Just a Year - (COMPLETA)

Capitulo 18

Capitulo dedicado a @NicolePilotto, Nini, você sabe que se não fosse você esse livro não tinha passado do capitulo 16, não é? Obrigada ♥

Uma música se tornou duas, que se tornaram três, que se tornaram quatro e assim foi por mais de uma hora. Perdi a conta de quantas músicas ele cantou, e eu realmente não me importava com o fato de estar sentada sozinha, já que sua voz me fazia simplesmente viajar. Eu sentia como se meu coração estivesse crescendo dentro do peito com tanta coisa boa acontecendo, o som do mar, a calma, a fogueira, o cheio do mar, o violão e principalmente a voz do Guilherme.

- Ele é ótimo não é? – Uma voz me faz pular. Estava tão relaxa que nem tinha notado que essa menina loira se aproximava. Ela é bem bonita, tem cabelos grandes, até a cintura, loiros e tem olhos castanhos claros. Muito claros. – Meu nome é Nicole. – Que bosta! Até o sorriso dessa garota é impecável. Ela tem que ter uma risada esquisita ou comer igual um porco!

- Rebeca! – Ela se senta do meu lado e me forço a abrir um sorriso. Tudo bem, não tenho motivos para odiar ela. Mas é bem fácil odiar uma garota de corpo, cabelos, pele, olhos e sorriso perfeitos. E que ainda por cima esteja elogiando o carinha que você está a fim. Quer dizer, não que eu realmente esteja a fim do Guilherme. Ou... Ah! Tanto faz!

- Eu sou a namorada do Rodrigo. Primo do Gui. – Ela sorri e dessa vez consigo sorrir de volta, sem ter forçar nada. Talvez não seja tão difícil assim não odiar ela. – Você gosta dele!

Ela fala em um tom tão convicto que eu não faço nada a não ser arregalar os olhos por alguns segundos e começar umas três frases até finalmente conseguir falar algo coerente.

- Claro que não! Somos amigos. – Olho pro Guilherme e percebo que ele parou de cantar, está conversando com alguns amigos, mas volta e meia ele me lança um olhar, e sempre que nossos olhares se cruzem, ele sorri, e eu, inevitavelmente, sorrio junto. - Por que você acha isso?

- Por vários motivos. – Ela respira fundo como se tivesse impaciente, mas sua expressão mostra que ela está bem contente. – Você estava fuzilando com o olhar, e aposto que mentalmente também, as meninas que estavam dando mole pra ele. Você não conseguia parar de olhar para ele, o que pode ser compreensivo já que ele estava cantando e quase todo mundo estava olhando também, mas seu olhar era diferente. E você suspirava. E sorria. E suspirava. E ficava assim a cada música. E foram muitas músicas. E você também...

- Tá bom, chega. – Eu corto ela no meio da frase e até tenho medo de ter soado mal educada, mas ela está sorrindo, o que é um bom sinal, já que mostra que ela está sorrindo triunfante. Pena que está muito engada, querida. – Eu não gosto dele. Seria loucura dizer que gosto de um garoto que mal conheço.

- Não estou falando de amor eterno, príncipe em cavalo branco e felizes para sempre. – Ela diz com calma, como se tivesse me ensinando algo importante. – Estou falando que talvez ele te faça bem, já que você fica com essa expressão leve e esse sorriso. Estou falando de uma atração, de um sentimento que talvez ainda não tenha definição. Que pode se tornar em algo maior. – Ela sorri e me deixa um pouco sem palavras, e só aceno com a cabeça. – Ele é um cara muito legal e você teria muita sorte de ter ele em sua vida.

Ela se levanta e sai andando, no mesmo instante em que o Guilherme volta. Ele está trazendo uma garrafa de água que parece gelada.

- Trouxe pra você, tá muito quente hoje. – Ele se senta ao meu lado e nossos braços estão quase se tocando. Pego a garrafa e noto que ela está lacrada. Pode ser paranoia, mas eu realmente não bebo nada que venha das mãos de outra pessoa (que eu não conheça tanto, só pra deixar claro) e não esteja lacrado. – Pelo visto conheceu a Nicole...