Capitulo 17

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Estou dedicando esse capitulo para a @Jooysantos, já que eu sei que ela ama o Guilherme, rs. Obrigada por todos os comentários e votos, fico sempre muito feliz em ver e espero que minha história continue te agradando até o final! 

A semana passa devagar. Não saí de casa um único dia, nem mesmo para correr. Tudo graça ao Just Dance que a Vanessa comprou. Como a gente dançava várias músicas por dia, não vi necessidade em sair para correr. Principalmente nesse sol quente e esse calor de matar. Tinha a impressão que se saísse de casa ia acabar igual um frango frito.  Tudo bem que esse não é o grande motivo para eu não querer sair de casa.

Desde domingo que estou evitando ao máximo o Brian e, bom, como nós temos essa coisa que sempre faz com que nos encontremos no elevador (tipo destino ou carma), estou evitando o máximo que posso para não ter que encontrar com ele. E nem responder as suas mensagens. Até uma mensagem falsa eu coloquei no meu facebook para ele ver.

Vou me afastar da tecnologia por um tempo. Adeus facebook, whattsap e até sms!

Essa era a maior mentira, mas acho que colou já que ele não me mandou nenhuma mensagem depois disso. O Brian me confunde muito. Ele tem essa mania de me pegar desprevenida, e esse seu jeito de não estou nem aí me atrai de uma forma muito idiota. É como se eu perdesse toda a capacidade de tomar decisões racionais a cada vez que ele chegasse perto, ou sorrisse, ou me analisasse.

Para a minha sorte no domingo assim que nos afastamos do beijo, meu pai chegou em casa com a Vanessa. E foi pro muito pouco. Minha sorte é que meu pai odeia conflitos. Sei que ele percebeu o clima estranho, já que eu estava gaguejando e praticamente empurrei o Brian para fora de casa. Meu rosto também deveria estar revelando toda a minha vergonha e medo de ser pega no flagra.

Meu pai é bom observador. E analisa o comportamento de uma pessoa como ninguém. Sabe quando escondem algo, quando mentem, fingem. Ele tem milhares de livros sobre linguagem corporal. E eu também já li alguns, mas só consigo me lembrar de duas ou três coisas. Muito complexo para mim. Mas ótimo para um advogado.

Mais trade, naquele mesmo dia, vi ele conversando com a Vanessa na cozinha. Não era como se eu estivesse escutando atrás da porta, a intenção não era essa. Mas não dizem que a oportunidade é que faz o ladrão? O mesmo é com uma pessoa curiosa.

- A Rebeca está namorando com aquele garoto?

- Acho que não. – É a voz da Vanessa e pelos barulhos tudo indica que ela está lavando os pratos. Posso imaginar a cena. Ela lavando os pratos, meu pai no canto da pia com um palito entre os dentes. Que nem aquelas pessoas que vivem no interior, naquelas cidades minúsculas. – Por que você acha isso?

- A cara dela. A forma como ela ficou agitada, os olhares nervosos, as mãos passando por aqueles papéis.

Voltei ara o meu quarto mesmo sem o sorvete. Meu pai gostava do Brian, mas pelo seu tom de voz acho que ele não ia gostar da ideia de tê-lo como genro. Quer dizer, é bem capaz de meu pai não gostar da ideia de ter ninguém como genro.

Passou uma semana e meu pai não falou nada comigo. Como eu previ, na verdade. Meu pai jamais falaria uma coisa dessas comigo. Acho que ele ainda prefere acreditar que eu só tenho dez anos e tudo que eu me importo é com meus brinquedos e a que horas meu desenho preferido ia passar. E não com garotos e sentimentos amorosos.

Por isso evitei contar para ele sobre o convite que o Guilherme me fez. Fazia alguns dias que ele havia me mandado a mensagem me convidando para ir a um luau que ele e os primos estavam indo. Ia começar lá pelas 19 horas. Passei dois dias elaborando uma desculpa, e que deus abençoe Penélope, já que ela sugeriu que eu dissesse para meu pai que iria dormir na casa dela.

Just a Year - (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora