Gotas de orvalho escorrem pelas folhas verdes dos pinheiros, e caem na grama fria do chão, fazendo o cheiro de terra molhada entrar em meus pulmões.
O sol brilha no céu azul, mesmo com as gotas de chuva paradas nas pétalas das flores, recebendo os primeiros raios de sol depois da tempestade. Eu respiro fundo, e sinto como se a minha alma estivesse em paz.
Caminho sobre as plantas, fechando meus olhos pra esconder do sol ardente, e quase não percebo quando piso em uma flor.
São girassóis, colorindo todo o vasto campo de amarelo, contrastando com o azul imenso do céu e o verde dos pinheiros.
Eu acabo sorrindo, percebendo que me sinto feliz.
O som da felicidade vem logo depois, e não é o canto dos pássaros ou a água do riacho correndo entre as pedras, e sim a risada de uma criança.
Quando olho pra trás, não consigo evitar sorrir quando vejo o garoto rindo e correndo por entre as árvores, com meu melhor amigo logo atrás o atacando com cócegas assim que o alcançou.
Eu respiro aliviado, e uma sensação de paz e felicidade me domina, como se tivesse cumprido minha missão.
— Ele cresceu, né? – ouvi a voz de Jisung.
— O que? – me virei para olha-lo.
Ele estava sentado em um banco de madeira, com o sol iluminando seu rosto e seus fios loiros enquanto ele comia uma maçã.
— Dongyul – respondeu – Ele cresceu, o tempo passa rápido.
Caminhei até ele e me sentei ao seu lado, deixando que deitasse em meu ombro, e senti o cheiro de shampoo do seu cabelo quando dei um beijo no topo de sua cabeça.
— É verdade – respirei fundo e sorri ao ver a silhueta pequena de Dongyul correndo quando Bang Chan e Jeongin o encurralaram.
Senti os braços de Jisung me abraçarem mais forte, e fechei os olhos quando senti eles arderem com os raios de sol. A brisa fresca fazia com que os fios de cabelo dele voassem e fizessem cócegas no meu rosto, então eu deitei minha bochecha sobre ele, sentindo seu cheiro e entrelaçando nossos dedos.
— Você está feliz? – perguntou de repente.
Não havia dúvidas quanto aquela pergunta, pois cada vez que eu respirava meu coração se sentia em paz, e batia forte com a felicidade de tê-lo em meus braços enquanto escutavamos as risadas de Dongyul.
— É claro que estou – suspirei – Eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida.
Escutei Dongyul gritar enquanto ria, e abri meus olhos pra vê–lo correndo em nossa direção, enquanto Chan e Jeongin se beijavam atrás de uma árvore.
— Hyung... – ele resmungou com uma cara de choro – Chan hyung continua imitando um dinossauro, eu não gosto quando ele faz isso.
— Bang Chan, eu já falei pra parar– Jisung grunhiu, o olhou com raiva e quando Chan riu ele acabou revirando os olhos e rindo também.
— Dongyul, dinossauros não existem, ok? – falei arrumando seu cabelo e tirando algumas folhas que grudaram quando ele rolou na grama.
— Eles já morreram a milhares de anos, não vão machucar você – Jisung completou e lhe deu um beijo na bochecha.
— E se eles voltarem?– fez cara de choro.
— O hyung te protege deles – respondi.
— E eu te encho de beijinhos até você esquecer que está com medo – Jisung agarrou o garoto e começou a fazer cócegas e beija-lo, causando a mesma risada gostosa de antes.
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- 𝙇𝙊𝙑𝙀'𝙎 𝘼𝘿𝘿𝙄𝘾𝙏; (𝑚𝑖𝑛𝑠𝑢𝑛𝑔)
FanfictionLee Minho tinha certeza sobre três coisas: 1: era um fracassado; 2: teria uma overdose antes dos vinte e seis; 3: nunca seria feliz. Minho pensava que o maior problema da sua vida era ser um viciado, mas em uma noite de sexta-fera, sua opinião mudou...