ATENÇÃO! Esse capitulo é narrado pelo queridinho de vocês: o Brian! Decidi fazer isso como uma comemoração para as 6 mil leituras e espero que vocês gostem bastante, pois eu adorei mostrar um pedaço dessa história pelo ponto de vista de outro personagem, principalmente do Brian.
Eu ainda não consigo entender direito como tudo aconteceu. Em um minuto estava com toda a raiva do mundo. E no seguinte estava namorando. Sempre soube que a Cecilia gostava de mim de uma forma a mais. Mais do que todas as vezes que saiamos e ficávamos. Mais do que as indiretas e brincadeiras. A forma como ela me olhava, mexia no cabelo, como seu sorriso se abria subitamente. Era bem diferente da forma como eu reagia ao vê-la. Era bem diferente da forma como eu reagia ao ver a Rebeca.
A Rebeca despertou em mim um lado desconhecido. Um lado que me despertou interesse e fez meu coração acelerar. Um lado que, talvez, seja um pouco vergonhoso demais para assumir. Mas se até o George Clooney, o solteirão convicto de hollywood se casou, por que eu não posso me apaixonar também?
Ao ver a Cecilia plantada na sala da Rebeca, previ a terceira guerra mundial. Já provei do humor acido da Cecilia várias vezes e da Rebeca também. É como nas aulas de química. Onde os professores te ensinam quais elementos nunca devem ser colocados no mesmo recipiente ou podem formar uma enorme explosão.
Eu estava no fogo cruzado. E estava me divertindo horrores.
Entre farpas e indiretas, todos se salvaram. Menos eu.
- O que você estava fazendo no quarto dela? – A Cecília me pergunta assim que as portas do elevador se fecham com um clique.
Uma das razões por eu ter começado a namorar a Cecilia foi porque tudo com ela era fácil. Não tinha brigas nem crises de ciúmes e isso era ótimo. Ela me deixava na minha zona de conforto e nunca me tirava de lá. Tudo estava bom e tudo era bom. Para ela não tinha tempo ruim.
Mas eu conhecia a Cecilia há anos e sabia do seu temperamento, principalmente quando eu não estava por perto. E inúmeras vezes já tinha visto seus olhos enciumados. Já tinha ouvido algumas de suas conversas ameaçadoras. E não era como se, perto de mim, ela se fingisse de santa. Ela apenas não era uma víbora. Era divertida e sempre me fez rir. E isso era o que eu buscava: alguém que me fizesse relaxar, sem brigas, discussões, sem ciúmes, sem preocupações. Eu, em minha zona de conforto.
Muito diferente da Rebeca, que desde a primeira conversa, fez com que meus nervos fervessem. E mesmo quando ela não está fazendo isso diretamente, consegue arranjar um jeito de fazer indiretamente. Como agora.
- Eu já te disse Cecilia, estávamos conversando. Fui saber do trabalho. – Aperto o botão que vai para baixo e vejo que ela cruzou seus braços sobre o peito.
Ela solta um suspiro irritado, mas pelo menos não diz mais nada até que o elevador desça. Assim que as portas do elevador se abrem a vejo indo em direção aos portões do prédio, e não para a garagem.
- Cecilia! – Dou um grito e uma pequena corrida para conseguir fazê-la parar. – Onde você vai?
- Para casa. Perdi a vontade de ir pra praia. Vai chamar sua amiga múmia, ok? – Ela se solta do meu aperto e vai embora. Não corro atrás dela, apesar de vê-la olhar para trás algumas vezes até que o taxi chega. Então subo novamente para meu apartamento sem a menor vontade de ir para a praia.
Uma vez, pesquisando um trabalho de geografia sobre furacões, descobri que a maioria dos furacões mais famosos são batizados com nomes femininos. Em meio a essa pesquisa também descobri que, quando o furacão é com um nome feminino, a população tende a achar que não é grande coisa. O que é um terrível engano. Um grande exemplo é o famoso Katrina, que matou quase duas mil pessoas.
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Just a Year - (COMPLETA)
Teen FictionRebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse último ano com sua melhor amiga e se formar logo. Mas o que ela não espera é que seu pai, com quem mantem uma relação conturbada há anos, lhe o...