• 𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 44 •

23K 1.6K 427
                                    

Porra, já passava das 5h00, minha cabeça tá estourando e eu parei de beber agora há pouco

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Porra, já passava das 5h00, minha cabeça tá estourando e eu parei de beber agora há pouco. A Bianca tá tacando água em mim sem parar, tô fudida. O povo ainda tá aqui em casa, vou expulsar esses filhos da puta já já.

Aproveitei pra caralho meus vinte e seis anos, bebi demais e ainda fui umas duas vezes pro quarto com a Bianca. Essa menina me deixa maluca, eu fico com um tesão absurdo por ela; a vontade de beijar é no mesmo nível. Papo reto? Tô nem me reconhecendo mais, pô.

Ela ainda fica me provocando, dançando daquele jeito na minha frente, rebolando em mim. Diaba tá conseguindo o que ela quer, tá me ganhando facinho.

Nesse mês, eu voltei a ser a mesma Naty de antes. Transei com todas que vieram de papo gostoso comigo, nenhuma me deixou do jeito que a Bianca deixa. Isso que era o foda, saco?

Tô toda viada, porra, toda hora pensando nela. Senti mó falta quando ela foi embora, fiquei bolada porque ela nem pra dizer que tava indo, só pegou as coisas dela e saiu da favela, filha da puta. Fiquei no ódio por ela; mas aí essa mulher vai e me aparece aqui desse jeito, toda linda, gostosa pra caralho, e eu fico como?

Perdi toda a minha postura de bandida.

Agora ela tá lá, perto da piscina, com um copo na mão, rebolando e me olhando toda hora. Eu tô encostada na parede, de braço cruzado, só pensando nessas paradas e tirando o olho dela.

— Tá parecendo apaixonada, desse jeito — chegou do meu lado do nada, mas eu nem por um caralho parei de olhar pra Bianca.

— Tô mesmo, porra, tu acredita? — escutei a risada dela e bufei — tu já me viu desse jeito, Rebeca? Eu não lembro de ter ficado assim, não.

— Não, vida, tu nunca ficou assim, mas eu já sabia, avisei e tu nem me deu ouvido, né? — olhei pra ela e ela riu da minha cara.

— Cala a boca, Rebeca! Vai ficar jogando isso na minha cara até quando, porra? — ela gargalhou jogando a cabeça pra trás e abraçou minha cintura — eu não vou meter ela na minha vida, não, Rebeca.

— É sério que você vai meter uma dessa? — concordei — não é você que escolhe, Naty.

— Tu acha certo eu tirar ela do bom que ela tá agora? Tá conseguindo as coisas dela com o trabalho e tudo, trazer ela pra morar aqui comigo? Se pá, qualquer dia eu fico privada, aí pego aquele tanto de anos igual meu pai, tá? Ou coisa pior? — ela bufou — posso, não, Rebeca.

— Eu já disse que não é você que tem que decidir, conversa com ela quando tiver. A Bia já é maior de ideia, independente, sabe muito bem o que quer. Ela conheceu você assim; se entrar nessa, vai ser porque ela quer.

— É foda, porra — passei a mão no cabelo, vi a Bia vindo pra perto; ela tava comendo algum doce com morango que eu não sei da onde ela tirou isso..

— Cês tão falando de mim? — a Rebeca deu risada, tirou o braço da minha cintura, me deu um selinho e depois um selinho na Bia; saiu rebolando e foi até um cara que ela tava pegando a festa toda.

Puxei a Bia pra ficar no meio das minhas pernas e ela colocou um morango na boca; eu vi que era com leite condensado.

— Vou falar pro MK mandar geral embora. Vamos subir comigo? — ela concordou, estendeu a colher pra minha boca e eu comi; puxei ela pra entrar em casa e, no caminho pro meu quarto, eu mandei mensagem pro MK.

Abri a porta do quarto que eu tinha trancado e nós entramos, me joguei na cama como uma bosta, senti ela sentando em cima da minha bunda e deitando a cabeça nas minhas coisas.

— Vai dormir assim não, né? — ela resmungou que sim, beijo minha nuca e deitou de novo; uns dez minutos depois, pararam o som lá embaixo, a casa ficou toda em silêncio, a outra já estava dormindo em cima de mim, eu logo dormi também.

[...]

Acordei toda dolorida, a Bianca não estava em cima de mim, mas estava quase, a perna em cima da minha bunda e o braço no meu pescoço. Me levantei e olhei pra ela dormindo, a saia estava toda pra cima, deixando aquele bundão aparecendo.

Tomei um banho, coloquei uma roupa e desci pra sala. Fiquei no ódio de ver como estava a porra dessa casa, não tinha nada pra comer. Liguei pro segurança que ficava aqui na frente e mandei ele ir comprar qualquer coisa pra comer. Sentei no balcão da ilha e fiquei mexendo no celular.

O menor chegou comigo e deu um dinheiro pra ele; coloquei tudo em cima da mesa e ele ficou ali trocando papo comigo, disse como estava a boca.

— Bom dia — vi que o menor olhou muito pra ela e virei pra olhar também; a Bia estava só com uma camiseta minha do Flamengo, baita que nem na metade das coxas dela  nossa, eu tô morrendo de fome.

— Ou! Parou de falar porque? — ele me olhou e continuou falando; a outra se enfiou no meio das minhas pernas e comeu tudo que tinha no balcão — eu já colo na boca, pô, avisa que eu não quero ninguém morto lá não. Ficaram até cinco da manhã porque quis. Vai lá — ele fez um toque comigo e saiu da minha casa.

— Eu preciso ir pra casa também — falei de boca cheia e eu só fiquei olhando.

— Tu brinca demais, Bianca, olha o jeito que tu apareceu, porra — falei de boa e ela olhou pro corpo dela.

— Pra mim só tinha nós duas aqui, caralho — neguei e tomei um gole de suco; ela ficou empurrando coisas pra eu comer mesmo eu negando, chata pra caralho.

Pique Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora