Sai da casa da Jô depois de mandar o papo reto pra aquela mulher, mina doida, pirada, pulou em mim do nada e me beijou toda me querendo, eu só beijei de volta porque ela já estava em cima de mim, me apertando toda.
Falei a real, disse que não tinha nada com ela e nem queria nada, pô. A mina se emocionou toda, mas eu também tô ligada que isso aí é cobra criada. Estava de olho nos meus ouros desde o primeiro dia que eu vi ela aqui, sou boba mesmo, hã?
A garota chorou, parceira. Tu acha que eu sou bobona e caí? Deixei lá chorando, nunca mais eu pago por essa menina, pivetinha do caralho, se foda. Fui direto pra boca também, não tava com vontade de ficar em casa sem fazer nada não, maior chateação, é foda!
— Fala comigo, peixe! — passei pelo pipoca sem dar atenção, escutei a risada dele e ele veio atrás de mim. Passei pelo portão de trás da boca e subi uma escada até dar num morrão todo aberto - fala comigo, porra.
— Não tem nada não, Pipoca, só tô precisando distrair. Tô a milhão e nem percebo porra, tu tá ligado como eu sou — cruzei os braços, olhando pra frente.
— Tô ligado, conheço tu. Tem dois jeitos que tu gosta de ficar relaxada, né, porra? — ele riu e eu olhei pra ele — um, nós não podemos fazer, tu tá ligada, já o outro... — ele fez os dois punhos e colocou perto da cara. Dei risada, negando com a cabeça.
— Tu só pode tá maluco, magrinho — ele riu e bateu na minha cabeça, fechei a cara na hora.
— Bora, porra! — tirou a camiseta e armou na cintura, ficou na mesma posição de antes — tô ligado que tu sempre se amarrou na porra dos outros, culpa do ciclone, aquele puto — ele riu — bora pô, tu tá precisando, né?
Sempre me amarrei mesmo, no colégio qualquer briga que eu arrumava era no soco. Os machões ficavam no ódio de mim, foi sempre meu pai que me ensinou isso aí, sempre fui boa, batia de verdade.
— Vou pegar leve com tu, então, porra — ele riu, me mandando o dedo, tirei a minha camiseta ficando com o top e ele me chamou com a mão.
Fechei os dois punhos e fui pra cima dele. Meu primeiro soco acertou em cheio a cara dele, no segundo ele conseguiu descer e me deu um chute na coxa e depois me acertou dois socos. Ele se afastou e eu passei a mão na boca, tava sangrando já, nem dei atenção.
Dei um, dois passos pra perto dele e dei mais dois socos na cara dele. O Pipoca ficou meio tonto e eu não parei, dei uma joelhada na barriga dele e empurrei ele que caiu no chão.
— Vai se foder, Naty — falou com dificuldade, tava sem ar. Dei risada e coloquei a mão na cintura — filha da puta do caralho.
— Tu que pediu, meu bom, bora — ele negou e continuou no chão — peguei a minha camisa e coloquei no ombro — tu é muito fraco, Victor, fraco demais — ele riu e me estendeu a mão, ajudei o cara a levantar.
— Não dá não, parceira — ele pegou as coisas dele - bora, pô. Já deu, né?
— Eu nem suei, caralho — ele ficou resmungando e me xingando pra caralho, eu só dei risada desse comédia, pô.
— Vai transar então, porra! Essa não é a outra parada que te deixa relaxada? Então, vai, pô. Tô precisando também, vou encostar na goma agora mesmo — dei risada e nós saímos dali.
— Valeu, meu de fé, tô ligado que contigo eu posso contar sempre, pô — fiz um toque de mão com ele e ele me abraçou — ih, não gosto disso não.
— Qual foi, parceira, posso abraçar tu não? — ele já apertou mais e eu tentei sair, o filho da puta só ria, eu tava ficando puta já.
— Na moral, Victor, eu vou chutar tuas bolas, filho da puta — ele riu e me soltou, andei na frente e nem dei atenção pras porras que ele tava gritando comigo, comédia do caralho mesmo, se foda.
Peguei a minha moto e fui pra casa, tomei um banho, pedi uma pizza pra mim, comi, joguei um FIFA fumando uns cinco verdinhos e depois dormi ali no sofá mesmo.
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Pique Bandida
Подростковая литература📍Morro Tijuca - Rio de janeiro Comando Rio de Janeiro Bianca é carinhosa Naty é fechada Bianca não gosta de violência Naty é agressiva Bianca é prostituta Naty é traficante Bianca quer alguém que cuida dela Naty mata e morre por ela Início:...