Meu é teu

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A tensão do momento me faz tremer por inteira. A presença dominante e ameaçadora de Delphine ao meu lado causa imenso calor em meu ventre, se espalhando por todo meu íntimo.

— Olá — Eloíse a respondeu com a voz fraquejando — Eu sou Eloise, prazer — estende a mão e Delphine faz questão de esbarrar em mim quando levou a sua de encontro a dela

— Então, Eloíse. Você poderia me servir um café forte sem leite?

— Como queira, Srta Cormier. — a respondeu com formalidade e se retirou, me dando uma olhada baixa.

— O que pensa que está fazendo? — virei meu corpo na banqueta, a olhando com sorriso de canto.

— Cuidando do que é meu. — arqueou uma sobrancelha, depositando todo seu poder naquele ato.

— Não sou sua — soltei um riso nasal, negando com a cabeça.

— Ainda — afirmou com propriedade, dando um sorriso de canto e desviou o olhar para Eloise que se aproximava — Obrigada.

— Vou deixá-las a vontade, qualquer coisa é só chamar. — olhou para Delphine e logo após para mim, tentando buscar alguma resposta.

Para o seu azar eu apenas sorri sem mostrar os dentes, a presença de Delphine muito próxima a mim me fez desfocar de todo o mundo e pensar se fez impossível.

— Vocês tem alguma coisa? — apontou para Eloíse e logo depois para mim.

— Minha vida pessoal não é do seu interesse — me levantei dando as costas para ela — Talvez você não saiba, mas eu tenho uma vida além da de sua amante.

— Você não vai ficar de birra por isso não é? — disse incrédula e eu apenas ignorei, seguindo para o elevador.

— Birra não faz muito o meu gênero.

— Cosima Niehaus, você está me provocando.— me segurou pelo braço apenas pra eu parar e logo depois soltou. — Não gosto de te ver com conversinha com essas asinhas.

— Você vai ao jantar com seu namorado? — questionei de forma debochada

— Ouvi dizer que Ferdinand vai te convidar. — retrucou com deboche

— Já tenho acompanhante — disse vendo a porta do elevador de abrir.

Havia duas pessoas presentes no elevador quando as portas se abriram. Um senhor mais velho, o qual eu não tinha certeza de qual departamento era e, claro, Ferdinand.

Delphine acenou para os dois e entrou, ficando propositalmente mais perto de mim. Muito mais do que o necessário em um elevador quase vazio.

— Bom dia — disse para os dois, recebendo um olhar de canto dos mesmos. Ferdinand sorriu de maneira maliciosa me fazendo dar um pigarro.

Delphine não se afastou, e nem mesmo olhou para ele enquanto as portas se fechavam e o elevador começava a descer.

— Como está, Srta Niehaus? — Ferdinand disse sem olhar para nós.

— Muito bem, obrigada — respondi de maneira seca e senti Delphine deslizar seus dedos por detrás das minhas coxas, subindo até meu bumbum.

A voz suave pré-gravada, anunciou a chegada ao terceiro andar. As portas se abriram e o homem mais velho saiu.

— Sr. Gregory. Departamento de finanças — Delphine cochichou bem ao pé do meu ouvido, me fazendo arrepiar por inteira.

— Delphine — Ferdinand virou de repente fazendo ela tirar a mão de mim rapidamente, dando um leve pulo em sinal de susto.

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