Capítulo 59 - Inamorável

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"Fuck you, fuck you very, very much. 'Cause your words don't translate and it's getting quite late... so, please, don't stay in touch." Lily A.

O sorriso debochado de Pablo foi rapidamente substituído por uma expressão de raiva, com o olhar de arrogância e superioridade que poderia intimidar qualquer mulher, menos Anahi e tampouco Samantha que se aproximou sorrateiramente para também fazer a sua parte.

Alguém tinha que coloca-lo em seu lugar e o bom de ser em uma manhã de sábado e em frente a uma cafeteria cheia, é que teriam testemunhas e ele não poderia tentar nada contra elas. E apesar de ele estar com raiva, estava um pouco atônito enquanto olhava para a camiseta branca completamente transparente pelo ataque de água que Anahi tinha feito.

– Você é um desgraçado. – Anahi foi muito rápida em segurá-lo pelo colarinho da camiseta e ele a encarou tentando intimida-la, mas ela estava tão cega pela raiva, que aquilo foi só combustível para ela se revoltar ainda mais.

– Any. – Samantha tentou puxá-la, mas era tanta raiva acumulada que ela mal conseguiu separá-la de Pablo.

Olhou em seguida para a jovem que estava com ele e só pôde sentir dó pela cara de assustada que ela fazia e mais ainda pelo o que lhe aguardava. Bem, talvez fosse só mais uma das "temporárias" e isso era até sorte se comparado ao que ele fazia com as "permanentes".

As pessoas da cafeteria pararam para observar a cena, mas nada a calaria naquele instante, depois enfrentaria o constrangimento de armar um barraco no meio da rua.

– Eu sinto asco por você, tudo que você faz é desprezível e mesmo eu não acreditando em karma, espero que você pague por tudo que faz com as pessoas. – Despejou ainda mantendo o olhar no dele, não iria fraquejar até terminar de falar tudo que estava engasgado durante todo aquele tempo. – Na verdade, você já paga por ser essa pessoa horrível que você é.

Não que Pablo se intimidasse com meia dúzia de palavras que soavam como uma lição de moral, mas o olhar compenetrado de Anahi acabou o deixando sem palavras. Odiava ser surpreendido e, naquele momento, ele não tinha o poder de manipulá-la e reverter todo aquele ataque. Era surpreendente.

– Você machucou pessoas que eu amo, me machucou e não mediu as próprias atitudes, mas eu não vou deixar barato. – Anahi continuou despejando, enquanto Samantha permanecia ali do lado. – Eu vou fazer a Maite ir até o fim com essa denúncia e eu tenho certeza que a Dul...

– Como é? – Pablo perguntou arregalando os olhos e segurando-a com um pouco de força pelo pulso.

Era a única coisa que Anahi não deveria ter falado naquele momento, mas não se importava com mais nada. Pablo tinha que ser responsabilizado judicialmente por todas as barbaridades que cometia e ele tinha que ter consciência disso. Então, que ela fosse a porta-voz disso.

Anahi tentou puxar o pulso, mas ele fez pressão com os dedos e Samantha se colocou à frente.

– ME SOLTA! – Anahi gritou e um dos garçons da cafeteria acabou se aproximando.

– Solte-a, Pablo. – Samantha resmungou e sentiu raiva quando ele deu uma gargalhada debochada.

– Vocês precisam de ajuda? – O garçom se pronunciou olhando para as duas e Pablo a soltou contrariado.

Era ótimo em enfrentar mulheres, mas enfrentar homens não era o seu forte.

– Ele já vai embora, obrigada pela ajuda. – Samantha se prontificou puxando Anahi, mas o garçom permaneceu por perto para que Pablo não tentasse mais nada físico contra elas.

Cinco passos para conquistá-la [Vondy]Onde histórias criam vida. Descubra agora