Geovanna narrando.
Meu relacionamento com o meu branquinho não tava nada bem, primeiro porque tinha uma pilantra dando em cima dele e eu não suportava isso. Segundo que ele dizia que ela não dava em cima dele, fica defendendo essa… AI! Que ódio! E terceiro a gente só briga e tudo por causa disso. Eu tô muito triste, mas a Analiveh não deixa eu chorar de jeito nenhum. Ela diz que se eu chorar vou me tornar fraca.
Mas aí o Vitor conseguiu tudo ficar ao normal, a nossa última briga foi em uma festa que eu bebi todas e no dia do meu aniversário na casa dos meus pais ele fez uma homenagem linda pra mim e me pediu em namoro para o meu pai. Foi muito fofo, ele é fofo! Foi o melhor aniversário da minha vida.
Quando falei isso para as meninas elas ficaram com raiva por tirar conclusões precipitadas, e eu ri muito. Ah é ainda teve os meus pais que ficaram doidos quando me viram de cabelo azul, mas eu disse que mudaria porque meu pai deu uma palestra do por que que eu não devo ter cabelo azul.
Eu comecei a ficar um pouco, tipo bem pouco, muuuuuuito pouco mesmo, sabe o que é pouco? Pois é, agora diminui pra pouquíssimo. Enfim… fiquei ousada para o Vitor, ousei nas minhas roupas, comecei a usar vestidos colados que as meninas usam. As meninas compraram calcinhas bem pequenas em comparação as minhas. Me deram de presentes camisolas sexys e conjuntos de sutãs e calcinhas, ainda bem que a minha mãe não abriu os presentes junto comigo.
Ah e o Vitor também ficou mais ousado, mas acho que isso é mais fácil pra ele. O mesmo pegou em meus… ai… tô com vergonha… meus seios. Ele pegou mesmo, eu levei um susto e dei um grito irritante, como as meninas dizem.
E então chegou o dia tão esperado pelas meninas. Elas disseram que não era pra eu ir pra casa da Paloma porque a minha festinha seria lá. Esperei o dia inteiro até elas terminarem de arrumar. Lawanne me mandou mensagem dizendo que estavam livres e então liguei pra Analiveh e pedi para colocar no viva voz só pra irritar ela. As chamei para irmos ao salão e nos arrumar, acabamos saindo todas coloridas, eu me senti comum, voltei com o meu vermelho cereja. É quase minha cor natural de cabelo. Eu sempre volto pra ele.
Nos arrumamos e fomos para a casa da Paloma, os meninos foram chegando de um por um. Meu branquinho se surpreendeu mais uma vez comigo, ele sempre faz a mesma cara toda vez que mudo a cor do meu cabelo.
Enfim, comi, dancei um pouco, namorei muito. Tava tudo tão legal e então as meninas disseram que íamos brincar de sete minutos no céu e a Anabella deu as regras. Quando ela disse que não poderia sentir ciúmes tive vontade de pegar o Vitor e arrancar ele de lá e sair correndo pra bem longe daqueles malucos, mas deixei afinal eu sei que as meninas não fariam nada com o Vitor e os meninos muito menos comigo, certo?
Errado! Fui com o Di para aquela maldita sala e o tarado pegou na minha bunda e largou uma tapa. Comecei a bater nele, mas o mesmo nem se importou. Mateus subiu minha saia, nem sei como isso aconteceu, mas ele subiu e viu minha calcinha e minha bunda né. Tudo por culpa daquela maldita calcinha que as meninas me deram. E aí eu fui com o Gabriel. Ficamos uns quatro minutos em silêncio até que ele começa a falar.
Gabriel: E aí pequena, vai tirar o Vitor da pedra quando?
Corei.
Eu: Um dia, eu acho. E você quando vai tirar a ANALIVEH da pedra? Porque aquela ali sim tá na pedra.
Gabriel riu com meu comentário.
Gabriel: Sua amiga é a menina mais chata que eu conheço, ela não é fácil!
Eu: Eu sei, mas e aí quando é que vocês vão começar a namorar?
Gabriel: Namorar? Hum… não sei! Ainda tem a Emma.
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Uma preguiçosa
Novela JuvenilNa vida a gente ri; corre; pula; bebe; dança; vira um bipolar; faz merda; se arrepende; se apaixona; se decepciona; se apaixona outra vez e começa tudo de novo até que a pessoa certa aparecer um dia - uma coisa muito rara - e tudo ficar mais fácil...