Capítulo 13

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Eu respiro fundo pela décima vez, ao mesmo tempo em que coloco uma roupa de academia, já que essas não limitam os movimentos do nosso corpo, excelentes para quem tem gêmeos.
Já faz uma hora desde que eu cheguei em casa, e depois de tomar um banho e dispensar a babá dos meus filhos, que também é a minha empregada doméstica, para a casa, só me resta esperar Hero chegar para nós termos a conversa que, nem em um milhão de anos, eu pensei que fosse ter com os meus filhos.







- Mamãe, mamãe tem alguém na porta, eu acho que o tio Hero chegou!







Emery diz animada, ao mesmo tempo em que pula de um lado para o outro, animada com a chegada do Hero.
Eu caminho até a porta, e assim que abro a mesma encontro Hero movendo o peso do seu corpo de uma perna para a outra, e usando uma blusa de malha cinza, uma jaqueta de couro preta,  uma calça Jens também preta e o seu habitual boné com a bandeira dos Estados Unidos na frente.






- Oi.






Hero diz, e eu me condeno por ter lhe dado uma checada tão visível.
Eu respeito fundo, e abro um pouco mais a porta, para que Hero possa adentrar no meu apartamento.





- Tio Hero!





Emery grita, ao mesmo tempo em que pula nos braços de Hero, quando o mesmo se abaixa para falar com ela.
Auden por sua vez desvia o olhar do livro que Titan lhe deu, sobre física, e eu me surpreendo um pouco quando meu filho levanta da mesa e vai até Hero, só para dar um abraço no mesmo.
Automaticamente Hero olha para mim, mas eu não tenho outra reação que não seja olhar para o meu filho, que não gosta de abraçar quase ninguém.









- É muito bom ver vocês dois, de novo!






Hero diz sorriso, quando Auden solta o seu pescoço e lhe dá um sorriso breve, mas com suas duas covinhas aparecendo.






- Crianças, por favor sentem na cadeira.






Eu digo, me obrigando a desviar os olhos das covinhas diabólicas de Hero, e começar a ajeitar a mesa de jantar.
Hero me ajuda a arrumar as coisas, e antes que eu me dê conta eu, Hero, Emery e Auden já estamos comendo em um silêncio agradável.
Casualmente eu desvio o meu olhar do meu prato para Hero, que está sentado do meu lado, e  não deixa de me encarar, ansioso, para que eu diga qualquer coisa.







- Crianças, a mamãe tem que conversar com vocês sobre uma coisa.







Eu começo a dizer, quando Emery e Auden terminam de comer os seus dois respectivos pedaços da costela que eu dei para eles.
Na mesma hora meus filhos olham para mim, curiosos sobre o que eu preciso conversar com eles.
Eu respiro fundo, e me preparo para dizer para os meus filhos algo que eu nunca pensei que fosse dizer .






- Crianças, vocês se lembram quando vocês me perguntaram sobre o pai de vocês e eu disse que ele estava viajando?




Eu pergunto para os meus filhos, e eles imediatamente concordam com a cabeça ao mesmo tempo em que me olham com a máxima atenção.






- Então, a algumas semanas a mamãe descobriu que o pai de vocês havia voltado da viagem que ele havia feito, mas eu não deixei que ele se apresentasse a vocês porque eu tive medo que ele os magoasse. Mas... agora eu acho que está na hora de vocês começarem a ter contado com ele.







Eu digo, escolhendo cuidadosamente as palavras enquanto meus filhos me olham já com lágrimas nos olhos.






- É você, não é ? Você é o nosso pai!






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