• 𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 24 •

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Tava no baile, 01:30 já eu tava bebendo pra caralho e tava foda-se, pô

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Tava no baile, 01:30 já eu tava bebendo pra caralho e tava foda-se, pô. Essa semana foi mó bagulho doido, troquei uma ideia com meu pai e ele disse que tava rolando umas paradas lá onde ele tá, briga todo dia dos caras, os guardas até mataram uns dois de tanto descer o cacete pra mandar para, doido.

O velho tá de boa, todo boladão por estar privado, né, porra. Ele vive preocupado comigo, pô, fala pra caralho pra mim que eu tenho que cuidar, fica na máxima atenção, e eu fico, pô, não dou moral pra ninguém, não sou os meus das antigas, tá ligado? Com os outros é só meia palavra, pô.

Bebi mais um gole do meu uísque e olhei em volta, altas meninas da casa da Jô aqui, se pá todas, menos a Bianca. Fui lá esses dias de noite e nem vi a mina na sala, nem fui atrás também, devia tá com cliente, né, pô? Mas nem vi ela não.

— Qual foi, patroa? — MK cumprimentou. Fiz um toque com ele - como que tá?

— Tá suave, mermão, tá chegando assim porque? — ele negou — qual foi?

— Nada não, pô, só comi uma ali no bequin e foi gostinho demais, pô, o rabo da loira era gostoso, seloco — o MK é foda, o cara se gaba toda vez que trepa, mano.

— Quero saber disso não, irmão — ele riu todo malucão — tá drogando, filho da puta, vaza daqui, MK, me estresso fácil com essa porra, cara, quer paga de doidão vai falar com outro aí, porra.

— Qual foi, patroa? Ou tá tirando, mermo? Pô, tô doidão, mermo, mas aí eu vou atrás de outra pra mim. Quer que eu chame uma pra tu? Não para de olhar pras minas aí, parceira.

— Vai lá, chama qualquer uma das minas da Jô pra mim aí — ele concordou, levantou e foi andando e mandando passinho, moleque doido do caralho, pô, chatão ele, mas faz o trampo correto. É aquele tipo que se paga demais, mas não é bosta nenhuma, não dá uma de ratão porque é medroso.

Passou uma cotinha, uma ruiva veio na minha direção, falei com ela e perguntei da Bianca. A mina falou que ela tava na casa e que não tava querendo falar com ninguém pela semana aí, não saia do quarto, uma amiga dela que ia levar comida e tudo pra ela, achei logo estranho, tá ligado.

Tomei mais um pouco ali e depois me levantei, peguei a chave do meu carro e desci pra casa da Jô. Bati algumas vezes na porta e ninguém atendeu.

Mas não deixa pra lá não, subi a escada do beco do lado e vi que uma parte era muro baixo, fiz uma força com a mão e fiquei em cima do muro, pulei pra área da piscina da casa e vi que a porta de lá tava aberta, entrei e vi que tava tudo em silêncio, subi pro quarto e bati na porta da mina, nada dela responder, então eu só entrei.

O quarto estava todo escuro, passei a mão na parede do lado da porta até achar a luz, acendi. Vi a mina dormindo na cama e fui para perto dela.

— Larissa, na moral, eu falei que não queria ninguém aqui não, pô, vai pro baile, caralho, tu não ia pro baile? — neguei.

— Que Larissa, o que, cara? Sou eu aqui — ela se mexeu e depois tirou a coberta da cara, mó cara de cansada, seloco — qual foi? Toda debaixo da coberta num calor desse carai?

— Tá fazendo o que aqui? — ela sentou na cama e eu tirei meu tênis com o pé, sentei do lado dela procurando o controle da TV — Naty?

— Vim aqui falar com tu, pode não — ela bufou e deitou de novo na cama se cobrindo toda — aí, qual foi, fia? Tá doente? Tira essa porra do corpo, tá calor.

— Aí, Naty, me deixa — puxei a coberta dela e ela puxou de novo; pra provocar, eu fui lá e tirei de cima dela de novo — chata pra caralho — falou baixo.

— Tu disse o que? — segurei o maxilar dela e fiz ela me olhar; fiz minha cara de boladona e mina riu — Te deixo pianinha já em.

— Para de ser bruta! Quase que quebrou meu pescoço — falei quando eu soltei ela — não foi pro baile hoje?

— Claro que fui, pô! Tava curtindo lá até agora, mas aí vi tuas amigas curtindo e não te vi. Tá doente mesmo? — perguntei enquanto estava passando os canais na TV.

— Não, só não quis ir. Tirei uma folga essa semana, sabe? — concordei — mas eu tô melhor.

— Melhor do que? — ela nem respondeu, só balançou o ombro. Senti meu celular vibrando e peguei do bolso; era o Pipoca.

— Fala comigo, cadê tu? Sumiu do baile, porra? — escutei o som de tiro e ele gritou com um maluco lá — tá onde?

— Fui pra casa, irmão! Tava sem pique, saco? — ele riu — é, porra, tu tá ligado que eu sou preguiçosa e vim dormir, na fé? Curtir aí e me deixa já, é?

— Tu quer mentir pra mim, peixe? Que te conheço há tempo porra! Tá com mulher, que eu sei, vagabunda.

— Tô mesmo, mermão! Faz o seguinte, vai atrás de um também e me deixa já, é? — ele riu e me xingou — já, tô desligando, pô.

Desliguei o celular e joguei na cama.

— E aí, pô, nós vamos fazer o que? — ela me olhou e deu de ombro.

— Se tu veio aqui pra programa, pode indo embora, não tô trabalhando hoje — disse toda bolada e eu só fiquei olhando.

— Tá falando assim porque, porra? Não vim atrás de transa contigo, não, caralho! Perguntei pra saber mesmo, pô. Quer comer algum bagulho? Assistir algumas paradas? Essa foi a intenção, caralho! — ela ficou quieta. A garota tá toda na defensiva, pô, toma no cu

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