de ladino. - Eu sei que vocês são companheiros e tals mais o que você realmente sente por ela?

- Eu não sei como nomear esse sentimento que sinto por ela mais é forte e bom. Sei que sou um caipira bruto que não era ninguém antes do mundo cair mais ai ela chegou e me tem nas mãos. - digo a olhando fixamente.

Kyoko sentindo meu olhar sobre si olha diretamente para mim e me lança um sorriso lindo capaz derreter o coração mais frio, retribui seu sorriso com um de ladino.

Cheguei a uma conclusão de que estou completamente fudido por ela.

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Estava trocando algumas palavras com James quando escutamos a voz desesperada de T-dog. Fomos correndo em direção dos chamados dele e vimos o resto do grupo já reunido.

- O que houve? - pergunta James

T-dog conta que Randall tinha sumido e a madeira onde ele estava preso tinha se partido fazendo com que ele conseguisse fugir, mas acho que ele teve ajuda para tal feito afinal Kyoko tinha dado uma boa de uma surra nele.

P.o.v Sam

O resto do dia tinha sido tensa. Randall fugiu fazendo com que todos ficassem uma pilha de nervos. Rick, James, Shin e meu pai foram procurar o fugitivo.

Minha mãe estava prestes a sair da casa dos Greene quando meu pai chega a acalmando-a.

Glenn sai e volta nos alarmando quando diz que estávamos ficando cercados por walkers. Lori apareceu do nada assustada falando que não conseguiu achar o Carl.

Depois disso foi uma verdadeira loucura, tentavamos pegar o máximo de comida.

Estava aflito pelo Carl ter sumido mas sabia que ele devia estar com seu pai Rick, ele tinha que estar.

Quando sai vi o celeiro pegar fogo junto de alguns walkers.

- Vem filho! Vamos. - diz Kyoko me puxando pela mão.

Nos colocamos a correr e vi Daryl vindo em nossa direção montado em sua moto.

- Vamos, subam! - fala Daryl

Subo na moto passando o meu braco pela cintura de meu pai, Kyoko segue meu movimento subindo na moto atrás de mim.

Daryl arranca com a moto nos tirando de lá. Ele dirigiu por algumas horas até amanhecer, paramos em uma avenida onde vimos todos do grupo.

Quando desci da moto corri em direção do Carl e ele faz o mesmo quando me vê correr para ele.

Ficamos abraçados até eu me lembrar dele ter sumido e me separei dele dando um tapa em seu ombro.

- Ai! Porque me bateu?

- Foi por você ter sumido. - digo e dou um beijo nele. - E isso foi por você voltar vivo e pra mim.

Carl da uma risadinha e me da um selinho.

Depois de um tempo seguimos caminho mas depois de alguns quilômetros a gasolina do carro que Rick estava dirigindo acaba fazendo todos os carros e a moto do meu pai pararem.

- O tanque está vazio. - diz Rick. - Vamos ficar por aqui e acampar.

Então cada um do grupo foi ajudar a arrumar o acampamento.

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Prontinho mais cap pra vocês, foi um cap meio clichê na minha humilde opinião mas está ai.