"It would've been you. In my defense, I have none for never leaving well enough alone. But it would've been fun if you would've been the on." Taylor S.
Dulce semicerrou os olhos tentando se acostumar com a claridade que entrava pela janela daquele quarto desconhecido, desejando não ter acordado quando levantou um pouco a coberta e estava vestindo apenas a camisa aberta e a lingerie. Travou a mandíbula quando se virou devagar – como numa cena em câmera lenta – para o lado e viu aquele jovem assistente do fornecedor de rosas colombianas. Qual era o nome dele mesmo? Juan? E o que diabos ele estava fazendo dormindo ao seu lado?
Hiperventilar seria o menor dos sintomas naquele instante.
Levantou-se atordoada da cama, forçando o cérebro em alguma memória que explicasse o motivo de ela se encontrar naquela situação, qualquer coisa que não resultasse em uma camisa de força. Enquanto recolhia o restante de sua roupa no chão, viu a garrafa de vinho branco completamente vazia na mesinha ao lado da cama, era óbvio, aquele tipo de vinho sempre a derrubava. Mas por que havia bebido e transado com aquele garoto? Arregalou os olhos sentindo a fisgada no coração, quantos anos ele tinha? E onde diabos estava?
– Bom dia. – Dulce deu um pulo quando escutou a voz rouca de sono.
Cobriu o corpo quase despido com as peças de roupa e voltou a semicerrar os olhos tentando focar no rosto desperto do jovem. Talvez uma pontada de dor estivesse começando a acontecer em sua têmpora esquerda, mas estava ocupada demais tentando lembrar a besteira que havia cometido.
Juan ou Julio?
– Eu... e-eu. – Tentou balbuciar qualquer coisa, mas estava um pouco hipnotizada com o rosto bonito que ele tinha. Vinho branco e um rosto bonito não eram uma boa mistura, ou talvez fosse até demais, mas não naquela ocasião e menos ainda na idade que ela tinha.
– Você está pálida, está tudo bem? – Ele perguntou vendo-a sentar-se na banqueta do canto do quarto.
Era Julio o nome dele. Era?
– Nós? – Dulce perguntou tentando gesticular qualquer coisa sexual, mas à sua maneira discreta e que naquele momento parecia a coisa mais constrangedora do mundo. – Pelo amor de Deus, quantos anos você tem?
A gargalhada rouca e o modo que ele jogou o pescoço para trás seria bem sexy se ela fosse mais jovem. Sempre bom relembrar que a desconstrução de alguns preceitos – quiçá preconceitos – de Dulce ainda estava em andamento.
– Me diz. – Dulce insistiu exasperada.
– Calma, calma. Eu sou maior de idade, se é isso que te apavora. Completei vinte e um anos semana passada. – Deveria parabenizá-lo por isso?
Era para ser um alívio, mas Dulce tampou o rosto sentindo o sangue se acumular em suas bochechas. Não tinha cometido um crime, mas havia enlouquecido.
Julian. Seu nome era Julian.
– Nós não... quer dizer, nós começamos e não terminamos. – Dulce voltou a olha-lo tentando entender o que ele queria dizer. – Você estava chorando muito, aí de repente bebemos e as coisas começaram a acontecer. Você tem um sorriso muito bonito e o seu cabelo estava um pouco bagunçado e sexy. – Acabou dando uma risada que mostrava perfeitamente os dentes brancos e perfeitamente alinhados. – Você não ficou muito tempo acordada, mas eu te beijei muito e fui correspondido.
O que a levou a fazer aquilo? Há semanas, precisamente seis, que mal tinha algum tipo de contato mais íntimo com um homem – precisamente o beijo com Christopher – e sua relação com Pablo havia se desgastado de vez – o que não necessariamente significava que ela ainda não vivia com ele, mas esse assunto fica para depois – e agora do nada apareceu na cama de um jovem de vinte e um anos que ela via com frequência, mas que nunca seria uma opção para ela transar. Ou não transar, sabe-se lá o que o álcool havia feito com ela na noite passada.
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Cinco passos para conquistá-la [Vondy]
RomanceSegundo Steve Jobs... melhor dizendo, segundo Maite Perroni sempre devemos racionalizar e organizar as nossas ideias em cinco passos. Ideias ou vingança, aí fica a seu critério. Só não se esqueça que você pode entrar em uma zona de perigo, se apaix...