• 𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 43 •

22.1K 1.6K 482
                                    

Abri a porta do carro e saí arrumando minha saia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abri a porta do carro e saí arrumando minha saia. Esperei a Rebeca enquanto olhava lá para dentro; o som estava altão, dava pra escutar uns gritos e voz de mulher. A Rebeca grudou no meu braço e começou a me puxar para dentro da casa dela. A gente entrou e já deu de cara com uma putaria rolando no sofá. Ela me puxou para fora rapidinho, fomos até a área da piscina e ali vimos o fervo que estava.

Várias meninas de biquíni, homem só de bermuda, uns de cueca, latinhas de cerveja e garrafas de uísque, vodka, cinquenta e um espalhadas por vários lugares, droga pra caramba, arma pra caramba, estava brabo o negócio.

Escutei uma gritaria do outro lado da piscina e olhei. Era a Naty, só de bermuda e um top, virando um copo enorme de alguma coisa. Depois que ela tomou tudo, ela jogou o copo no chão e fez uma careta; os meninos em volta gritaram animados.

— Amo essa vibe, ninguém me segura! — escutei Rebeca falando e concordei. — Bora nós também? Vou pegar um copo pra gente.

— Pera, eu que vou junto! — corri até ela e segurei-a pelo braço. A gente foi até um cooler que tinha ali e pegamos um copo que estava em cima da mesa. Ela colocou gelo e gin, misturou, e me deu. Bebi um gole pequeno; não posso com esse negócio.

— Vamos dançar ou quer ir lá e falar com ela agora? — dei de ombros. — Pera aí um pouco. — Ela pegou o celular dela e começou a digitar alguma coisa; eu só ficava balançando o corpo e bebendo do copo. — Ela tá vindo aqui, avisei pra ela.

— Ela não falou nada? — Ela negou com a cabeça e deu um gole no copo. Poucos minutos depois, a Naty brota do meu lado, me olhando de cima a baixo.

— Bianca! — mexi a cabeça. Ela cruzou os braços e passou a língua na bochecha. — Sumiu, pô, vaza da favela e nunca mais apareceu! Aí, nunca mais falou com ninguém. — Olhei pra ela com uma sobrancelha erguida.

— Igual a você, né Naty? Não tinha meu número? — Ela balançou a cabeça desviando o olhar. — Não podia correr atrás de saber meu endereço; eu, hein?

— Tô sobrando na DR. Beijos — ela passou por nós duas e eu ia atrás, mas a Naty me segurou pelo braço, começou a me puxar pra cozinha dela, me colocou no balcão e olhou pra trás de mim. Eu só escutei os gemidos daqueles dois transando lá até agora.

— Achei que você estava bolada, pô. Nós nem conversamos depois daquele dia. Você só foi embora, porra! Até sei onde você tá morando; só não fui por isso mesmo, caralho! — ela passou a mão na nuca, toda sem graça.

— Tá, eu fui orgulhosa também. — Ela me olhou. — Duas idiotas, né? Ficamos um mês sem nos ver por nada. — Ela concordou, dei dois passos parando na frente dela e passei meu braço pelo pescoço dela. O outro eu fiquei passando a mão no rosto dela. — Você tá tão linda.

— Você que tá, porra! Gata pra caramba. — Senti a mão dela na minha cintura deslizando pra minha bunda. — Essa tatuagem aí te deixou gostosa pra caramba.

— Gostou? — Ela concordou. — Depois quer ver onde termina?

— Quero, pô! — Ela me puxou com força pra mais perto dela e me beijou. Soltei uma risadinha entre o beijo e senti a mão dela apertando minha bunda. Que saudade dessa boca, dessa pegada desgraçada que me deixa fraca.

— Parabéns, viu? — dei um selinho nela e ela concordou, me beijou de novo. O gemido do casal ficou mais alto e ela parou o beijo.

— Neguin, filho da puta, tu suja meu sofá de porra pra tu ver! — ela gritou por dois. — Liberei um quarto lá em cima, caralho, vão lá!

— Caralho, patroa! Tu só me fode; se não é no trampo, é quando eu tô de folga, porra! — ela riu e me olhou de novo. Acho que os dois subiram lá pra cima; ele saiu xingando tudo.

— Bora curtir comigo, só tava faltando tu mesmo. — Ela passou um braço pela minha cintura e nós fomos pra área da piscina.

— Com esse tanto de mulher gostosa aqui, você sentiu minha falta? — Ela balançou a cabeça de um lado pro outro, parou e me puxou pra perto dela.

— Senti mesmo, pô! Tava nem ligando pra elas, fui até beber com aquele monte de homem, porra! — ri. — Some mais não em, porra! Tu faz falta, pô! Nem é pela nossa transa bolada, não; é pelo papo da hora, aquela mania chatinha de ficar me olhando! — Ela disse pertinho do meu ouvido. — Papo reto mesmo, porra.

— Também senti saudade de você! - abracei o pescoço dela e coloquei minha cara lá. — De tudo, você foi a melhor coisa que me aconteceu. — Ela passou o nariz pelo meu pescoço; eu amava isso. — Tô sendo muito emocionada?

— Não, pô! Eu tô igualzinha, mesmo. Mas depois a gente conversa sobre isso, porra! Quero só lazer hoje; amanhã a gente resolve isso, já é? — concordei. Ela deixou um beijo no meu pescoço e me puxou pra dançar.

Pique Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora