— Foi maravilhoso — Bea diz com sorriso no rosto assim que saímos do banheiro. Antes que eu possa lhe responder seu celular toca novamente.
— Quem é? — questiono assim que ela pega o aparelho. "Papa" piscava na tela. Quinta chamada perdida e uma mensagem de voz cai logo em seguida.
— Vou buscar uma bebida para nós. — diz colocando o celular no bolso, me dando um selinho antes de sair em direção ao bar.
— Cosima — uma mão me puxa e antes que eu pudesse olhar, o seu cheiro tomou conta.
Não fazia o menor sentido a presença dela aqui e a minha surpresa estava estampada na minha cara.
— Hei — paro repentinamente me soltando dela — O que é isso, Delphine?
— Vem Cosima — diz firme sem expressar nenhuma emoção. Sua voz estava fria e direta.
— O que você está fazendo aqui? — questiono me aproximando dela. — Eu acho que você está no lugar errado. — respondi, forçando minha voz a parecer mais firme do que estava.
— Por favor, Cosima — se aproxima mais calma — Apenas vem comigo, depois eu explico tudo!
— Você acha que pode me manipular dessa forma, mas não pode, não mais! — suspiro firme — Me deixa em paz — dou as costas sentindo meu peito apertar.
— Cosima, vem AGORA — disse firme e me puxou com força, levando para fora da boate as pressas.
— VOCÊ É LOUCA — grito me soltando dela assim que chegamos perto do seu carro — Sua obsessiva, doente! VOCÊ É DOENTE.
— Cala tua boca, Cosima! — se irrita e aproxima de mim me fazendo recuar — Para de falar merda sem saber e entra no carro.
Delphine me olha firme antes de dar a volta, ouvindo um "bip" ela entra no carro me deixando ali fora. Suspiro olhando para o céu estrelado e entro no carro também.
— O que você quer? — pergunto de forma calma — E porque seu carro está aqui, tão longe?
— Olha Cosima eu não sei nem o que falar — diz trancando as portas. — Fui até seu apartamento e o porteiro disse que havia saído com um rapaz, imaginei ser Felix e mandei mensagem já que você ignorou todas as minhas ligações.
— Como me encontrou? — digo com a expressão fechada. — Felix não falar...
— Felix disse que estavam em uma boate, você não conhece nada de Paris, apenas fiz o caminho da construtora e imaginei que estaria aqui. — colocou as mãos no volante — Você é previsível.
— Você é sínica! — lhe ataco entre dentes — Você me usa, me faz sofrer e depois volta como se eu fosse sua. Você não TEM DOMINIO SOBRE MIM, DELPHINE.
— Eu não quero te dominar, Cosima — diz calma e suspira deitando a cabeça no banco. Aquilo me fez baixar as armaduras — Eu apenas quero te ajudar, por isso estou aqui.
Delphine me deu um sorriso pequeno e repousou sua mão em minha perna. Eu odiava o frio na barriga que sua proximidade me dava, mas continuei impassível quando ela me olhou com carinho.
— Então por que você está aqui?— digo seca.
Por um momento pareceu que Delphine não sabia realmente o que estava fazendo aqui. Nosso caso era complicado para dizer o mínimo. Na verdade não havia caso, não mais pelo menos. Mas ainda existia alguma coisa e nós duas sabíamos e sentíamos isso.
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Out Of Line
Fanfic- O que você viu nela? - A parte que faltava em mim... Querer controlar o futuro é ter a certeza de se frustrar, porque as coisas nunca acontecem exatamente como imaginamos. Acreditar em destino é depositar todas as expectativas em algo incerto. Seg...