Eu havia viajado por um dia inteiro até chegar aqui.
Monte Fukuoka, fica um pouco mais afastada da província de Dazaifu.
Era onde meu antigo mestre morava e onde passei grande parte da minha vida em treinamento.
Aparentemente, o monte Fukuoka recebia turistas hoje em dia já que era um local lindo e cheio de belezas naturais, porém, a partir de certo ponto ninguém tinha permissão para passar.
Tinha viajado até a província de Dazaifu com o dirigível, e dali peguei um ônibus até o Monte Fukuoka.
As pessoas olhavam aquilo de maneira deslumbrante, a guia disse que ninguém poderia passar mais pra frente da onde estávamos.
Bom, aquilo se devia a mim. Quando matei meu sensei anos atrás, fiz uma espécie de encantamento pelo monte todo. Logo na metade do grande monte ninguém poderia pôr os pés, apenas pessoas "autorizadas", no caso eu e quem estivesse comigo. Caso passassem, eram atacados por criaturas mágicas que habitam alí e assim morriam.
Esperei até que houvesse uma brecha e ninguém me visse, e passei pro outro lado. Logo desaparecendo da vista de todas aquelas pessoas.
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Após caminhar um pouco mais, havia chegado até o templo.
Estava igual a quando deixei esse lugar.
Tudo, tudo exatamente igual àquela época. O grande tapete vermelho cobrindo metade do chão do templo, as bancadas com objetos super importantes e mágicos, os quadros antigos, o grande Buda. Perfeitamente igual.
Caminhei então até a parte de trás do enorme templo, onde estava o túmulo de meu antigo sensei.
— É, pelo visto eu consegui, não é velho? E você não está vivo pra ver isso e eu poder jogar na sua cara. - Faço uma pausa. - Sabe, eu lembro de tudo. Eu lembro de tudo mesmo. De quando cheguei aqui, eu tinha o que? Dois anos? É. Você me espancou naquela noite após eu não conseguir segurar direito as kunais. Eu não andei direito por uns três dias, e todo o meu corpo reclamava de dor depois daquilo. Foi naquele mesmo dia que eu prometi a mim mesma aprender tudo o que me ensinaria e ficar melhor do que você, e aí, eu ia te matar. Pois é, eu acho que nunca te contei isso né velho? Eu tinha dois anos quando comecei a planejar matar você. - Me sento em uma pedra que tinha ali perto, ainda encarando o túmulo. - Os anos foram passando, você me ensinou a manusear armas, todas elas. Me ensinou a técnica dos ninjas, dos assassinos, dos caçadores e de todos aqueles guerreiros que você conhecia. Conseguiu fazer com que eu aprendesse a controlar completamente meu nen aos sete anos, e aí me fez evoluir as habilidades dele, criando novas e cada vez mais poderosas. Você só não contava que eu treinasse sozinha e escondida de você às vezes. Acabou sendo morto por uma das minhas habilidades que não fazia nem ideia que existia, pelo menos morreu de uma forma bonita, não é? Com isso não precisa se preocupar, eu te dei a melhor morte possível. A morte mais bela já existente. - Faço uma pausa e solto um suspiro alto. - Ah! Como eu pude esquecer? Você se lembra de quando eu tinha uns cinco anos? Sim, você me levou até aquele lugar lembra? A Torre Celestial. Ah, aquele lugar me deu calafrios na primeira vez que pisei lá. Me forçou a lutar com pessoas que tinham o triplo ou mais da minha idade, muito mais experiência e sabedoria que eu. Eu poderia ter morrido lá, né? Acho que você contava com isso na verdade. O problema foi, que depois de quase um mês lá dentro, eu saí vitoriosa. Todos com quem lutei estavam mortos, e eu tinha vencido todos. E tinha ganhado todo aquele dinheiro. Você ficou com raiva não foi? Me lembro dos meus gritos depois do último dia lá. Eu pedi, não, eu implorei várias, várias, várias vezes pra você parar. Mas você não fez. Você me apertava, tenho recordações de quase morrer sufocada naquela noite, e você me batia cada vez mais, me mandava calar a boca e dizia que eu merecia aquilo por não estar morta como deveria. Eu queria ter te matado naquela noite, mas de tanto você me bater, de tanto me estuprar naquela noite, eu não tinha mais forças pra nada. Eu tinha, eu tenho, nojo de você. Você é um monstro vindo diretamente do inferno, e eu não me arrependo nem um pouco de ter te torturado por todos aqueles dias e depois te matar. Não, eu gostei. A sensação de ver você naquele estado era maravilhosa. Eu revidei tudo o que me fez durante onze anos. Eu tive minha vingança. A vingança por todas as vezes que me bateu. Por todos os venenos que me fez ingerir. Pelas vezes que me torturou e me prendeu naquela sa escura e com todas aquelas criaturas. Quando me fez ficar dias sem comer, nem ao menos beber. Por todas as vezes que tocou em mim sem permissão, que me fez olhar pra sua cara nojenta enquanto colocava a porra do seu pau em mim. Eu gritava no começo, depois de um tempo parei, eu sabia que não ia adiantar, e eu sabia que não podia fazer nada naquele tempo. Ainda bem que está morto, seu filha da puta. - Me levanto e encaro o túmulo de maneira mais fria e séria que antes. - Eu ainda depositei toda a minha raiva e frustração que tinha de você em todas aquelas pessoas que fui paga pra matar, quando me tornei assassina, sabe? Mas perdeu a graça depois de um tempo e aí eu voltei pro meu clã. Pra minha família. E depois de um tempo eles estavam todos mortos, diferentemente de você, eles não mereciam aquilo. E agora, me tornei uma caçadora pra fazer aquilo que fiz com você aos responsáveis pela minha dor, pela raiva e pela frustração que sinto. - Assim, dou de costas e ando alguns passos. - Espero que esteja sofrendo e queimando no mais ardente fogo do inferno seu desgraçado.
Após minha "conversa" com o velho morto, eu saio do templo e volto até onde os turistas estavam. Já tinha feito o que queria fazer e agora eu estava livre para ir até onde os meninos estavam e ajudá-los com o assunto do Killua.
Notas Finais:
Opa! Como estão?
O capítulo de hoje foi um dos mais curtos até hj, me desculpem por isso, prometo recompensar vcs!
Esperando que tenham gostado, até amanhã!
Obrigada!!❤️✨
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𝑻𝑯𝑹𝑶𝑼𝑮𝑯 𝑴𝒀 𝑽𝑬𝑰𝑵𝑺︱hisoka morow
Fiksi Penggemar- Onde minha garotinha pensa que vai? - Diz aparecendo na minha frente do nada. - Vou continuar procurando por Gon e Killua. Pode sair da minha frente e me deixar em paz? - Oh. Não prefere brincar comigo um pouquinho? - Sorri malicioso. 🃏🃏🃏