Capítulo 31

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Nathan
Puts! Ela tá brincando comigo!

Nos últimos dias, reparei que Lara estava bem nervosa, então pedi a Kate para conversar com ela, tentar distrai-la um pouco para não pensar muito na transformação.

Enquanto falava com a minha querida irmãzinha, recebia um olhar divertido e provocante. Com um quê de "eu já sabia que, hora ou outra, isso ia acontecer".

– Eu já sabia que, hora ou outra, isso ia acontecer! - Diz.

É... Acho que eu conheço ela bem demais.

– Isso o que? - Pergunto.

– Você e a Lara! Eu já devia ter vindo falar com você, mas aconteceu aquele monte de coisa então só consegui a brecha hoje. Mas, Nathan, você já pensou se a Lara for sua companheira? - Indaga e eu franzo o cenho.

– Não, por que eu pensaria? - Digo.

Com certeza ela e Lara conversaram sobre.... Tudo.

E, querendo ou não, não posso culpá-la. Me senti um pouco culpado por ter tirado ela da família da noite pro dia, mas entendeu que foi pro seu bem. Então, se precisa de alguém para contar as coisas, que esse alguem seja a Kate!

– Eu já tô por dentro do paranauê todo... Já que você não parou pra pensar, me diz... Existe essa possibilidade? - Fala levantando as sobrancelhas e enfatizando o descontentamento por eu não ter pensado nisso.

Eu penso por um tempo e tento lembrar de como eu me sinto perto dela. É difícil porque quando estamos juntos eu não me preocupo em gravar o momento, a sensação ou nada na verdade... É só sentir.

Mas, se for parar pra pensar... No modo em que meu lobo gosta de estar perto dela, de como ele tomou o controle naquele outro dia...

– Kate, eu não vejo no que pensar nisso agora vai ajudar! - Respondo por fim.

– Como assim não vê? Pelo amor de Deus, Nathan! Se vocês forem companheiros, o que eu tenho quase certeza, como vai ser quando ela se transformar daqui a 4 dias? - Fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E então se levanta e sai levantando as mãos.

Como sempre, joga a bomba e sai correndo... Não que falar com ela fosse me resolver alguma coisa. Aprendi a muito tempo que falar sobre mulheres com minha irmã era perda de tempo.

Mas acabou que o que nós conversamos me fez pensar bastante. A ponto de me fazer perder o sono na noite antes da transformação. Eu simplesmente não conseguia dormir.

Ouvi alguns barulhos na cozinha e resolvi ir beber um copo d'água. Quando cheguei não encontrei ninguém, mas após alguns minutos, Lara entrou em casa e me encontrou na cozinha.

Nós conversamos por algum tempo e é por isso que eu digo:

Ela está brincando comigo!

Essa história de não tenho opinião formada, não cola! Tenho certeza que adorou o beijo, só queria ouvir saindo da boca dela com todas as letras.

No fim, eu não alcancei meu objetivo. Ela não disse que gostou, mas está entrando no jogo...

Depois de brincar um pouquinho, virou as costas e subiu para o quarto. Ainda fiquei um tempinho de sobrancelhas levantadas pelo que ela disse. Não achei que fosse falar isso, mas não deixa de ser instigante...

Fui ao meu quarto e só de raiva pensei nela... E, como ela disse: tente não pensar muito em mim, pensei muito nela.

Pensei em como ela falava, no tom doce da sua voz, e em como ele se tornava incrivelmente forte quando estava brava. Pensei em como seu rosto se contorcia quando se irritava ou via algo que não esperava. Em como acordava com a cara amassada.

E, é claro, pensei nas palavras da minha irmã.

Você já pensou se a Lara for sua companheira?

Existe essa possibilidade?

Naquele dia eu não soube responder, ou não quis responder. Mas hoje eu posso. Tem sim uma grande possibilidade disso acontecer. E, confesso, isso me deixa confuso.

Nunca fui preso a uma pessoa só. Sei das minhas responsabilidades com a alcatéia e as cumpro antes de tudo. Mas tem uma coisa que me diz que por ela, qualquer coisa viria em primeiro lugar.

Depois de me deitar, consegui dormir. E sonhei... Sonhei com ela... Nem preciso dizer que tipo de sonho foi.

Acordei lá pelas 9 horas, mas fiquei tranquilo pois não iria resolver nada hoje, deixei tudo resolvido e adiantado. Fui tomar café e já encontrei Kate na mesa comendo, mas não vi Lara.

– Bom dia! - Digo.

– Bom dia! - Me responde.

– Viu a Lara? - Pergunto me sentando.

– Quando vim ela estava comendo e quando acabou disse que ia caminhar. - Responde.

Logo começo a comer e quando acabo, saio da casa pra proucurá-la. Talvez consiga a distrair um pouco. Passear e depois comer em algum restaurante no almoço.

A encontro sentada em um banquinho olhando as pessoas e tudo ao seu redor. Ela usava um short jeans e uma camiseta preta, daquelas que mostram um pedaço da barriga. Estava ventando um pouco e seus cabelos escuros e um tanto cheios, balançavam soltos.

Eu tinha que admitir, a beleza dela era estonteante e eu tenho certeza que não era o único a pensar isso. Já vi, nas vezes que passeava pela alcatéia, os olhares que atraia. Ela era diferente das outras mulheres daqui. Tinha o ar delicado europeu – vindo, provavelmente, da mãe – enquanto aqui muitas eram norte americanas nativas e seus filhos herdavam seus traços fortes.

Eu não nasci aqui, vim da América Latina. Depois que nossos pais foram mortos no México, viemos para os Estados Unidos como um refúgio e um recomeço. Acabamos encontrando essa alcatéia e fiquei próximo ao alfa que, antes de ser morto em batalha, deixou o cargo a mim.

Me aproximei dela e sentei ao seu lado. Quando percebeu minha presença me deu um sorriso e eu o retribui.

– Bom dia! - Disse.

– Bom dia! Sinto muito te informar, mas... O seu pedido não foi realizado com sucesso. Pensei muito em você na noite passada. - Falo e a vejo sorrir convencida e orgulhosa.

De onde essa Lara 2.0 veio eu não sei, mas que eu tô gostando eu tô.
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Oiii! Tudo bem?

O que estão achando da história? O que estão achando dessa, como diz o Nathan, Lara 2.0? Foram mudanças pequenas ainda, mas no próximo cap eu explico direitinho.

Se você está gostando deixe seu voto e seu comentário =)

Bjinhos!

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