Senti meu corpo doendo todo, minha cabeça quase explodindo, abri os olhos e vi que a gente tinha dormido no carro dela. Eu estava em cima dela praticamente, e ela com a mão na minha bunda. Meu Deus, que loucura essa mulher fez comigo? Tô toda dolorida.
Me entreguei legal dentro desse carro, gemi, gozei, acho que foi porque ela disse aquilo pra mim, sobre não querer pagar programa, só transar dentro do carro dela. Fiquei molinha escutando aqui.
— Naty? — chamei ela uma vez e nada dela acordar — Naty! Acorda aí, cara, a gente dormiu no teu carro, Naty!
— Caralho! — resmungou, ela me olhou e depois levantou a cabeça. Tava com a cara toda fechada, mais que o normal, já vi que não gosta de ser acordada — porra, tu nem pra me acordar de madrugada, porra.
— Eu dormi também, queria o que? — sentei em cima dela e depois dei um jeito de sentar no banco, ela sentou também. Comecei a recolher a minha roupa e colocar com bastante dificuldade, fiquei sem calcinha só.
— Caralho, dormi mal pra porra! — dei risada — tu dormiu benzão, né, caralho? Fico em cima de mim — ela começou a colocar a bermuda dela também e o top, ficou sem camiseta. Essa barriguinha definida dela é a perdição, viu? Certeza que muita mulher olha — quer que eu te leve pra comer alguma coisa ou quer ir pra tua casa?
— Me deixa na Jô, eu tô querendo tomar um banho logo, dormi e lá eu como alguma coisa — ela concordou, saiu do carro pra entrar no banco da frente e eu fiz a mesma coisa. Ela saiu com o carro daquele beco e acelerou pra casa da Jô. Essa mulher dirige que nem doida, toda acelerada.
Só dei um tchau pra ela e um beijo na bochecha, depois saí do carro, entrei em casa e vi algumas meninas no sofá, a ruivinha também. Me olhou de cima a baixo, toda curiosa, nem dei atenção pra ela, subi pro meu quarto e fui direto pro banheiro, tomei um banho e coloquei só uma camiseta, me joguei na cama toda destruída.
Fiquei pensando várias vezes no que tinha acontecido, fico mó incomodada quando ela olha pra minha boca e não me beija. Eu não sei por quê, ela beijou a ruiva, que faz a mesma coisa que eu, sei lá.
Por isso eu tenho a certeza que não posso ficar me iludindo, ela é uma cliente igual aos outros. Tem muitos que não me beijam também, e até é um alívio isso aí, mas enfim, não vou fazer nada também.
[...]
Já eram 23h10, eu estava andando pela sala só de body vermelho. Tô andando de um lado pro outro, literalmente, graças a Deus ninguém me chamou ainda, e a Jô não pode falar nada de mim porque eu tô circulando.
A Naty, pelo jeito, não vem hoje. Só dei umas duas olhadinhas em volta e não vi ela, deve tá bem ocupada, né?
Senti uma mão grossa me puxando pra trás e logo o cheiro terrível de maconha misturado com álcool. Fechei os olhos pra não vomitar.
Fernando: Cheguei, Bia, tava me esperando – ele falou no meu ouvido e eu nem respondi nada – vamos pro teu quarto, meu pau já tá durão só de te ver com essa porra aí, vou rasgar todinha ela.
— Vamos, Fernando, e não é pra rasgar nada, isso aqui é um material de trabalho, tá? — ele apertou minha cintura e começou a andar comigo pra escada.
— Vou te foder bem gostoso hoje, vagabunda. Tu vai ficar fraquinha — impossível. Quando a gente chegou no meu quarto, ele me jogou na cama e começou a tirar a roupa. Eu tirei o body também pra ele não rasgar.
O Fernando é muito acelerado, e faz o que quer fazer tudo de um jeito rápido e pensa que é bom, é horrível! Passei os 40 minutos com ele, ele gozou duas vezes e depois saiu. Tomei um banho rapidinho, coloquei a roupa de novo e desci pro salão mais uma vez.
Fui pra perto de onde a Letícia estava e sentei. Ela tava rindo de alguma coisa que tava vendo no celular e eu fiquei curiosa.
— Que foi?
— Amiga, você perdeu — Larissa parou de rir aos poucos, me estendeu o celular e eu vi o vídeo. Era a ruiva apanhando de uma mulher aqui na frente de casa — a ruiva tava mandando uns nudes pra um cara aí, a mulher descobriu e, como sempre, deu uma de loca e veio tirar satisfação — ela riu — eu não acho isso certo, né? Mas foi maravilhoso ver aquela ruiva falsa apanhando.
A mulher realmente batia muito nela. Ela só conseguia gritar. Tava praticamente pelada no vídeo, eu fiquei com dó, mas ri em algumas partes.
Não pelo motivo, que aliás foi idiota, né? Com o homem eu tenho certeza que ela não fez nada, mas enfim, apanhou muito.
— Amiga, tem um homem muito maravilhoso me querendo agora. Vou ir lá, tá? Depois a gente se fala, tá? — concordei, dei o celular dela e fiquei ali até um homem me chamar. Fui pro quarto com ele e pá, o trabalho só acabou às 4h10 da manhã.
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Pique Bandida
Teen Fiction📍Morro Tijuca - Rio de janeiro Comando Rio de Janeiro Bianca é carinhosa Naty é fechada Bianca não gosta de violência Naty é agressiva Bianca é prostituta Naty é traficante Bianca quer alguém que cuida dela Naty mata e morre por ela Início:...