15. AS FAR AS I COULD GET

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Gotas de orvalho escorrem pelas folhas verdes dos pinheiros, e caem na grama fria do chão, fazendo o cheiro de terra molhada entrar em meus pulmões.

O sol brilha no céu azul, mesmo com as gotas de chuva paradas nas pétalas das flores, recebendo os primeiros raios de sol depois da tempestade. Eu respiro fundo, e sinto como se a minha alma estivesse em paz.

Caminho sobre as plantas, fechando meus olhos pra esconder do sol ardente, e quase não percebo quando piso em uma flor.

São girassóis, colorindo todo o vasto campo de amarelo, contrastando com o azul imenso do céu e o verde dos pinheiros.

Eu acabo sorrindo, percebendo que me sinto feliz.

O som da felicidade vem logo depois, e não é o canto dos pássaros ou a água do riacho correndo entre as pedras, e sim a risada de uma criança.

Quando olho pra trás, não consigo evitar sorrir quando vejo o garoto rindo e correndo por entre as árvores, com meu melhor amigo logo atrás o atacando com cócegas assim que o alcançou.

Eu respiro aliviado, e uma sensação de paz e felicidade me domina, como se tivesse cumprido minha missão.

— Ele cresceu, né? – ouvi a voz de Jisung.

— O que? – me virei para olha-lo.

Ele estava sentado em um banco de madeira, com o sol iluminando seu rosto e seus fios loiros enquanto ele comia uma maçã.

— Dongyul – respondeu – Ele cresceu, o tempo passa rápido.

Caminhei até ele e me sentei ao seu lado, deixando que deitasse em meu ombro, e senti o cheiro de shampoo do seu cabelo quando dei um beijo no topo de sua cabeça.

— É verdade – respirei fundo e sorri ao ver a silhueta pequena de Dongyul correndo quando Bang Chan e Jeongin o encurralaram.

Senti os braços de Jisung me abraçarem mais forte, e fechei os olhos quando senti eles arderem com os raios de sol. A brisa fresca fazia com que os fios de cabelo dele voassem e fizessem cócegas no meu rosto, então eu deitei minha bochecha sobre ele, sentindo seu cheiro e entrelaçando nossos dedos.

— Você está feliz? – perguntou de repente.

Não havia dúvidas quanto aquela pergunta, pois cada vez que eu respirava meu coração se sentia em paz, e batia forte com a felicidade de tê-lo em meus braços enquanto escutavamos as risadas de Dongyul.

— É claro que estou – suspirei – Eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida.

Escutei Dongyul gritar enquanto ria, e abri meus olhos pra vê–lo correndo em nossa direção, enquanto Chan e Jeongin se beijavam atrás de uma árvore.

— Hyung... – ele resmungou com uma cara de choro – Chan hyung continua imitando um dinossauro, eu não gosto quando ele faz isso.

— Bang Chan, eu já falei pra parar– Jisung grunhiu, o olhou com raiva e quando Chan riu ele acabou revirando os olhos e rindo também.

— Dongyul, dinossauros não existem, ok? – falei arrumando seu cabelo e tirando algumas folhas que grudaram quando ele rolou na grama.

— Eles já morreram a milhares de anos, não vão machucar você – Jisung completou e lhe deu um beijo na bochecha.

— E se eles voltarem?– fez cara de choro.

— O hyung te protege deles – respondi.

— E eu te encho de beijinhos até você esquecer que está com medo – Jisung agarrou o garoto e começou a fazer cócegas e beija-lo, causando a mesma risada gostosa de antes.

- 𝙇𝙊𝙑𝙀'𝙎 𝘼𝘿𝘿𝙄𝘾𝙏; (𝑚𝑖𝑛𝑠𝑢𝑛𝑔)Onde histórias criam vida. Descubra agora