• 𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 13 •

28.4K 1.7K 439
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Domingão, a favela acordou cedo; das nove da manhã já dava pra escutar o som alto de algumas casas. Tinha um cara aqui na frente que tinha uma Saveiro e ele colocava um som alto pra lavar o carro dele com aquelas músicas do Fp do Trem Bala, acordava geral.

Cheiro de churrasco também, de lei, né? Domingão tem que ter churrasco. Aqui, a Jô libera a gente pela tarde, mas deixa claro que, das oito, quer todo mundo aqui. Domingo a casa fica cheia.

Ontem eu fiquei de boa em casa mesmo, ficava vendo os status das meninas e de algumas pessoas que eu seguia no Insta ou tinha o número no WhatsApp. Tava um fervo, altos vídeos das meninas dançando. A Larissa postou altos, zuando as meninas, dançando e beijando a três; ela aproveita demais, cara. Fico boba.

Me chamou pra nós duas irmos almoçar fora hoje. Ela tá se arrumando no quarto dela e eu aqui no meu. É tipo um negócio de espetinho e buffet também, a comida é uma delícia.

12h30, eu tava esperando ela pra gente sair, estava na sala mexendo no meu celular, quando a Mônica chegou me olhando de cima a baixo.

— Vai sair? — Monica perguntou. Concordei por educação — E vai aonde?

— Tu não é nossa chefe não, ô Mônica — Larissa falou descendo a escada e caminhou até a gente — bora amiga, tô com fome já.

— Vocês podem ir depois que limparem a piscina. As meninas tão limpando a cozinha, só tem vocês sem fazer nada.

— Limpa você, gata! Hoje é domingo e eu tô de folga até as oito, tá? Para de ficar coçando essa buceta e vai fazer alguma coisa nessa casa também. Tu não manda em porra nenhuma aqui — falei, peguei na mão da Larissa e puxei ela pra fora da casa.

— Finalmente alguém falou alguma coisa, porra! — Larissa riu e eu passei a mão no cabelo.

— Tô de saco cheio dessa Monica, cara. A outra também, não fazem porra nenhuma lá, né? — ela concordou. A gente desceu a rua e víamos pra esquenta, o restaurante era bem pertinho ali, tava bem movimentado o negócio. Passei o olho rapidinho e vi a Naty com um cara do lado e uma menina na frente dela. Sentei em uma mesa com a Larissa e ela começou a falar.

— O pagode é às três, eu nem vou comer muito pra amassar a feijoada — ela riu.

— Eu tô com fome agora, às três da tarde eu vou estar com fome também, tu vai ver — ela abriu mó olho e dei até risada.

— Bixa é magra de ruim, queria — a gente ficou um pouco em silêncio, até ela me cutucar — vem cá, tu fez um programa com a Naty, né? — concordei — ela não para de olhar pra cá.

Tentei olhar pra trás disfarçadamente e vi que ela estava olhando mesmo. Desviei e olhei pra Larissa, que estava rindo.

— Para de rir, Larissa! Tá chamando atenção demais, mulher — neguei — em, bora comer logo, tô com fome, mona.

— Vamo, bora pegar — concordei. A gente levantou, olhei pra Naty de novo e ela não estava olhando mais.

Depois que a gente almoçou ali, voltamos pra casa. Eu fui dormir um pouco, depois daquele monte que eu comi. Fiquei na cama até umas horas da tarde e acordei com a Larissa me chamando. Tomei um banho e ela colocou um pagodinho pra gente entrar no clima.

Coloquei uma saia jeans branca e um cropped preto com uns brilhos, coloquei meu tênis branco, uma argola média e passei um brilho na boca.

🎶Tô doido pra ter recaída
Doido pra voltar pra sua vida
Doido pra falar a frase de quem quer voltar...🎶

— Oi sumida... — Larissa cantou enquanto estava colocando os cílios. Eu tinha terminado minha maquiagem e ela estava pra terminar. Tirei uma foto e postei no Insta.

Já eram 15h50 e as meninas já estavam saindo pro pagode. Me juntei com a Larissa e nós duas descemos juntas até a quadra.

Na esquina já tava pra escutar o pagode ao vivo. Era um grupo aqui da favela mesmo e os caras mandavam muito. Amo um pagode.

— Bora pegar um chopp pra nós? A gente fica naquela mesa ali — concordei, sentei na mesa que ela falou e ela foi pegar o chopp. Eu balançava o corpo e cantava a música.

A Larissa chegou com dois copos de 700ml. Peguei o meu e dei um gole grandão, tava geladinho, muito bom.

🎶Vai me dando corda
Que rapidinho eu tô batendo na sua porta
A gente brinca de se apegar e não se solta
Depois não tem volta
Pensa na proposta🎶

Clima bem gostosinho, eu já levantei com a Larissa e nós ficamos sambando perto da mesa. Senti um corpo perto do meu e parei na hora.

— E aí, morena? Tava só te vendo de longe e resolvi colar contigo — MK falou perto do meu ouvido e eu me afastei.

— Tô de boa sozinha, MK. Tô curtindo com a minha colega, dá licença, tá? — ele riu e abraçou minha cintura, eu revirei os olhos.

— Qual foi, gata? Bora um tebetêzinho ali comigo — neguei.

— Não, cara! Me solta, senão eu faço um escândalo aqui — ele me soltou, mas antes de se afastar, apertou minha bunda.

— De noite tu vai ver, puta do caralho — ele se afastou e eu deixei isso de lado. Peguei mais um copo de chopp e voltei a dançar com a Larissa.

Amassei na feijoada e quando era 7:30, eu e a Larissa saímos dali e fomos pra casa. Tava morrendo de calor, tomei um banho e me joguei pelada na cama mesmo.

Pique Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora