Capítulo 58

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Lara

Acordo de manhã sentido o peso dos  braços do Matheus na minha cintura.
Cenas da noite de ontem passaram na minha cabeça, o que eu me fez dá um sorriso bobo.

Tomei um banho e vesti um roupa. Olhei para a cama e Matheus continuava dormindo tranquilamente.
Desci para a cozinha e revirei todos os armários e a geladeira, mas não achei nada para comer. Esse povo viver de que? Ar?

Resolvi ir no mercado que tinha na rua de trás.  Como era perto decidi ir de a pé mesmo.
Como sou azarada e meu tempo de glória dura sempre pouco, notei que a puta da Carla vinha na minha direção e como estávamos em um beco não tive saída. Não tinha ninguém além de nós duas.

Carla: Sabe colega? - começou a rapariga sorrindo feita uma palhaça.

Lara: Não, não sei e nem quero saber, me deixa em paz porra. - continuei a anda.

Carla: Só ia agradece por ter terminado com o Matheus. - parei de anda na hora e voltei a encara-la. - É obrigada, ficamos como antigamente sabe? Ainda sinto as mãos dele no meu corpo, o perfume dele está ainda em mim.

Ah otaria, eu que sinto.

Lara: Aconselho a toma um banho. - sorri para ela debochada. - Larga de se mentirosa caralho.

Carla: Eu soube que vocês terminaram aquele dia no bar, então eu fui atrás dele naquele dia, inclusive estou vindo da casa dele agora. - sorri mascando seu chiclete nojento.

Lara: A casa dele e pra lá. - apontei. - De onde estou vindo. Aliás não te devo explicações.

Ainda não entendo o que passava na cabeça no Matheus para ficar com essa demonia. Deveria está chapado.

Carla: Andei espalhando, e a favela está pensando que sou a primeira dama.

Eu não ligo para esse título idiota, mais está se passada de otaria e demais para mim.

Lara: Se você estiver passando porra de idéia errada minha ou do Matheus eu te mato filha da puta. - apontei o dedo na cara dela. - Você sabe muito bem que ele não ficou com você depois de começamos a namora e se eu ouvi ao contrário você vai se ver comigo.

Carla: Você vai fazer o que hein? - sorriu debochada mais uma vez, e minha vontade era de arrancar seus dentes um por um. - Chama o Matheus?

Lara: Não deve notícias minhas? - a olhei sorrindo. - Pensei que você ficou sabendo do novo corte que mandei dá, na cabelo de salsicha.

Carla: Ela não é desse morro, por isso você fez aquilo. Matheus não ia deixa você fazer nada comigo, sou da comunidade.

Lara: Sério que você pensa isso? Ingênua pra carai hein. - segurei no seus cabelos e vi ela treme- Nesse morro eu tenho total poder de fazer o que eu bem entender. Inclusive te mata e coloca sua cabeça na praça.

Carla: Você é louca. - se afastou de mim e dei um passo para trás.

Lara: Você só percebeu isso agora? - me aproximei e ela deu um passo para trás novamente.

Xxx: Tudo certo por aqui patroa? - disse um menino que apareceu um tempo depois.

Lara: Não, você tem uma tesoura, faca ou uma arma por aí? - perguntei e Carla arregalou os olhos e colocou a mão no cabelo.

Xxx: Tenho uma arma.

Lara: Ótimo me passar. - ele me deu a arma.

Carla: Não, por favor. - suplicou. Notei que vinha alguém atrás de mim, olhei para trás e era o Matheus. Certamente o menino aviso para ele.

Mat: Tudo bem amor? - Matheus me perguntou.

Lara: Não, tô cansada dessa filha da puta falando bobagem e me parando aonde quer que eu vá. E ainda por cima inventando mentiras sobre vocês.

Mat: Vai em frente. - me incentivou.

Carla: O que? Como assim, você vai deixa ela me mata? - se desesperou.

Mat: Minha mulher faz o que ela quiser nesse morro.

Carla: Por favor, nunca mais eu mexo com você, nunca mais pode confiar. - chorou. - Eu só estava magoada porque o Matheus não me procura mais. - me olhou. - Mas eu não vou fazer mais nada, juro. - ela meio que correu.

Lara: Volta aqui porra. - poderia ter dado um tiro no meio da suas costas, mas no final eu não iria mata-la só queria que ela sentisse medo e parasse de se humilha por homem comprometido.

E feio para mim ela fica me parando, e feio para ela ficar se humilhando e é vergonha alheia para todas as mulheres. E feio pra caralho.

Lara: Valeu pela arma. - estendi a arma pro menino sorrindo, ele retribui o sorriso e saiu andando.

Mat: - Perdeu a paciência Larinha. - sorriu passando os braços no meu ombro.

Lara: Faz tempo. - suspirei. - Acordo morta de fome, indo de boas compra meu pão e essa porra vem me enche o saco.

Mat: Vamos lá então compra seu pão minha perigosa. - sorriu e me deu um selinho.

Lara: Não começa não, já basta o Alex. - sorri. - Ah, aproveita e faz uma compra, aquela casa só tem água.

Mat: Claro, furação dois mil voltou. - zombou.

Lara: Para amor, nem como tanto assim. - fiz bico e Matheus mordeu. - Estamos no meio da rua.

Mat: Não ligo. - disse e mordeu minha bochecha antes de entrar no mercado.

Alex: Olha o casal. - gritou Alex no mercado com a Gio empurrando um carrinho de compra.

Lara: Era só o que me faltava.

Mat: Você não imagina o que a Lara acabou de fazer. - Matheus disse a Alex que me olhou curioso.

Calar a boca Matheus.

Alex: O que?  - olhou para a cara do Matheus que estava sorrindo divertindo.

Mat: A princesa saiu de casa sozinha e encontrou a Carla na rua, aí já viu né? Apontou uma arma e tudo, que orgulho amor. - apertou minhas bochechas.

Alex: Caralho perigosa. - fico boquiaberto. - Você é perigosa mesmo hein. - gargalhou.

Gio: Você fez isso? - me perguntou plepleta.

Lara: Fiz, mas não ia atira, foi só pra assusta. E para da ficar rindo Alex, seu chato. - fiquei emburrada de brincadeira.

Alex: Não, desculpa. Não precisa atira em mim. - segurou a risada mais rapidamente voltou a gargalha.

Eu mereço. No final acabei rindo também.

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