Capitulo 19

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Esse capitulo vai ser dedicado a uma leitora muito querida! @ariellycristiina não tenho palavras para agradecer seu carinho comigo desde sempre. Obrigada por todos os votos e comentários e por estar me apoiando bem antes desse livro existir!

Droga! Droga! Mil vezes droga! Dou um pulo da cama e solto um gemido. Pego relutante o celular e meu dedo coça para apertar mais cinco minutos, mas consigo ser forte e não volto me arrastando para debaixo dos cobertores quentinhos. Posso sentir o chão gelado embaixo dos meus pés e vejo que uma chuva forte bate na minha janela. Finalmente, penso.

Incrivelmente hoje eu consegui demorar mais do que o normal me arrumando. Não sei direito o que me deu, mas queria fazer algo diferente e não ir com minha cara lavada de sempre. Fiz uma maquiagem simples apenas para não ficar igual uma panda, já que desde quinta que não consigo dormir direito. Na sexta passei a noite acordada e no sábado dona Barbara não me deixou dormir e ficava pedindo para eu repetir várias vezes todos os mínimos detalhes do luau. Não posso evitar sorri ao lembrar do luau. 

- Que demroa em Rebeca! – Meu pai diz enquanto olha impaciente para o relógio no seu braço. Sempre que está chovendo forte meu pai me leva para a escola, mesmo que ele tenha que fazer o dobro do caminho. – Pega qualquer coisa e come no carro se não vou chegar ainda mais atrasado. 

Apesar do meu pequeno atraso ele não está de mau humor. Mas também não está pulando de felicidade por aí. Resolvo pegar uma maça e ir comendo por mais que a Vanessa insista que eu sente e coma direito. 

- Ah, Rebeca! – Ela diz enquanto estou saindo. – Hoje eu vou fazer um ensaio fotográfico e gostaria muito que você fosse comigo. 

- Tudo bem! – Respondo enquanto corro até meu pai, que já está dentro do elevador. Não! Não! O que ela acabou de dizer? Ah droga! Ela fez isso de proposito! Sabia que se me perguntasse enquanto eu estivesse com pressa eu iria concordar de imediato. Ah Vanessa, você me paga! 

Nós passamos o caminho inteiro calados. O que não é uma situação desconfortável, levando em consideração que estou muito ocupada comendo minha maça e mexendo no celular. Uma música do Roberto Carlos fica tocando repetidas vezes no carro e eu tento não fazer menção de vomitar. 

- Quando eu voltar vai estra um transito infernal! – Meu pai diz enquanto estamos quase perto da escola, apenas aceno de leve com a cabeça. Se eu falar qualquer coisa sei que ouvirei uma série de reclamações por ter me atrasado. 

Por mais que eu esteja bem adiantada. Sempre que chove meu pai me leva para a escola e isso quer dizer que eu tenho que ir para a escola meia hora antes para que ele possa chegar em um horário razoável no trabalho. Ou seja, passo meia hora sozinha dentro da escola, já que o porteiro abre a escola exatamente meia hora antes das 7 horas. 

- Vê se larga esse celular e aprende alguma coisa. – Meu pai diz e, por mais que suas palavras sejam rudes, ele fala com um sorriso no rosto. Retribuo o sorriso e coloco o celular dentro da mochila enquanto termino minha maça. 

- Bom Dia Eliseu! – Digo enquanto passo pelo porteiro. 

- Bom dia menina, chuva boa essa, né? – Ele diz enquanto vê a água caindo. Porque porteiros adoram falar sobre o tempo? Sorrio e dou um leve aceno com a cabeça enquanto ando até o pátio. 

Jogo o que sobrou da maça no lixo e pego meu celular de volta. 

O que eu vou fazer aqui sem você? Isso é um saco! Já to vendo que esse dia vai ser uma merda! Af! 

Envio a mensagem para a Penélope e olho ao redor. Obviamente eu sou a única maluca que vem pra a escola meia hora antes do horário. Obrigada papai! Já vejo que o dia de hoje vai ser uma enorme tempestade. Principalmente levando em consideração que as únicas pessoas que eu falo na escola são o Brian e a Penélope. 

Just a Year - (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora